Luar

A caverna


Capitulo 5 – A caverna
Caminhamos pro uma meia-hora o lugar era imenso, eu estava torcendo para Will ou Vick lembrarem o caminho de volta porque eu já estava perdida. Andamos por mais alguns metros quando eu ouvi um grito agudo. Era Vick que exibidamente resolveu correr e caiu em alguma rachadura no chão.
– Você está bem? – perguntava Will freneticamente, parecia que ele gostava mesmo dessa garota.
–Estou, mas acho que... Aiii. – gritou ela de dentro da escuridão da caverna
– O que aconteceu? Tem algum bicho aí? – Era uma pergunta idiota, mas eu estava começando a ficar preocupada.
– Não, eu só acho que quebrei alguma coisa. Meu tornozelo tá doendo muito– nesse momento, Will chegou atrás de mim com uns cipós, esse garoto é tão rápido que eu nem sequer reparei que ele tinha saído.
– Vick, eu vou jogar uns cipós tente pegar para te ajudar a sair daí! – gritou ele.
Vick conseguiu pegar os cipós, e até tentou subir com a ajuda deles. Mas parecia que a lesão do pé era grave. Will desceu pela rachadura para tentar empurrar a garota de lá, mas não conseguiu. Eu já estava ficando preocupada.
– Will, Tá tudo bem aí?- perguntei sem saber o que fazer.
– Não estamos conseguindo subir. – disse ele – Você vai ter que descer vamos ter que procurar outra saída pela caverna.
– Oie?! Como assim? – falei. Que ideia estúpida, iria prender ainda mais a gente.
– Vem Claire, todas as cavernas da ilha têm saída para algum lugar e vai ser mais fácil achar se estivermos juntos. Tá com medo de que?
– Dos morcegos do Batman que devem morar aí dentro.
– Vai ficar com medo de uns bichinhos. – agora Vick me desafiava, essa menina tá me tirando do sério.
– Tá bom eu entro, mas se não conseguimos sair eu mato vocês. – disse isso já entrando com medo do que veria.
A caverna era escura e úmida, mas bem grande pra uma rachadurazinha em uma pedra. Andamos por um bom tempo, entramos em várias subentradas que davam em um beco sem saída, mas isso não era o pior, o pior era os gritinhos da Vick a cada passo e para quem mais cedo me desafiou a entrar numa caverna escura, agora ela parecia um gatinho assustado.
Olhei para meu relógio já assustada já quase sete da noite e já devia ter escurecido lá fora. Estava começando a perder as esperanças e a culpar a pequena garota de olhos verdes por tudo que estava acontecendo.
– Minha perna está doendo, Will? – já era a décima vez que ela reclamara.
– Então pare um pouco para descansar. Claire fica um pouco com a Vick, eu vou andando um pouco para procurar a saída.
Eu não queria ficar com a Vick e nem deixar Will continuar sozinho, mas eu já estava muito cansada e perdendo as esperanças. O incrível é que Will continuava a andar como se soubesse que conseguiria sair, como se em nenhum minuto ele perdesse a esperança.
Eu estava muito cansada recostei em uma das paredes da caverna, e sem perceber comecei a cair num sono...