— Heriberto... - ela ficou de pé e seus olhos percorreram seu corpo até chegar em seus olhos.

— Você... Você está grávida? - e ela tocou a barriga involuntariamente como um gesto normal para ela e eles ficaram se encarando por longos minutos e na cabeça dele se passou muitas coisas inclusive a noite de amor dos dois.

— Esse filho é meu? - foi para tocar a barriga dela.

Cristina recuou no mesmo momento que maldita pergunta era aquela depois de todos aqueles meses? Será que ele era louco? Ela suspirou e se afastou mais ainda.

— Você ficou louco? Que maldita pergunta é essa? - a mão tremeu e ela levou ao cabelo.

— Cristina... - ele tornou a se aproximar e ela se viu encurralada entre a poltrona e ele.

Heriberto estava atordoado como era possível que depois de todo aquele tempo ela estava ali frente a frente com ele e ainda trazia uma barriga que sim poderia ser de um filho dele já que a noite que passaram juntos não se protegeram.

Cristina sabia que não tinha se protegido aquela noite mais ela também sabia que tinha feito amor com seu marido a noite toda e não iria confessar nada que não quisesse ele era apenas um estranho e iria continuar sendo ela estava ali para trabalhar não para reviver uma aventura.

— Heriberto, vamos deixar as coisas bem claras aqui! - engoliu a saliva sentindo a garganta seca. - Eu estou aqui pra trabalhar nem sabia que você estaria aqui se soubesse não viria, eu sou casada e esse bebê é filho do meu marido! Vamos deixar as coisas claras aqui e agora ou eu me demito antes mesmo de começar. - foi firme mais seu corpo todo mostrava o quanto ela estava tensa.

Heriberto sabia que não era assim que iria conseguir alguma coisa dela ou até mesmo uma resposta sobre aquele bebê tinha que ir com calma afinal o hospital precisava dela e do dinheiro de seu marido e ele respirou fundo também bagunçando seus cabelos e disse.

— Vamos conversar em minha sala... - ela iria protestar, mas ele continuou. - É sobre trabalho, senhora Rivas.

Virou-se e deu passagem a ela que caminhou em silêncio com ele á seu lado e logo entraram em sua sala, ele puxou a cadeira para ela que sentou deixando a bolsa na frente de sua barriga e ele sentou na frente dela.

— Precisamos muito da senhora aqui em nosso hospital, mas eu te pergunto vai dar conta com sua gestação tão avançada assim? - queria mesmo perguntar com quantos meses estava para tirar suas dúvidas.

— Eu conseguirei trabalhar até os 9 meses sem problema algum se quiser pode pedir uma avaliação a uma ginecologista desse hospital para avaliar minha condição física. - mordeu o canto da boca.

— Porque você não me diz quanto tempo vou te ter aqui até o bebê nascer para que possamos começar aí vendo uma substituta para os 4 meses de resguardo.

— 4 meses eu consigo ficar aqui ou 3 e meio depende se ela vai se adiantar ou completar os nove meses certinho as gestações são sempre uma diferente da outra. - explicou a ele.

O corpo de Heriberto tremeu e ele se moveu incomodado cadeira sentia uma coisa em seu peito em relação aquela gravidez, mas não podia falar nada naquele momento ou ela sairia dali correndo então ele resolver que jogaria o jogo dela diferente até descobrir se era mesmo filho dele ou do marido.

— Tudo bem! - abriu uma pasta e deu a ela alguns papéis. - Aí está o seu salário as horas de trabalho e como não sabíamos que estava grávida também tem os seus plantões.

Cristina pegou a folha olhou atentamente a todas as linhas e suspirou a carga de plantões a deixaria exausta com sua condição e grávida e ela o olhou Heriberto entendeu na mesma hora.

— Não se preocupe vamos mudar sua carga horária para que não se canse muito! - sorriu. - Mas isso não quer dizer que não tenha que fazer plantões. - o que ele queria era ela mais tempo perto dele e longe do marido machista que ela tinha.

— Eu farei meu trabalho como tem que ser, tiramos esses plantões e eu posso estar aqui todos os dias, mas sem precisar virar a noite! - deu uma solução a ele.

— Ótimo! Perfeito! - e poderá estar de folga aos domingos o que acha?

— Pra mim está tudo bem! - apoiou o papel na mesa e assinou e logo entregou a ele. - Vamos conhecer onde irei trabalhar?

Ele assentiu depois de guardar os papéis e se levantou junto a ela e ambos caminharam até a porta e ele sentia o perfume dela tomar conta de seu ser, mas ele se controlou para não pegá-la e beijá-la ali mesmo tinha tanta saudades dela que era incapaz de descrever.

Heriberto e Cristina caminharam por toda a ala de ginecologia e ele apresentou toda a equipe que estaria ao lado dela e mostrou a rotina de trabalho que tinha ali ela observou a todos e analisou algumas pessoas e o modo como olhavam para ela não gostou sentiu-se estranha e falaria com ele mais tarde.

— Bom, eu acho que você já pode tomar suas funções. - puxou o ar sentindo seu perfume.

— Eu quero conversar com você! Mas pode esperar... - falou ouvindo o nome dele ser chamado.

— Eu volto! Cassandra, ajude doutora Cristina em tudo que ela precisar! - ela assentiu e ele tocou o braço de Cristina como um carinho e saiu e ela ficou se atualizando de todos os casos que agora eram delas...

[...]

— O que aconteceu Leonela? - falou assim que entrou mais não a viu estranhou e sentiu ser agarrado por trás e suspirou.

— Esqueceu de nossa reunião? - arranhou o peito dele sobre a camisa.

Heriberto tirou as mãos dela e virou, Leonela o agarrou tentando beijar seus lábios mais ele a afastou e a viu somente de lingerie suspirou tinha um corpo maravilhoso que ele tinha frequentado algumas vezes, mas naquele momento ele não estava com vontade e se afastou.

— Eu estou ocupado! Depois continuamos essa reunião. - beijou o rosto dela e saiu da sala á deixando sem entender aquela recusa será que precisaria tirar tudo da outra vez? Suspirou e foi se vestir.

Heriberto caminhou direto para sua sala e ali ficou por horas.

[...]

MAIS TARDE...

Heriberto ouviu batidas na porta e logo pediu para que entrasse e o perfume dela invadiu todo o espaço e ele levantou de imediato saindo de trás da mesa. Cristina o olhou sem jaleco e suspirou o homem era perfeito e em cada parte de seu corpo ela ainda o sentia tocar com força, os dois ficaram se olhando por um longo tempo enquanto se aproximavam e ele não pensou ou não quis resistir e a puxou beijando sua boca apertando seu corpo como dava pela barriga avantajada que ela tinha e Cristina não resistiu apenas puxou os cabelos dele sorvendo daqueles lábios que fizeram a diferença na vida dela desde que tinha provado.

— Não é assim que eu quero conversar! - falou assim que o beijo acabou com ele grudado em seu corpo.

— Depois conversamos, depois! - e nada mais foi dito e ele a agarrou novamente sorvendo de seus lábios como se sorvesse de sua sobremesa favorita. - Eu senti tanto a sua falta, senti tantas saudades, Cristina. - desceu os beijos pelo pescoço dela e quando tocou a barriga dela Cristina deu um pulo e se afastou.

— Isso não está certo! - passou as mãos no cabelo e o olhou mais uma vez antes de sair dali o deixando atordoado com o beijo.

Heriberto respirou fundo de olhos fechados a mulher ali daria trabalho para ele e seu alto controle, mas ele não iria desistir dela nunca...