Make me Smile

Capítulo 2 - Prototype HYDRA


Notas do capítulo ( bug no meu Nyah! Sorry)

Hey Guys!
Estou aqui novamente o/
Obrigada pelos comentários to capítulo passado, irei respondê-los agora mesmo! ♥
Mais um capítulo na área ( bem grandinho), hoje eu vou mostrar uma personalidade diferente da Lila. Nesse capítulo, ela vai ter uma personalidade mais profissional como uma agente.
Boa leitura ^^

~♥~

In the End - Black Veil Brides

No final
Ao irmos desaparecendo pela noite
Whoa-oa-oa
Quem vai contar a história da sua vida?

~♥~

Lila correu tão rápido que chegou a esbarrar em alguns homens de terno. Entrou na primeira cabine de sanitários que encontrou, ali permitiu uma lágrima escorrer pelas suas bochechas delicadas e rosadas. Sempre será assim? Pensou a mulher. Flashes passavam em sua cabeça como um vulto, enquanto lembrava-se do seu passado repugnante, soluçava. Poderia ser considerada uma pessoa fria, enigmática, que não conversava muito. No entanto, jamais ninguém saberia que no fundo havia aquela jovem delicada como porcelana, que vivenciou o sofrimento por anos.

Soluçou pela última vez. Recompôs-se, levantou do chão da cabine, limpou a sujeira do vestido. Saiu, olhando para o espelho. Como havia quase nada de maquiagem na face, não havia nada borrado, apenas marcas de choro.

— Eu sou forte – repetiu para si mesma, pela terceira vez.

Criou coragem para voltar ao cassino. Seu rosto estava um pouco melhor, enquanto passava, cumprimentava os demais clientes gentilmente, balançando a cabeça. Os homens a olhavam com malícia, Lila podia perceber isso de longe.

Steve estava do outro lado do cassino, achou melhor deixar Delilah sozinha. Pensava no que havia falado de errado para a jovem sair correndo. Passava de jogo em jogo, verificando e estudando as mesas, tentando entender aquela ganância dos homens para ganhar, e não negava ficar rubro com a vestimenta das mulheres que trabalhavam no local. Eram roupas sensuais demais. Avistou sua acompanhante, olhando de um lado para o outro, como se procurasse por algo ou alguém, gentilmente cumprimentava algumas pessoas, o Capitão seguia seus passos com o olhar na medida em que ela se aproximava, sentiu imensa ira ao perceber o olhar de alguns homens sobre Delilah. Seus olhares eram como lobos famintos caçando sua ovelha. O loiro não entendia aquela ira, afinal, ele não era nada demais além de um colega de missão da Agente.

A morena percebeu um olhar diferente sobre ela. Seguiu sua intuição, olhando para os lados, encontrando com um par de olhos azuis que a encarava alguns metros a sua frente. Respirou fundo, soltando ar pela boca. Andou graciosamente até Rogers.

— Encontrou alguma coisa? – perguntou Lila. Steve olhou-a um pouco hesitante e preocupado com a cena que acabara de acontecer a alguns minutos atrás. Ele percebeu que a agente não queria falar sobre aquele assunto.

— Até agora, nada. – respondeu.

— Certo, ligue o comunicador. Vou dar uma volta, se achar alguma coisa te aviso.

— Okay, vou tentar ver se descubro algo. Estou desconfiado daqueles caras – o Capitão apontou para dois homens com a expressão bem séria, que estavam bebericando algumas bebidas no bar, olhando a porta de entrada sem desviar. Ela assentiu. - Delilah, você está bem? – Steve não conseguiu se conter. Lila comprimiu os lábios.

— Sim, porque não estaria? – encarou Rogers por alguns segundos, em seguida ligou o comunicador em seu ouvido, tomando outro percurso do cassino.

[...]

Já se passava mais da meia noite, ambos não haviam encontrado nada. Lila caminhava irritada, durantes algumas horas, recebeu cantadas nada graciosas. Entrou num corredor escuro, na qual se acendeu devido os sensores de movimento. Era estranho não ter ninguém ali. Levantou o vestido azul até a coxa, onde apanhou sua arma calibre nove, que estava escondida no coldre da perna.

Arqueou a sobrancelha, ao ver um selo caído no chão do corredor, em frente a uma porta negra onde estava escrito ‘’ Escritório Zachary Jensen, Entrada proibida’’. Lila abaixou-se apanhando o pedaço de papel, dando um sorrisinho sarcástico em seguida.

— Achei uma pista, Rogers. Onde você está? – perguntou a mesma, no comunicador.

Ocupado no momento. Para ser mais específico, dando uma surra naqueles caras que te falei. São seguranças, de Zachary eu acho, estavam esperando uma maleta que continha algo de valor muito importante. Devem saber sobre a S.H.I.E.L.D, pois reconheceram o Capitão América. — respondeu ele, arfando – Um cara de jaleco e mais dois caras estavam subindo no elevador com a tal maleta. Onde você está?

Lila não pode responder. Dois brutamontes e um cientista – aos olhos da garota – Entraram no corredor. Escondeu o selo que encontrara, no sutiã, rapidamente. Levou a mão que continha a arma, para trás das costas.

— No momento? Acho que irei enfrentar os tais caras que você acabou de descrever. Pela cara deles, não são nenhum pouco simpáticos. – segundos depois, agente Rockwell conseguiu responder Steve, quase que num sussurro.

— Ora, ora, está perdida minha querida? – o cientista, olhou-a com malícia. Delilah sorriu irônica, mordendo o lábio inferior.

— Me desculpem, apenas estava procurando uma amiga minha e acabei me perdendo. Sou nova na cidade. Minha primeira vez no cassino. – mentiu.

— Ah, mais é claro. Obviamente que uma bela donzela como você, se perderia aqui facilmente. Sou o Dr. Geoffrey Gabor - apresentou-se.

— Sophie Asher – seu tom delicado fez o Doutor sorrir para a mulher.

— Vamos logo com isso, Dr. Gabor! – contestou um brutamonte, furioso. – Vadias como essa há em vários lugares desse cassino, deixe-a.

— Tsc, tsc, tsc, tsc. Assim me magoa – a morena colocou a mão no peito, fingindo dor.

Rapidamente pegou a arma detrás de suas costas, mirando na cabeça do brutamonte, que em segundos, estava caído no chão. Ambos os demais homens, olharam-na chocados. O segundo brutamonte atacou Delilah, jogando sua arma para o outro lado do corredor. Pegou seus braços finos, apertando com firmeza. Lila gemeu de dor, fazendo uma lágrima teimosa escorrer pelo seu rosto. Aquilo doía pra caramba, afinal ele estava apertando seus machucados no pulso, mesmo que coberto pelo pano fino do vestido.

O homem segurou seus braços para trás, mesmo com a garota se debatendo. O cientista se aproximou, já que a mesma estava paralisada, tocou seu queixo fazendo olhar para ele.

— Quem é você, minha bela garota? – sua voz agora era fria, causando arrepios pelo corpo da mulher.

— Se eu ditar todos os nomes na qual já fui nessa vida, ficaria aqui até amanhã – seu tom sarcástico fez o cientista soltar um riso.

— O que a traz aqui?

— Se for fazer interrogatório, preciso me sentar, estou acabada. – a morena revirou os olhos, fingindo um bocejo tedioso. – Esperai seus olhos são azuis? Que magnífico, se aproxime.

O cientista arqueou a sobrancelha, deu apenas um passo em direção a garota, sendo jogado para a parede, devido o chute de salto da garota, perdendo a consciência em seguida. Lila chutou a canela do brutamonte, que a soltou. Socou e chutou seu peito, dando apenas uma pequena desequilibrada para trás. Ela aproveitou para correr,mesmo com o vestido não facilitando, pegando sua arma caída no chão.

Agente Rockwell, onde está? Acabei perdendo o comunicador durante a briga. Delilah?— a voz de Steve soou pelo aparelho mais uma vez.

— Quarto andar, terceiro corredor à direita – respondeu, sem mais nem menos.

Atirou no homem que estava perseguindo-a. Ele desviou com facilidade demais. Segundo tiro. A agente sorriu gratificante ao ver que seu tiro havia acertado seu estômago do brutamonte, que agora estava caído no chão. Até que o treinamento tedioso do Clint não foi tão imprestável assim, pensou. Guardou sua arma novamente no coldre a coxa, retirando uma adaga no mesmo lugar. Aproximou-se do corpo, que escorria um pouco se sangue pelo chão branco. Delilah abaixou, apontando a adaga no pescoço do homem.

— Então, morte ou verdade? – contraditou Rockwell.

— Prefiro a morte, a dizer algo para você. Hail HIDRA! – assim que acabou de dizer, o homem jogou um líquido amarelo em sua boca, tendo uma série de convulsões em seguida, levando-o a morte. Lila não havia visto aquilo na mão do cara, se não teria impedido.

— Um agente da HIDRA. – disse a voz firme de Steve, atrás de Delilah que assentiu mesmo sem olhar para trás.

Ambos voltaram para o corredor onde o Dr. Gabor estava acordando. Lila abriu o escritório de Zachary, que estava vazio. Abriram as gavetas da mesa de trabalho, descobrindo um algema, prendendo o cientista na cadeira. Steve fora pegar a maleta. A agente retirou o pequeno papel do sutiã, segurando em mãos.

Rogers voltou com a maleta aberta, dentro havia um novo protótipo de arma bem eficaz e valiosa. O doutor acordou se debatendo, xingando-os das piores maneiras possíveis. Delilah apontou a adaga em seu pescoço, fazendo-o se calar.

— Tenho certeza que esse é o protótipo das armas ilegais que Zachary está criando – afirmou Steve.

— Com a ajuda desse cientista idiota. – completou ela, em seguida olhou para Dr. Gabor. – Estava entregando o protótipo para Zachary, assim ele faria seus negócios com a HIDRA. – ele permaneceu calado. – E essa não é a primeira.

—Como assim? – o loiro interrogou desordenado.

— Isso é um selo da HIDRA para identificação – a morena retirou um papel de dentro da maleta cinza. Depois estendeu a mão esquerda – Esse selo é idêntico ao que eu encontrei no corredor. Ou seja, há muitos protótipos ilegais sendo criados.

— Vocês nunca descobrirão nada – Dr. Gabor riu de modo perverso. – Zachary pode estar em viagem, mas saibam que ele vai ser o primeiro, a saber, disso tudo. Não sejam idiotas, não são os únicos que possuem cartas na manga.

— O que iremos fazer com ele? – interrogou Steve, ignorando o homem.

— Primeiramente, - Delilah pegou fita adesiva que achou pelo escritório, tapando a boca do cara de jaleco – O fazer ficar quietinho. Segundo, nossa única opção seria matá-lo, mas acho que a S.H.I.E.L.D conseguiria extrair pelo menos mais alguma informação. Alguma ideia de sair daqui sem sermos vistos, Capitão?

— Pelo o que vi no elevador, aqui possui um solo térreo. Podemos tentar sair por lá, se não houver ninguém.

— Temos que tentar. – admitiu a moça, que olhou se soslaio para o preso – Espero que não faça nenhum barulho que nos atrapalhe.

Rogers tirou o homem da cadeira, pondo-o de pé. Lila pegou a maleta. Saíram do escritório de Zachary, ignorando dois corpos sucumbidos no meio do corredor. Naquele andar não havia ninguém, talvez fosse algo restrito. Entraram no elevador, apertando o andar do solo térreo. Era um local escuro pouco iluminado e sujo, como um antigo estacionamento já abandonado. Steve teve de usar sua força para abrir uma portinha velha que se encontrava emperrada.

O atalho dava numa rua próxima ao carro. Mesmo com Dr. Gabor se debatendo, ambos conseguiram chegar até o carro.

[...]

Delilah’s P.O.V

O cientista balbuciava coisas sem nexo no banco de trás, o que estava me dando nos nervos. Peguei meu celular, que marcava quase quatro horas da manhã. Precisava ligar para S.H.I.E.L.D, porém assim que vi o número de Clint resolvi que seria ele mesmo.

Chamada não efetuada.

Como assim Clint não me atendera? Bufei. Assim que descemos do automóvel, corri para dentro da casa, mais especificamente para meu quarto. Abri a mala preta que a ruiva me dera para a missão, encontrei seringas dopadoras, como gostava de chamar. Desci para a sala, onde Dr. Gabor resmungava com a fita na boca. Apliquei a injeção, fazendo-o calar a boca.

Subi novamente para o quarto. Precisava de um banho anti-stress rapidamente. A água gelada caia sobre meu corpo, gemi de dor. Os cortes nas coxas não eram tão profundos, entretanto era o suficiente para sentir dor. Havia hematomas roxos pelos meus braços, devido à força utilizada do brutamonte para me segurar. Suspirei, fechando os olhos, sentindo meus músculos relaxarem por alguns segundos.

[...]

Narradora

Steve observou Delilah subir as pressas pela escada. Pensou em perguntar se ela estava bem, já que na viagem do cassino até a casa, tinha a expressão de angústia e irritação ao mesmo tempo, mas deixou quieto. Subiu para seu quarto, tomando um banho refrescante. Fitou seu uniforme e o escudo de vibranium num pequeno sofá branco, enquanto vestia uma roupa confortável.

Desceu as escadas indo em direção a cozinha, onde encontrou a agente, vestida num moletom um pouco grande demais para ela. Estava sentada, de frente para seu computador que permanecia em cima da mesa. Uma chamada de vídeo com Natasha.

Estaremos ai às 10 horas mais ou menos. Fury está ocupado, ele me mandou nessa missão de buscar esse cara que está na sua casa. – Romanoff revirou os olhos – Como vai, Rogers?

Lila olhou para trás, percebendo-o ali.

— Muito bem, Natasha. – respondeu se aproximando da tela de vídeo para que pudesse ver a ruiva.

— Clint vai comigo, então fique animada Lila. Agora são, certo, cinco da manhã. Vocês dois tem respectivamente cinco horas para descansar. Até daqui a pouco.

A agente fechou o notebook, olhando o loiro em seguida.

— Estou cansada. Irei descansar um pouco, acho que deveria fazer o mesmo Steve. – bocejou, mesmo contrariada.

— A mais cansada de nós dois é você, estou bem assim. – respondeu Rogers. Assim que Delilah estava para se retirar, agiu rapidamente – Posso te perguntar algo?

— Já perguntou. – alegou ela, mordendo o lábio inferior.

— Então outra. Porque saiu correndo, quando... No cassino.

— Eu tenho meus motivos. Motivos que provavelmente não entenderia. – fitou as órbitas azuis.

— Eu posso tentar – Steve sorriu com ternura.

— Quem sabe um dia, Capitão. – Lila sorriu de canto, se retirando em seguida.