P.O.V. Charles.

Chegamos ao hospital juntamente com uma carruagem motorizada que tinha luzes piscantes e um apito ensurdecedor.

—Tia Debbie!

Um grupo de pessoas tirou uma mulher que estava deitada numa cama móvel e a levou correndo para dentro.

—Vamos lá pra dentro.

Nós entramos e haviam várias pessoas de branco que corriam de um lado para o outro, máquinas que apitavam.

—Com licença, somos familiares da Detetive Debra Morgan. Sabe dizer onde ela está? Ela foi baleada. Como ela está?

—Calma moça. Debra Morgan, ela está em cirurgia. Os médicos vão fazer tudo o que for possível.

—Tudo bem. Obrigado. Senta ai querida.

P.O.V. Sophie Anne.

Eu não posso perder a tia Debbie. Eu não posso perder a tia Debbie.

Se ela morrer, acho que eu morro com ela.

—Se ela está sendo operada, então porque não está gritando?

—Ela tá anestesiada né, idiota!

—Phoebe!

—Anestesiada?

—Deram remédio pra ela dormir. Ela tá apagada.

—Clorofórmio?

—Clorofórmio?! Clorofórmio é tóxico. Faz mal pro cérebro. Cara, você é muito louco. Eu vou lá fora fumar.

P.O.V. Charles.

A senhorita Phoebe era a dama mais fora do convencional que eu já encontrei. Os cabelos dela eram loiros na raiz, mas o comprimento todo era ruivo, um ruivo desbotado. As roupas dela eram diferentes demais.

Camisas com estampa xadrez, botas.

—Ela também... gosta de outras moças?

—Não. Ela gosta de garotos, mas é uma rebelde sem causa. É minha culpa, eu fiz o melhor que eu pude.

Ouvi a voz da senhorita Morgan. Ela falou como se tivesse acordado.

—Não. Não é sua culpa Lori.

Um homem de branco saiu.

—São vocês os familiares de Debra Morgan?

—Somos.

—Ela tomou um tiro, teve graves lesões internas, mas ela vai ficar bem.

—Ah, tia Debbie, você é mesmo durona. A gente pode ver ela?

—Ela ainda está sob efeito da anestesia. Mas, assim que acordar, sim vocês poderão vê-la.