Marta se solta do abraço.

Acho melhor eu ir... - diz Zé seguindo para o portão da mansão, acompanhado por Marta.

Marta - Também acho...

José Alfredo - Tchau, Maria Marta!

Marta - Tchau, Zé.

Zé entra no carro e segue para o Rio.

xxxxxx

Já havia se passado uma semana após a viagem de Marta, os filhos da Imperatriz já estavam quase morrendo de saudades.

Lucas - Aí, lek. To com mó saudade da mãe!

Du - Você acredita, que eu também tô?

Lucas - Claro! Minha mãe tem sido super bacana com tu.

Clara - Realmente, a mãe mudou bastante! E tá um vazio isso aqui, sem... sem uma mulher pra comendar sabe?!

Pedro - Mas maninha, você é mulher! - ele dizia num tom irônico.

Clara - Ahhhhh - risos - mas eu tô falando... falando de uma Imperatriz pra comendar isso aqui!

José Alfredo - Então a espera acabou! - ele diz entrando na casa, onde viu os filhos reunidos na sala.

Todos se viram para ver melhor o comendador.

Pedro - Como assim? Como assim acabou?

José Alfredo, ainda na porta, estende sua mão para Isis, que entra na casa dos Medeiros.

Lucas - OQUE SIGNIFICA ISSO? - num tom mais elevado.

Du - Fica calmo, lek! Fica calmo!

José Alfredo - Isso mesmo que vocês estão pensando! Isis vem morar um tempo aqui comigo!

Pedro - Você tá brincando né?! - ele se levantava do sofá.

José Alfredo - Porque eu brincaria com isso? - entrava de mãos dadas com Isis.

Pedro - Porque simplesmente é uma falta de respeito, essa casa aqui também é da minha mãe! Você não tem o direito. - já falava gritando.

Clara - Então é assim? A minha mãe, ou melhor dizendo, a IMPERATRIZ sai, e as ratas fazem a festa? Eu me recuso.

José Alfredo - Olha lá oque vocês estão falando! Não falem assim de Isis! - bravo.

Lucas - Você desrespeita nossa família e nós somos os culpados? Não dá, não dá!

José Alfredo - João Lucas! Você é meu filho caçula, me respeite.

Lucas - Como eu vou te respeitar se você não me respeita?

José Alfredo - JÁ CHEGA! JÁ QUE É ASSIM, VOCÊ DEVE ARRUMAR UM CARGO NA IMPÉRIO LOGO! NÃO VAI VIVER MAIS AS MINHAS CUSTAS!

Clara - QUE ABSURDO! Pai, você não pode fazer isso com o Lucas!

José Alfredo - Agora eu sou pai? Não só posso como já fiz - se vira pra Lucas - você tem uma semana.

Antes que os irmãos pudessem falar algo, José Alfredo sobe para seu quarto, acompanhado da Isis.

Eu não acredito que ele fez isso comigo, não acredito! - Lucas se senta novamente no sofá, passando as mãos na cabeça.

Du - Calma, Lucas! Eu vou te ajudar! - ela se senta ao lado dele, passando as mãos em seu ombro.

Lucas - Mas eu não tenho experiência com isso!

Pedro - Eu vou te ajudar, Lucas! Eu sei o necessário pra isso.

Lucas - Sério, cara?

Pedro - É, precisamos estar unidos agora!

Lucas - Cara, valeu mesmo! - ele se levanta e dá um abraço no irmão.

Mas e agora? Como que vamos enfrentar essa amantezinha do pai? - Lucas.

Clara - Eu não vou! Eu tô fora! Vou ligar pra mãe pra ver se eu posso passar um tempo lá com ela! - ela já corria pelas escadas.

Pedro - Acho uma boa, também vou fazer isso.

Lucas - Tô dentro! E Du, você vai comigo!

Du - tá louco? Não posso!

Lucas - E na onde tu vai ficar?!

Du - Eu vou pra casa, ué.

Lucas - Lek, eu sei muito bem que você e sua mãe não se dão muito bem, aliás, todos aqui sabem, até minha mãe! Ela vai entender.

Du olha seriamente pra Lucas, ela já ia falar mas é interrompida pelo garoto.

Lucas - Não precisa dizer nada, só vem comigo, por favor!

Ela balança a cabeça, em sinal de sim.

xxxx

Já era noite, Marta estava sentada a mesa, sozinha, em sua casa em Petropolis.

Marta espera Silviano servir o jantar, mas é surpreendida por Claraíde.

Marta - Claraide?! Você veio?!?!

C - Sim, dona Marta. Alguém precisa cozinhar, não é mesmo? Algum problema?

Marta - Não! Não, é que, eu não sabia, mas... cadê o Silviano?

C - Ele saiu pra comprar algumas coisas, não sei se ele vai achar, porque já é tarde!

Marta - Ah sim...

Claraíde serve o jantar.

Marta - Senta aí, Claraide.

Claraide - Eu dona Marta?

Marta - Por algum acaso tem outra Claraide aqui?

Claraide - Não posso dona Marta, o Silviano diz que não é de bom tom.

Marta - SENTA AÍ CLARAIDE.

Ao ouvir o grito de Marta, Claraide logo se senta a mesa com a Imperatriz.

Marta - Fale um pouco sobre você...

C - Falar? Falar oque?

Marta - Você tem filhos?

C - Tenho sim, dois meninos, um já é crescido e saiu de casa, e também tenho um de 8 anos.

Marta - Você sente saudade deles?

C - Sim, muita!

Marta - Eu também tenho muita saudade dos meus filhos... - ela abaixa a cabela - quer saber? Vai passar um tempo com seu filho! Eu cuido de tudo aqui!

C - Não dona Marta, que isso!...

Marta - Claraide, vai logo, antes que eu mude de ideia! Vai, vai...

C - Obrigada dona Marta - ela sai.

Que saudades dos meus filhos, a quanto tempo eu não os vejo.. – seus pensamentos são interrompidos por um toque de celular.

Marta atende - Alô?

Mãe? Mãe.. eu preciso conversar com você - Clara fala do outro lado da linha.

Marta - Oque foi minha filha? Aconteceu alguma coisa? - ela já falava num tom preocupado.

Clara - Não é nada assim, grave, grave... é que, o pai, ele trouxe a amante pra dentro de casa, e essa garota é uma nojenta, arrogante! Eu, o Pedro e o Lucas com a Du podemos passar um tempo aí com você?

Marta - Ele fez isso? Eu mato ele! Mas vocês.. claro que vocês podem vir, vou arrumar tudo!

Clara - E mãe, não é só isso!

Marta - Oque mais ele fez?

Clara - Ele obrigou o Lucas arrumar um cargo na Império, ele falou que meu irmão tem uma semana mais ou menos, se ele não conseguir a tempo... não sei oque vai acontecer!

Marta - Não acredito que ele fez isso! ELE PASSOU DOS LIMITES!

...