Marta se tomou pela fúria.

Não acreditava que José Alfredo havia feito isso com João Lucas, ela queria sim que Lucas arrumasse um trabalho, mas não forçado por Zé.

Clara - Mãe, fica calma!

Marta - Calma?! Como eu vou ficar calma Maria Clara?!?!

Clara - Mãe, você não acha melhor nós conversamos isso amanhã? Já são 21:16, amanhã eu e meus irmãos estamos aí bem cedo e agente discute tudo, ta bom?

Marta - Ta bom... tchau filha.

A ligação é encerrada.

José Alfredo me paga por isso, todo por uma ninfetinha... ele não tinha o direito. – pensava Marta enquanto subia as escadas para ir para seus aposentos.

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Eram 6:30 quando os filhos de Zé e Marta estão descendo as escadas com suas malas.

Tão cedo assim por uma única razão: não ter que olhar na cara do pai, que nos últimos dias estava mais arrogante que o normal.

Os empregados perguntavam para onde iriam com malas e tão cedo assim, os irmãos falavam que não queria que ninguém soubesse, pois podiam contar para Zé Alfredo.

Eles saem de casa e seguem para Petropolis.

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Depois de uma hora e meia de viagem, eles chegam a casa da mãe, que já havia acordado e arrumado cada quarto para os filhos.

Marta abre a porta.

Eaí coroa, quanto tempo.... que saudades eu tava de você! - diz Lucas abraçando a mãe.

Marta - Coroa, aham....... - com um irônico.

Clara - Mãe... que saudades, tudo bem? - ela deu uma abraço em Marta.

Marta - Tudo bem minha filha...

Pedro chega em casa, detonado, com todas as malas na mão, João Lucas e Clara estavam tão empolgados que haviam saido do carro sem pegar suas malas, que ficou por obrigação de José Pedro. Somente Du havia pegado suas coisas.

José Pedro chega na sala, onde estavam todos, e solta as malas, senta no tapete bufando, era tamanho peso!

Marta vai até o filho com um sorriso no rosto, abraça o filho.

Pedro - E aí mãe, tudo bem? - fala pausadamente, ainda estava sem ar.

Marta - Eu tô... mas e você - risos - porque não deixou que o motorista pegasse as malas?

Pedro - AH NÃO! Eu tava tão apressado que nem pensei nisso.

Marta faz uma careta.

Lucas - Ih, foi mal ai cara...

Pedro - Magina - dizia num tom irônico.

Clara - Ah, o Pedro fez muito bem, porque eu sou uma dama e não posso ficar carregando peso...

Todos riam de Clara. O clima era descontraído.

Du estava quieta no seu canto, não estava se sentindo confortável.

Marta, ao perceber o estado da moça, olha pra ela e diz:

Marta - Eaí, cabelo de fogo, tudo bem com você?

Du ri ao ouvir cabelo de fogo.

Tudo bem sim dona Marta, obrigada... - Du diz meio envergonhada.

Lucas - Que isso, lek. Chega aí pode ficar a vontade, você sabe que minha mãe te adora né?

Marta - Mas é claro que ela sabe. - olha pra Du.

Eu sei... - Du ria enquanto falava.

Du se junta aos presentes alí. Eles passaram um bom tempo contando as novidades, conversando sobre tudo até chegarem em um assunto meio que... chato! Oque José Alfredo disse a Lucas.

Marta pergunta a Lucas oque ele vai fazer.

Lucas - Relaxa, coroa... eu vou arrumar um emprego sim, MAS NÃO NA IMPÉRIO!

Todos ficam surpresos com a resposta de Lucas.

Pedro - Como assim Lucas? Eu não falei que te ajudaria com tudo na império? Pra você conseguir um cargo bom e mostrar pro pai oque você é capaz?

Lucas - Cara, valeu mesmo mas... tipo cara, eu agradeço mesmo mas eu vou ver se arrumo um cargo em outra empresa...

Clara - Lucas, meu irmão, eu te apoio nessa decisão. MAS POR FAVOR, me diz que não é numa empresa concorrente, por favor!

Lucas - Pode ficar tranquilha que não é uma concorrente não mana. Eu vou acertar tudo e conto tudo pra vocês, falou?

Marta - Filho, você tem certeza disso?

Lucas - Tenho sim mãe, tenho certeza absoluta disso, o pai vai ter que me engolir. - já dizia em um tom mais sério.

Todos estavam do lado de Lucas dessa vez, pelo menos dessa vez! Marta estava orgulhosa do filho, nunca pensou que ele seguiria um caminho diferente do pai, que é oque ele sempre quis ser, um segundo José Alfredo Medeiros, mas isso era impossível, porque ele simplesmente é e vai ser João Lucas Medeiros de Mendonça e Albuquerque.

Marta chama os filhos e Du para tomar o café da manhã, e logo, já estavam todos na mesa.

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No Rio...

José Alfredo acorda, ao lado de Isis. Olha para a amante que ainda dormia e sai do quarto. Para no corredor, e percebe que tinha algo de errado ali.

Desce e vai direto para a cozinha.

Pergunta pelos filhos.

Será que algum de vocês podem me dizer oque tá acontecendo aqui? - encarando os empregados.

Senhor José Alfredo, só posso lhe dizer que seus filhos sairam faz um tempo de casa. - disse uma empregada.

Zé - Saíram? Saíram pra onde?

X - Não sei seu Zé, eles não disseram, mas foram de malas e tudo.

Shit...– pensa o comendador que sobe logo para seu quarto.

Ele pega seu telefone e liga para Clara.

Na mesa, Clara atende o celular.

Alô? Pai.

Zé - Maria Clara você pode me dizer onde você e seus irmãos se meteram?

Clara - Não ver ser possivel não, pai...

Zé - Porque não?

Clara - Me desculpa pelo oque vou te falar, mas é porque simplesmente não é da sua conta! Você tem deixado todos nós de lado, levou sua amantezinha barata pra dentro de casa... resolvemos nos afastar de você.

Zé - Então é assim é?

Clara - É!

Zé - Mas você pode pelo menos me dizer aonde vocês estão?

Clara - Não, não posso.

Zé - SHIT MARIA CLARA! Fale logo, eu tô sem paciência!!

Clara - Você quer mesmo saber? Estamos em Petropolis, com a mãe!!!

Zé - Eu tô indo pra ai, preciso conversar com vocês!

Clara - Acho melhor você não fazer isso!

Oque ele vai fazer? - pergunta Marta baixinho.

Clara tira o telefone do ouvido e põe sobre seu peito, com intenção de não fazer José Alfredo ouvir oque ela vai dizer.

Ele ta dizendo que ta vindo pra cá, oque eu faço?!

Marta - Me passa o telefone!

Clara dá o telefone pra mãe.

Zé Alfredo! Zé Alfredo! Você não vai vir pra casa nada! Eu tô em paz com me... ah.. nossos filhos e você não vai estragar isso! Entendeu?

José Alfredo só ouviu o 'Zé Alfredo", mais nada, seu coração congelou ao ouvir a voz de Marta, como ele sentia saudades dela...