Marta não estava acreditando que perdeu sua pose na frente da amante de seu marido.

"Eu não acredito que agi de maneira tão mesquinha... isso não foi atitude de uma Imperatriz" - pensava.

Marta, com Du e Lucas, seguia para casa.

Mãe... como você tá? - perguntou Lucas.

Marta - Pra ser sincera... nada bem.

Du - Mas porque, dona Marta? Você foi incrível.

Marta - Eu agi por impulso, eu não queria ter falado aquilo tudo.

Lucas - Mãe, não liga pro que a tal da Isis vai pensar de você! Você sabe oque tu é.

Marta - Eu sei meu filho... mas oque o seu pai vai pensar de mim?

Lucas - Mãe, vocês ainda vão conversar, calma...

Du - Chegamos! - disse Du, ao chegar no prédio dos Medeiros.

Lucas - Vamos subir?!

Marta - Vamos, vamos...

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No apartamento da Isis.

Isis - Zé... aquela é sua esposa?

Zé - é Isis, é. - ele estava sentado no sofá pensativo.

Isis - E ela é sempre assim?

Zé - Não... a Marta... não sei oque aconteceu aqui... eu tenho muito que conversar com ela, ainda hoje!

Isis - Mas Zé! Eu pensei que ia passar a noite comigo.

Zé - Você pensou!

Isis olha confusa pra Zé.

Não foi isso que eu quis dizer... - ele se aproxima de Isis.

Mas foi oque você disse - ela se vira.

Maria Isis, não dificulta as coisas, já tive uma manhã péssima. - ele fala vestindo seu casaco.

Isis - Me desculpa, Zé... mas porque ta se vestindo?

Zé - Eu vou pra empresa, e depois direto pra casa, conversar com a Marta.

Isis - Ta bom!

Zé sai e vai pra empresa.

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Na Império.

Clara - Cadê o pai que não chegou até agora?

Cristina - Deve tá na casa da amante...

Zé Pedro - Ué, a querida do comendador falando isso?

Cristina - Todos nós sabemos que nosso pai não é perfeito, e o que ele tá fazendo com a Dona Marta, é errado.

Clara - Nisso eu tenho que concordar com a Crizzz.

Zé Pedro - E a mãe? Saiu com o Lucas e a Du misteriosamente...

Clara - A mãe eu não sei, mas o Lucas tá aprontando alguma.

Zé Pedro - Isso tá na cara, né Clara?!

Outro dia, o Silviano me disse que ele tava pedindo terra, oque ele iria fazer com terra? - completou.

Clara ri - Bem a cara do Lucas mesmo, ele e a Du... nunca vi mais...

Amigos! - Pedro a interrompe.

Clara - É, mas ele são tão fofinhos juntos, ah pode falar.

Pedro - Mas agente não tá aqui pra falar do Lucas e da Du, a questão é, que po pai já devia ter chegado, temos muitas coisas pra resolver.

Eu tô aqui - diz o Comendador entrando na sala de reuniões.

Cristina - Que bom que o senhor chegou, nós temos que resolver muita coisa.

Zé - Não posso agora, não tô com cabeça pra nada... agora...

Pedro - Mas porque pai? Aconteceu alguma coisa?

Zé - Aconteceu? Ah, aconteceu sim... a Marta...

Clara o interrompe - Aconteceu alguma coisa com a minha mãe? - ela se levanta assustada.

Pedro - Oque aconteceu? Ela passou mal? Fala pai!

Zé - Não, a mãe de vocês não passou mal nem nada... ela, o Lucas e a Du, foram no apartamento da minha, da minha...

Cristina - Da sua amante...

Zé - É, é isso...

Clara - E ai?! Oque aconteceu?!?!

Zé - AHHHHHHh! Eu não vou ficar discutindo isso com vocês.

Ele vai pra sua sala, Zé Pedro, Clara e Cristina se olham e voltam a trabalhar.

Zé estava sentado de frente a imagem do Monte Roraima.

"Eu preciso fazer uma visita ao 'meu' Monte... renovar minhas forças..."

"Mas primeiro, vou ter que enfrentar a Marta..." pensava.

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Na casa dos Medeiros.

Lucas - E ai, Du? Oque tu acha disso hein?

Du - Disso oque, lek?

Lucas - Da conversa do meu pai e minha mãe.

Du - Eu não acho nada, lek. Só espero que não tenha brigas.

Lucas - Eu não sei oque tá acontecendo comigo, mas eu tô com um sentimento ruim sabe, lek...

Du - Você tá com medo...

Lucas - Acho que não seria a palavra certa, mas eu não quero que meu pai e minha mãe se separem, porque cara... eu nunca vi os dois separados um do outro, isso vai ser tipo... muito estranho pra mim!

Du - Calma lek, eu vou estar com você...

Lucas - Obrigado, Du, obrigado mesmo, por você sempre estar comigo, por sempre me tirar de confusões, eu tenho que admitir, que você me ajudou, e me ajuda sempre! - ele pega na mão dela.

Du - Que isso lek, pode contar sempre...

Eles se olham e dão um sorriso, seguido de uma gargalhada.

Du - Aiai, somos dois bobões...

Lucas ri.

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Já era tarde, Clara, Zé e Pedro já haviam chegado em casa.

Todos estavam na mesa de jantar, o clima era tenso, não foi dita uma palavra em momento algum. Marta e Zé se entreolhavam a todo instante, Du e Lucas olhavam quietos, Zé Pedro e Clara, apesar de saberem do ocorrido estranhavam. Bruna, que também estava presente à mesa, estranhava tudo, mas seguia calada.

Eles terminam e vão para seus quartos. Marta nem havia se trocado, mas estava no sofá de sua suíte pensativa, até que escuta alguém bater em sua porta.

Entre. - ela disse.

A porta se abriu, e ela viu José Alfredo entrar em seu quarto.

Nós precisamos conversar... - ele se senta perto de Marta no sofá.

Conversar? Conversar pra que? - Marta responde.

Zé - Pra ficar tudo esclarecido entre nós.

Marta - Já está tudo esclarecido, você ama a garota, e me odeia...

Zé - Marta... eu não te odeio, acontece que você fez coisas que me deixaram nervoso...

Marta - Você é sempre grosso comigo, me trata feito um lixo, eu cansei, por isso tomei uma decisão.

Zé - Decisão? Que decisão?

Marta - Eu vou voltar pra Petrópolis... não aguento mais viver assim!

Zé - As coisas não precisam ser assim!

Marta - Zé... eu vou ficar aqui pra que? Pra ver você sempre saindo as noites pra ir encontrar sua amante?

Zé - Não Marta, não... e os nossos filhos? Nós nunca nos separamos, eles não estão acostumados a ficar longe de você.

Marta (com os olhos marejados) - Eu não queria que as coisas fossem assim. Mas chega um momento que a pessoa não aguenta mais ser forte! E eu... eu não aguento mais.

Zé - Pensa bem nisso.

Marta - Eu já pensei e tomei minha decisão, eu vou amanhã de manhã.

Zé deixa o quarto de Marta atordoado.

De manhã...