P.O.V. Caroline.

Eu vou assassinar o Jack. Bem devagarzinho.

—O seu papai é seu papai.

—Mas, o tio Jack disse que ele não era.

—Só que ele é. Você mesma disse, o tio Jack bateu muito a cabeça quando era criança.

P.O.V. Jack.

A bruxa me lançou um olhar mortal, frio e cortante como aquelas paradinhas de gelo que saem dos tetos das cavernas.

—Seu mentiroso! Mentir é feio.

Senti uma dor muito forte.

—É feio. É feio, é muito feio.

—Melissa!

—Desculpe mamãe.

—Pede desculpas pro tio Jack.

—Só se ele pedir por ter mentido.

—Eu não...

Senti a Matty me cutucar. E olhar feio pra mim.

—Desculpe.

—Desculpe por ter te machucado.

—Acho que acontece.

Senti a baixinha me abraçar.

—Vem cá baixinha.

Segurei-a no colo.

—A gente pode comer sobremesa?

—É. Sobremesa é legal.

—Sobremesa! Eu comi a minha comida toda, então eu posso.

Os anos foram passando e a bruxinha virou uma bruxa adolescente.

P.O.V. Caroline.

Chegou a hora. Hora da verdade. Adiei esta conversa até o último minuto possível.