Luar

Mais mudanças... Não!


Capitulo 9 – Mais mudanças... Não!
Eu e Will pegamos o caminho mais longo até minha casa (só para deixar claro, não foi eu quem sugeriu), porque estávamos com um pouco de medo que passando pela praia a gente se molhasse e aparecessem nossas caudas e a gente virasse comida japonesa.
O silencio já estava começando a me deixar nervosa, não so porque eu estava completamente confusa sobre o que estava acontecendo com a gente , mas também por não saber nada sobre as pessoas com quem eu compartilhava esse segredo.
–Então... a Vick mora com você?- perguntei, mas o que eu realmente queria perguntar é ”vocês estão juntos? Há quanto tempo vocês se pegam? Larga ela e vem pra mim.” Mas eu sou uma dama não perguntaria isso nunca.
– Por que não moraria?-respondeu ele, me olhando como se eu fosse doida (Caramba, o povo daqui é moderninho mesmo).
Com a resposta dele fiquei tão sem graça que não falei mais nada. Mas ele continuou me encarando como se eu tivesse uma melancia pendurada no meu pescoço.
– Seus olhos não eram verdes?- perguntou ele, com cara de quem viu um ET.
– E são- na mesma hora olhei para os olhos dele que antes também eram verdes num tom bem claro quase acinzentado, agora eram de um tom escuro quase negros. – e os seus eram verdes.
Peguei meu celular, espantada com a minha nova descoberta, meus olhos estavam quase completamente castanhos.
– não acredito. Agora como eu vou explicar a cor dos meus olhos terem mudado.- falei como uma criança boba.- ou pior como eu vou explicar que tenho uma cauda de peixe.
Comecei a chorar como uma criança, Will me abraçou e eu fiquei lá, chorando no ombro dele por alguns minutos.
– Você deve estar me achando uma criança chorona. Desculpa. –falei entre soluços.
– Nem tanto, eu choraria, mas não quero parecer um boiola! –disse ele, tentando fazer graça.
Olhei para cima ele estava sorrindo, então sorri e limpei minhas lágrimas.
– Bom, vamos continuar andando, porque eu acho que ainda estamos um pouco longe de casa.- disse para quebrar o silêncio.
– Nem tanto, é só andar mais duas quadras.
– É até engraçado, você saber melhor o caminho de chegar na minha casa. – brinquei.
– Bem, você é a turista, lembra! Então tenho a obrigação de te mostrar o caminho.
– Como se você soubesse bem por onde anda. Lembra que foi você quem guiou a gente na ilha, e onde nós fomos parar numa caverna sinistra com água maluca.- disse, já me arrependendo de jogar a culpa nele.
Por um momento achei que ele estava furioso comigo, mas ele sorriu.
– você tem razão! É isso!- disse ele.
– Sério!? – falei confusa.
– É a água da caverna. Foi tudo que aconteceu de diferente com nós três ontem. – Ele falou, mas mesmo assim ainda não tinha entendido o que aquela caverna tinha haver com a gente. – Pensa comigo! Existem varias lendas sobre os poderes do mar, as criaturas do mar e na região existem varias histórias sobre essa ilha.
– Então você esta dizendo que foi aquela caverna mudou a gente.
Ele assentiu. Agora eu estava começando a entender o que estava acontecendo e já sabia o que fazer.
– Liga pra Vick avisa que vamos para o café. Temos que conversar com alguém.
– Quem?!


– Minha tia.