Cristina saiu daquele quarto mais que satisfeita, se despediu dele e foi até o bar dando de cara com a pessoa que procurava no começo da festa, se aproximou e o viu sorrir, ele a beijou assim que ela estava mais próxima dele.

— Se divertiu sem mim amor. - Ele sorriu.

— Pode apostar que sim, onde diabos se meteu Frederico?

— Desculpa meu amor, mas eu me atrasei muito porque uma das sócias estava fazendo jogo duro!

— Mas conseguiu o negocio e a sobremesa, certo? - Acariciou o abdômen dele.

— Você sabe que nenhuma supera você! - A beijou de novo. - E é negócios, o que fez enquanto não chegava?

— Tango e umas coisas a mais... - Sorriu. - Vamos pra casa? Teu cheiro de outra está me enjoando.

— E o seu cheiro de sexo esta me deixando excitado. - Tocou o traseiro dela.

— Posso resolver em casa! - Sorriu e o pegou pela mão e foram embora...

[...]

UM TEMPO DEPOIS...

As vidas seguiam como tinham que seguir, Cristina seguia casada com Frederico e vez ou outras eles estavam em "negócios". Mas Cristina estava cansada daquela rotina de dividir seu marido com outras e de sua cabeça não saia à noite com Heriberto e ela se perguntava vez ou outra onde ele estaria.

Ficou tentada a buscar por mais informações dele, mas não o fez achou melhor seguir sua vida com Frederico e seus "negócios". Heriberto por outro lado tinha conseguido uma foto de Cristina daquela noite a qual olhava sempre que podia e sorria a mulher tinha operado milagres com ele naquela noite e ele sorria todos os dias para ela agradecendo.

Frederico notou que naqueles meses ela estava mais que dispersa que quase não o ajudava em seus "negócios" e não cheirava mais a sexo como naquela última noite em que seus corpos se pertenceram com loucura e devoção e ele sabia que algo naquela noite havia mudado para sempre...

[...]

AGORA...

Cristina estava a andar de um lado ao outro sentia tanta raiva naquele momento e tudo que Frederico dizia a ela entrava em toda sua corrente sanguínea e ela se enfurecia ainda mais com aqueles absurdos que ele falava.

— Eu vou comprar sim! - ela parou e o encarou.

— Eu não quero que você compre uma parte daquele hospital, eu quero ser uma funcionaria como outra qualquer! - rosnou. - Quer fazer mais um de seus "negócios?". - sorriu sem alegria. - Só pode estar querendo mais uma em sua cama!

Frederico a olhou sem entender porque ela estava tão brava se o casamento deles sempre foi assim aberto a novas propostas e pessoas e até um tempo atrás e agora ela estava ali cobrando fidelidade? Era isso que ele estava entendendo?

— O que está acontecendo com você? - se levantou e foi até ela.

— Não está acontecendo nada apenas não quero que compre um hospital pra mim! - suspirou com fadiga.

— Eu quero te dar o melhor! - acariciou os braços dela. - Eu te amo e quero o melhor, mas se não quer metade do hospital tudo bem! - a puxou para ele beijando na boca. - Tudo que você quiser! - beijou mais ela a levando para o sofá queria fazer amor com ela a dias não conseguiam um acordo na cama. - Eu quero você!

Deitou sobre ela e beijou seu pescoço Cristina apenas o segurou tentando entrar no clima, mas não estava com vontade estava furiosa mais ele parecia não perceber que suas negativas tinham nome e sobrenome, mas ela nunca admitiria e a porta se abriu os interrompendo.

— Fred... - a moça parou na porta e ele se levantou a olhou.

— Sabe que se a porta esta fechada é para se bater não sabe? - ele bufou perdendo o momento.

— Me desculpe... - falou com vergonha e Cristina sentou olhando para os dois.

— Pelo jeito tem novo “negócio” querido! - se levantou e pegou sua bolsa. - Eu já vou para te deixar trabalhar a vontade! - sorriu cínica e olhou a moça. - não se engane meu amor o que é de Cristina Rivas ninguém tira! - piscou.

— Rivero! - Frederico corrigiu.

Cristina o olhou e sorriu indo até ele e o beijou na boca com gosto como não fazia a tempos e foi até seu ouvido e disse somente para que ele ouvisse.

— Se enfiar seu pau nela mais uma vez as coisas vão ficar feias pra você! - o olhou e sorriu saindo da sala os deixando sozinhos.

Frederico olhou aquela moça a sua frente cheia de curvas fartas e seu pau gritou dentro das calças e ele se controlou naquele momento sabia que Cristina poderia voltar para espiar e ele a mandou sair mais até o fim do dia a comeria com gosto sem nem pensar duas vezes.

[...]

MAIS TARDE...

Frederico estava sentado frente aquele homem todo de branco e eles discutiam alguns termos do contrato que ele queria fechar rezava para que fosse uma mulher, mas infelizmente era um homem e ele lia todos os termos daquele contrato que Frederico lhe apresentava.

— Então o senhor quer comprar a área da ginecologia toda e não quer que sua esposa saiba é isso? - o encarou tirando o óculos.

— Sim, eu quero que minha mulher trabalhe aqui como se fosse mais uma de suas medicas, ela quer isso, mas eu não concordo e por isso quero que ela seja dona porque se eu tenho dinheiro eu pago pra ela o que quer e o que não quer! - falou machista.

Ele o analisou e suas palavras não o agradaram tanto, mas era um ótimo negocio já que era a ala que mais precisava de modificações e aparelhos novos para a neonatal e por alguns segundos pensou e olhou os papeis novamente.

— Então senhor Rios Bernal o senhor aceita ou não?

Heriberto o encarou e mal eles sabiam que estavam envolvidos pela mesma mulher.

— Eu preciso passar para o conselho do hospital, mas pode considerar negocio fechado!

Frederico sorriu sempre conseguia o que queria e naquele negocio não seria diferente e ele se levantou estendendo a mão para Heriberto que se levantou pegando em sua mão.

— Muito bom fazer negócios em seu hospital! - soltou a mão dele. - Em 24 horas minha esposa se apresenta para o trabalho achando que é apenas mais uma funcionaria e espero que continue achando assim!

— Não se preocupe suas clausulas de contrato serão cumpridas!

— Obrigada e aguardo um e-mail do conselho e o dinheiro estará na conta do hospital com mais um agradinho! - sorriu de canto e se virou pegando sua pasta e saiu da sala.

Heriberto voltou a se sentar e respirou fundo o homem era um machista e se achava dono do mundo e se imaginou como seria a mulher dele, olhou sua gaveta e quando ia abrir ouviu o chamado de seu nome para uma emergência e ele se levantou saindo...

[...]

NO OUTRO DIA...

Cristina as oito em ponto adentrou o hospital se identificou e a recepcionista pediu que ela o aguardasse sentada e ela agradeceu e se sentou a espera do diretor do hospital, foliou uma revista enquanto observava muitas pessoas entrar e sair daquele que era o melhor hospital da cidade. Heriberto foi avisado que ela estava ali e caminhou em sua direção mais seus olhos não acreditaram no que ele estava vendo e se aproximou mais.

— Cristina?

O coração dela disparou no mesmo momento e ela levantou o olhar lentamente pelo corpo dele e como se seu corpo reconhecesse o dele ela o olhou nos olhos e ele tinha a mesma surpresa que ela.

— Heriberto... - ela ficou de pé e seus olhos percorreram seu corpo até chegar em seus olhos.

— Você... Você está grávida? - e ela tocou a barriga involuntariamente como um gesto normal para ela e eles ficaram se encarando por longos minutos e na cabeça dele se passou muitas coisas inclusive a noite de amor dos dois.

— Esse filho é meu?