- O que foi? – ele perguntou.

- Sonhos... – eu disse.

- Ruins? – ele disse o que eu tinha pensado.

- Não... Foi perfeito. Mas eu queria saber por que aquilo do “mas o amor não existe quando você vive desse jeito, isso eu sei, sim eu sei”. – eu disse com a voz ainda melancólica.

Ele sorriu.

- Meu amor, eu não crio sozinho, você sabe. A letra flui de mim. E isso não foi pra dizer que eu não te amo... E sim que o amor não pode sempre ser encontrado da maneira mais fácil, e ele quase sempre opta pela maneira mais difícil. – ele disse beijando o topo de minha cabeça.

O abracei com força e arranhei suas costas. Ele mordeu meu ombro.

- Eu te amo. – sussurrei. – E não canso de dizer isso... Eu sei que foi bobo todo esse drama, mas...

- Também te amo e não me canso de dizer isso. – ele disse sorrindo e me beijando. – E não foi bobo nada, foi fofo. – ele riu.

- Nunca amei ninguém como amo você...

- Você me fez perceber o que era amor de verdade. – ele disse, brincando com mechas de meu cabelo. – Agora eu sei o quão forte é.

Eu sorri.

- Façam minhas as suas palavras. – disse nos intervalos de nossos selinhos.

Ele me puxou para mais perto.

- Ah não, Bru! – eu disse empurrando-o. – Você não vive sem sexo? – eu perguntei.

Ele mordeu o lábio inferior.

- Fala de novo?

- O que? – eu perguntei.

- “Sexo”, fica tão sexy em você. – ele disse, e já estava com o membro rígido.

Soquei seu ombro.

- Ai! Upa, não sabia que você curtia sadomasoquismo, se quiser passo num sex shop e pego umas algemas pra gente. – ele disse piscando pra mim.

Revirei os olhos, mas comecei a rir.

- E eu não sabia que você tinha tendências a voyeurismo.

- Por favor, fala de novo!

- O que, voyeurismo? – eu disse.

- Não, “sexo”! – ele falou mais alto, feito criança.

Dei uma gargalhada.

Me levantei e fui para o banheiro.

- Pode pensar sobre. – eu disse, piscando para ele.

- Sobre...? – ele perguntou.

- Algemas. – eu disse, mas então ele começou a rir e eu também, e senti minhas bochechas arderem.

- Você fica tão linda corada. – ele disse rindo.

Mostrei a língua para ele e entrei no banheiro.

Deus! Esse homem faz com que eu pense coisas que não sabia que era capaz de pensar... Ele vai me levar à loucura.

Tomei um banho quente e demorado, sorrindo à toa imaginando nossa noite juntos.

Ele era simplesmente perfeito.

Saí do banho com a toalha enrolada no corpo e no quarto Bruno estava gemendo.

- BRUNO! – eu gritei, imaginando alguma vagabunda em sua cama.

- Ai! – ele disse quando eu o bati. – Eu não tô te traindo não, sua louca. – ele disse, colocando as mãos atrás da cabeça.

- Você estava...?

- Aliviando a tensão? É, cara. Sabe quantas vezes eu tive que fazer isso à noite?! – ele disse parecendo indignado. – Três vezes! Eu nem dormi! E pensei bastante sobre a opção de aproveitar de você enquanto você dorme.

- Isso seria estranho. – eu disse sorrindo.

- Eca, e quem aqui é normal? – ele perguntou sorrindo.

- Verdade, ser normal? Eca! – eu disse beijando-o.

Me troquei enquanto Bruno tomava seu banho.

Deitei na cama e fiquei zapeando os canais, e quando parei em um tocava Locked Out Of Heaven, novo single do Bruno.

Comecei a gritar e pular feito louca, e cantei bastante!

Bruno saiu do banho um minuto depois e a música já tinha acabado. Eu estava pulando na cama.

- O QUE FOI? – ele gritou assustado, sem toalha nenhuma, completamente nu e molhado.

Mordi o lábio inferior.

- Desculpa... Tocou LOOH na TV. – eu disse. – A música que você fez pra mim né, porque a sigla dá meu apelido. – eu disse fazendo bico.

- Claro que foi pra você. – ele disse rindo e me abraçando.

- Ai, Bruno! Você tá molhado. Vai terminar seu banho. – eu disse.

Mas ele não queria desgrudar de mim.

Dei um beijo nele demorado, que o desestabilizou.

Saí cambaleante da cama enquanto ele retomava o equilíbrio.

- Bom saber que não sou só eu que me sinto assim. – eu disse dando alguns tapas na minha cabeça. – Te vejo na praia, beijo. – eu disse fechando a porta.

Ele demorou uma hora, mas foi para a praia. O dia estava lindo, com um sol bem alto. Passei meu protetor solar com FPS beeeeem alto para proteger minha pele e Bruno passou o protetor nas minhas costas.

- Hm, você tá uma delicínha, hein. – ele disse dando um tapa na minha bunda.

- Ai, Bruno! – eu dei um grito. – Doeu!

- Fresca.

- Tua bunda. – eu disse.

- Gostosa. – ele disse mordendo o lábio.

- Você também é gostoso, Bruno. – eu disse me sentando em cima de suas costas e passando protetor solar nele.

Ele colocou a mão na minha cintura, mesmo comigo em cima dele e se virou.

- Bruno! Você quer ficar todo cheio de casquinhas e essas coisas depois? Vai, vira aí! – eu disse.

- Não. – ele disse me abaixando e jogando o protetor para o lado.

- Bruno, eu... – comecei a protestar, mas assim que nossos lábios se tocaram, não consegui parar de fazer tudo aquilo.

Ele me deitou na areia e tirou todo meu biquíni. Tirei sua bermuda e arranhei suas costas, ele deu um gemido e eu outro logo em seguida.

Ele beijou meu pescoço e acariciava um dos meus seios com uma mão, e com a outra remexia sua bermuda na procura de, provavelmente, a camisinha.

- Vai logo. – ele murmurou para si mesmo.

E então seu membro parecia próximo à meu clitóris.

Ele colocou seus dois dedos em mim e os remexeu lá dentro.

Puxei seu cabelo com força e ele gritou:

- Vadia!

Abri os olhos, assustada.

Ele abriu logo em seguida.

- Desculpa. – ele disse . – É íntimo isso cara. Eu sou romântico e safado. – ele disse rindo.

- Eu sei. – disse piscando para ele.

- Se quiser que eu não te chame mais...

- Vai, vadio. – eu disse, sorrindo.

Ele riu.

- Romântico e safado. – sussurrei no seu ouvido e ele gemeu.

- Sua voz é tão sexy. – ele disse, tirando os dedos de mim.

- Não, a sua voz é sexy! – eu disse rindo.

Ele introduziu seu membro e começou com movimentos lentos.

- AH BRUNO! – eu gritei.

Ele ria, mas gritava e gemia logo em seguida.

Ele massageava meus seios enquanto fazia movimentos mais rápidos.

Chegamos à nosso ápice e ouvimos algumas vozes.

- Prometo que não vou te ofender de novo...

- Qual é, não foi uma ofensa. Foi um “apelido” num momento de prazer. – eu disse rindo.

- Mas é só desse jeito, tá? Eu não sou um brutamonte, sou um bom homem.

- Bom homem e mau homem, você é perfeito. – eu disse beijando-o.

Ouvi a voz de Phil e corri para vestir o meu biquíni, Bruno vestiu sua bermuda sem nenhuma pressa.

Tomamos sol o resto da tarde, Bruno se desculpando comigo de vez em quando e eu dizendo que eu o entendia.

Ele é ou não é perfeito?