Lucie

Pizza Com Muita (Muita, Mas Muita) Pimenta


Tomei um banho na casa de Bruno e coloquei uma larga camiseta dele. Me sentei no sofá junto de Brubs. Ryan havia ido embora depois de nos deixar lá, e Bruno tomou um café bem forte preparado por mim e depois tomou um banho quente e demorado – sozinho.

- Vou pedir uma pizza... – disse Bruno, pegando o telefone e discando o número da pizzaria. – Quer do quê?

- O que o senhor sugere? – disse, sorrindo.

- Hum... Peperoni... E...

- Frango! Hmmmmmm, com bordas de cheddar... – lambi os lábios.

Ele riu.

- Ótima escolha.

- Eu sei. – disse, me gabando.

Ele fez o pedido e o cara logo chegou.

- Vou lá pegar, falou? – disse Bruno, sorrindo e se levantando.

Peguei meu short e coloquei-o.

- Eu esqueci de pegar o dinheiro... Já venho. Looh, a pizza. – ele disse, pulando dois degraus de cada vez.

Peguei o dinheiro – da minha própria carteira, mesmo que se Bruno soubesse iria me matar – e entreguei na mão do garoto que parecia ser um pouco mais velho que eu.

- Olá. – ele disse. Droga, flertar comigo agora?

Apenas sorri e peguei a pizza de suas mãos.

- Obrigada... – eu disse, tentando fechar a porta. Mas ele colocou a mão entre a porta e o vão.

- Hm, falta a caixinha... O Senhor Mars sempre pede pizza e já virou... Costume. – ele sorriu.

Era óbvio que só queria ter mais tempo de flertar comigo.

- Ok... Então você espera aí que eu vou lá na cozinha... – eu disse, andando até a cozinha. Ele pareceu me seguir.

- Eu trouxe a Coca-Cola...

- Prefiro água... – eu disse, sorrindo.

- E uns salgados...

- Tô afim de uns doces. – eu respondi.

Ele suspirou.

- Acredito que aqui há água... E eu trouxe umas esfihas doces. – ele sorriu vitorioso.

- Brunoooooooo! – gritei para ele lá em cima. O garoto pareceu assustado. – É porque ele tá demorando. – eu ri.

Bruno desceu e apertou os olhos. Seus pulmões inflaram.

- A Looh já pagou com certeza. Valeu pelos aperitivos... – ele entregou o dinheiro para ele. – A caixinha tá aí e eu sei que tava dando em cima da minha garota...

- Eu... Eu... – ele começou a gaguejar.

- Rala moleque, ela é minha garota... Quer briga? – ele disse, fazendo o durão. O menino pareceu se contrair. Depois Bruno riu. – Rala. – ele repetiu e fechou a porta.

Bruno pegou um pedaço de pizza e eu outro. Comemos exatamente quatro pedaços de pizza cada.

- Wow, eu tava com fome, hein. – eu disse.

- Que isso, sei que mora um leão aí dentro. – ele disse. Senti certa malícia nele também. – E você tá muito magrinha, tem que engordar.

- Claro, e ficar parecendo o Free Willy?

- Você nunca vai conseguir ficar tão gordinha quanto eu... Olha, parece um graveto. – ele disse, levantando a minha camiseta.

- Arrãm, e você tá muito gordo né?

- É excesso de fofura. – ele disse, dando tapinhas na minha barriga. Acabamos caindo do banco e rindo feito idiotas.

Paramos de rir quando nossos olhares se cruzaram. Senti um fogo subir por meu corpo e que estranhamente era a hora certa.

Minha boca se abriu, mas nenhuma palavra saiu dela.

Bruno colocou a mão na minha cintura, deslizando-a por minha barriga, me causando arrepios.

Me apoiei na cadeira, quebrando a conexão de nossos olhares.

- Vou pegar mais um pouco de água. – disse me virando para ir até a geladeira. A mão de Bruno apertou mais meu quadril. Segurei a respiração. Ele a soltou.

Bebi a água e já estava cheia – finalmente.

- Acho que vou tirar uma soneca agora. – disse Bruno, rindo. – Depois fazemos nossas coisas, fazer isso com barriga cheia não é recomendado. – disse Bruno, torcendo o nariz.

- Claro, o fato de você vomitar em mim não seria muito... prazeroso nem excitante... – dei risinhos.

Peguei alguns tacos no prato de salgados que o garoto nos trouxe.

Bruno olhou nos meus olhos. A estranha sensação de estar preparada de novo tomou conta de mim.

- Espere, garota... Espere e você vai receber o trato que merece. – ele disse dando risada.

- Bom verso pra uma música. – disse jogando um dos meus tacos nele.