— Me soltaaaaaaaa! - gritou e sentou um tapa na cara dele.

Frederico num instinto revidou e ela caiu no chão tamanha a força que ele usou e ela gritou gemendo.

— Cristina... - de imediato ele abaixou para tocar nela e ajudar, mas ela gritou com ele.

— Sai de perto de mim! - tocou a barriga sentindo uma pontada e se arrastou até o telefone que não estava longe e discou. - Eu preciso de uma ambulância.

Frederico ficou de pé passando as mãos no cabelo nunca tinha chegado ao extremo como naquele momento e sentiu culpa ela era sua mulher a sua vida e a ver assim no chão gemendo de dor segurando a barriga tentando respirar ele sentiu-se um desgraçado.

— Me deixe te ajudar, com o carro chegamos mais rápido. - parou abaixando na frente dela.

— Não vai tocar em mim nunca mais! - afirmou com a força que tinha. - Eu não te quero perto de mim ou de minhas filhas. - respirou ofegante.

— Elas também são minhas e isso é culpa sua por me afrontar! Eu sou seu marido e não vou permitir que tenha um amante e muito menos que durma fora. - falou alterado.

— Eu o amo! - gritou e as sirenes da ambulância foram ouvidas com Frederico ali branco com aquela revelação.

— Você... - falou atordoado.

— Sai daqui! Sai! - gritou desesperada e se sentiu molhar e tocou a roupa e os dedos sujaram de sangue. - Malditoooo... - ela gritou chorando e com a pouca força que tinha jogou tudo que encontro dele até que os enfermeiros chegaram e a levaram dali com urgência.

Frederico ficou ali petrificado por alguns segundos até que correu para ir junto a sua esposa não iria deixar que aquele maldito homem que tinha virado a cabeça dela na cama e em tão porco tempo, mas mal ele sabia que o que eles tinham era maior que o que ele poderia imaginar e eles seguiram para o hospital...

[...]

UM TEMPO DEPOIS...

Heriberto trabalhava sem motivação alguma em seus dias a parceria de Cristina com o hospital segui ali em pé no hospital, mas ela já não estava mais trabalhando ali e se perguntasse a ele o que tinha acontecido com ela... ele apenas suspirava sem saber o que questionar já que ela nunca mais deu noticias desde o dia em que Frederico foi até sua casa. Ele procurou por seu amor, mas parecia que a terra tinha comido todos seus rastros e Frederico mesmo na cidade não facilitou para ele.

Depois que Cristina deu entrada no hospital com descolamento de placenta ela ficou por três dias internada em uma maternidade que ela não conhecia e com Frederico ao seu lado que pouco falou, mas ela também não fez muita questão de conversar com ele apenas queria sair dali ou avisar Heriberto, mas uma noite enquanto ela dormia foi removida e quando acordou na manhã seguinte não sabia onde estava e apenas ouviu de seu marido... "seu novo lar".

Cristina gritou, esperneou, sentou tapa nele fez e aconteceu com Frederico que apenas se segurou já tinha feito com que ela sangrasse e quase perdesse as filhas e ele apenas deixou que ela aliviasse sua raiva dele enquanto gritava que amava Heriberto e que nada faria com que isso mudasse nem mesmo ficar presa ali porque o principal crescia dentro dela. Naquela tarde Cristina olhava pela janela de seu quarto a barriga baixa pronta para suas meninas nascerem nem conseguia acreditar que tinha chegado aos nove meses com gêmeas na barriga.

Acariciava sua barriga sentindo que o grande momento se aproximava e queria arrumar um modo de sair daquela casa e encontrar com seu amor e foi pensando assim que ela viu Frederico entrar e ela caminhou para a porta e começou a chorar fingindo uma dor que não tinha e chegou ao pé da escada e o olhou no andar debaixo e ela disse.

— Estão nascendo... - chorou como se sentisse dor e ele correu até ela e a segurou descendo com calma.

Frederico a levou para o carro e eles seguram para a maternidade chegando lá como ela era medica foi levada de imediato para a sala de exames deixando Frederico para trás que passou as mãos no cabelo nervoso seria pai e nem poderia acompanhar os primeiro momentos só quando o medico autorizasse. Cristina quando viu Frederico sumir ela sentou na cama e disse ao medo que estava ali frente a ela.

— Eu preciso que me ajude a fugir daqui! - falou afoita.

— O que? - o medico se assustou por perceber que ela não tinha dor alguma.

— Aquele homem está me mantendo presa e longe do meu verdadeiro marido. - mentiu. - Ele está louco e acha que é algo meu, por favor, me ajude a ir... - implorou.

O homem pensou por alguns minutos e Cristina argumentou.

— Por favor, eu estou prestes a dar a luz e esse homem pode fazer mal a minhas filhas, eu o ouvi negociando a venda delas, por favor, eu preciso encontrar o meu amor e ir a policia. - falou afoita e o homem assentiu.

— Tudo bem, eu vou te ajudar, mas você tem que me prometer que vai a policia! - Cristina desceu da cama e sorriu para ele segurando em suas mãos.

— Eu prometo, eu vou a policia assim que chegar em casa! - abraçou o homem. - Você não sabe o quando eu sou grata. - soltou-se dele e o medico saiu da sala junto a ela indo em direção contraria a de Frederico.

Cristina saiu pela porta do fundo do hospital e o medico a colocou num táxi e pagou o motorista, Cristina agradeceu mais e mais a ele e o carro saiu com ela dando o endereço direto da casa de Heriberto e como era longe ela garantiu que pagaria o resto ao chegar lá... Foi mais ou menos uma hora e meia e ao chegar ela desceu quase que correndo e tocou a campainha varias vezes tinha pressa e medo também.

Heriberto que descia a escada não entendeu o desespero de tocarem daquele modo e desceu apressado e abriu a porta não pode acreditar no que seus olhos viram e ele sorriu lindamente e ela se jogou nos braços dele agarrando como pode e beijou em sua boca com gosto, com saudade e ele a apertou com cuidado.

— Eu te amo! - ela disse por fim deixando o coração dele a mil por hora. - Te amo! Te amo. - Heriberto sorriu feliz da vida com aquela declaração e a beijou mais e mais nos lábios.

— Eu também te amo Cristina!

Ele a beijou mais e mais até que ela gemeu de dor e gritou alto o assustando.

— As nossas filhas... - foi só o que conseguiu dizer e desmaiou nos braços dele o deixando apavorado...

[...]

LONGE DALI...

Frederico desligava seu celular e com os olhos de ódio ele disse dentro do carro.

— Vamos acabar com os dois! - apertou o celular entre as mãos não iria permitir aquela afronta, não mesmo e o carro seguiu até o hospital no qual Heriberto já estava a caminho com Cristina...