POV Pamela Parker – Marra

Dois dias depois de Jonas me contar da viagem a Califórnia nós embarcamos. A viagem que dura apenas 14 horas parecia que tinha durado 20. Foi uma viagem muito cansativa, pois pegamos uma chuva na América Central e passamos por algumas turbulências. E depois de tudo isso nós finalmente desembarcamos em São Francisco.

– Que saudade de tudo isso. – falei sorrindo enquanto passávamos pela ponte Golden Gate.

– É eu também sinto muita falta disso aqui. – Jonas falou e beijou minha bochecha. Nós estávamos parados em um sinal.

– Finalmente chegamos. – falei assim que Jonas estacionou o carro na garagem da mansão. – Como eu estava com saudades dessa casa.

– Eu também estava morrendo de saudade disso aqui, e bom faz tempo que a casa esta fechada. Será que tudo está funcionando direitinho? – ele disse com segundas intenções me abraçando pela cintura.

– E o que você acha que esta com mau funcionamento? – perguntei entrando no seu jogo.

– Huuum, me deixa pensar. – ele falou pensativo – A hidromassagem por exemplo. Faz tempo que ninguém a usa não é mesmo? – ele sorriu sacana. Ah como eu amo esse sorriso.

– É você tem razão. – Disse – Mas...

– Sempre tem um “Mas...” não é mesmo?! – ele disse com raiva.

– Da para me deixar terminar de falar? – perguntei séria e ele assentiu. – Ótimo. Mas nós só vamos testá-la depois que você tirar as malas do carro e levá-las até a suíte para mim.

– Como quiser Majestade. – ele disse rindo e abriu o porta-malas tirando de lá duas malas enormes. Uma lilás cintilante que era minha e uma preta que era dele.

– E depois volte aqui para me buscar, pois eu torci o tornozelo. – disse inocentemente.

– Mas você não torceu o tornozelo. – Jonas retrucou.

– Não seja por isso. – sorri diabólica e dei um passo à frente, caindo “acidentalmente” sobre o pé. – Ups. – falei debochada.

– Você não presta. – Jonas disse rindo e saiu, voltando em seguida. Ele me pegou no colo e me carregou até o quarto onde me jogou na cama.

Ele se inclinou sobre mim e me beijou com as mãos em minha cintura. Depois que nos separamos ele foi descendo as mesmas até que elas pararam nas minhas sandálias, as quais ele tirou delicadamente. Depois subiu as mãos novamente pelo me corpo e com minha ajuda retirou meu blazer vinho e meu cinto dourado.

Jonas saiu de cima de mim tirou o próprio casaco, os sapatos, as meias e o cinto. Depois veio até mim e pegou minha mão e me guiou até o banheiro, onde a banheira estava cheia e espumada.

Nós nos despimos lentamente e depois entramos na mesma. Senti a água morna relaxar meu corpo.

Eu estava sentada sobre as pernas de Jonas com a cabeça em seu peito, sentindo sua respiração perto da minha orelha.

– Eu te amo. – ele falou do nada.

Eu inclinei minha cabeça para o lado e beijei seus lábios, sentindo o gosto de menta que vinha de sua boca.

O beijo foi quebrado por que o ar se fez necessário, mas nós continuamos com as testas coladas.

– Eu te amo mais. – falei e ele sorriu.

–Vamos sair daqui? – Jonas me perguntou e eu assenti. Eu saí da banheira e pus meu roupão e ele fez o mesmo. – Que tal sairmos à noite?

– E para onde iríamos? – perguntei curiosa, levantando a sobrancelha.

– Nós podemos jantar e depois agente vê o que faz. –ele respondeu me abraçando por trás. –E ai? O que acha? – perguntou beijando meu pescoço.

– Por mim tudo bem, mas agora deixe eu me vestir. – Jonas assentiu e me soltou, mas caminhou junto a mim até as malas.

Eu abri a minha e Jonas a dele. Optei por um vestido preto, colado somente até a cintura depois abria. A mesma era marcada por um cinto dourado. Um scarpin preto e um sobretudo da mesma cor.

Jonas estava com uma calça preta que acompanhava o terno, a gravata e os sapatos. A camisa era branca.

Ele já me esperava no hall e quando eu cheguei, ele sorriu.

– Você esta maravilhosamente linda. – Jonas falou bem perto do meu ouvido.

– É, você não esta tão ruim também. – Provoquei-o.

– Como é que é MarraWoman? – ele me puxou para mais perto.

– É isso mesmo que você ouviu, MarraMen. – sorri brincalhona e o beijei. Um beijo que começou calmo, mais foi se intensificando. Logo eu estava sob ele no sofá da sala. – Hey, calminha ai Mr. – disse depois que nos separamos. Ele beijava meu pescoço. – Nós vamos nos atrasar para o jantar. – falei e empurrei-o para longe, me sentando em seguida.

– Fazer o que né? – Jonas disse e eu tive que rir da cara de coitado que ele fez.

– Depois eu prometo te recompensar. – Falei sorrindo maliciosa e ele se animou. – Mas agora vamos jantar que eu estou com fome. – Me levantei e saí, sendo seguida por Jonas.

A viagem até o restaurante foi rápida. Mas entrar foi bem difícil. Estava cheio de fotógrafos e papparazis em frente ao prédio.

Nós tomamos um banho de fotos, mas não fizeram nenhuma pergunta. Ainda bem.

O resto da noite foi tranquila. Nós comemos em paz e na hora que fomos embora não tinha mais tantos fotógrafos fazendo plantão em frente ao restaurante.

– Que tal um passeio no parque. – Jonas me perguntou quando já estávamos no carro.

– Ótima idéia MarraMen. – falei e sorri.

Ele assentiu e seguiu para o centro. Paramos o carro em frente a uma das entradas do parque.

–Aii. – gritei assim que senti meu salto preso e quase cai.

– O que ouve Pam? – Jonas perguntou-me preocupado.

– Meu tornozelo, acho que torci. – falei fazendo uma careta de dor. Logo depois ele me ajudou a ir até um banco, nos sentamos e eu tirei o sapato do pé esquerdo. Massageei o tornozelo por uns minutos e logo depois ele não doía mais tanto.

– Melhorou?

– Sim. Acho que já podemos voltar. – falei. – Está começando a ficar mais frio.

– Então vamos. – Jonas respondeu e passou um braço pela minha cintura.

Nós caminhamos lado a lado até o carro, o qual Jonas abriu a porta para eu entrar. Ele entrou no lado do motorista e seguiu para a mansão. Nós demoramos uns 30 min. Para chegar, pois a mesma era um pouco afastada. O percurso todo foi em silencio, mas eu me surpreendi quando Jonas abriu a minha porta e me pegou no carro.

– O que é isso honey? – perguntei rindo.

– Ué você não torceu o tornozelo? – ele perguntou e eu assenti, mas quando eu ia abrir a boca para responder ele continuou. – Então é melhor você guardar suas forças para mais tarde. – disse malicioso.

Darling! – adverti e dei-lhe um tapa no ombro. Ele riu. – Olhe as indecências. Eu sou uma mulher de família, sabia? – falei e Jonas deu uma gargalhada.

– Você? Mulher de família? Conta outra Pamela! – ele disse e me jogou na cama.

– Sou sim esta bem?! E você devia me respeitar. – disse me fazendo de indignada.

– Não to afim. – Jonas respondeu rindo e me beijou. Foi um beijo intenso, quebrado por necessidade de ar.

– Eu te odeio Jonas Marra. – falei rindo.

– Eu também te amo, MarraWoman. – ele disse e me beijou novamente, depois desceu beijos por todo o meu pescoço, dando também chupões e mordidas.

Nós ficamos nessa provocação até as quatro da manhã, quando eu finalmente me deixei levar por ele.

Foi uma noite maravilhosa e eu só fui adormecer depois das 06h00min da manhã.

Acordei no que eu achava ser a manhã com vários beijos sendo espalhados pelo meu corpo.

–Acorda preguiçosa. – Jonas sussurrou no meu ouvido e beijou meu pescoço.

–Bom dia MarraMen. – disse espreguiçando-me.

–Bom dia? – ele levantou uma sobrancelha e eu assenti – Você tem noção da hora que é? – neguei. – Pamela, já passa das duas da tarde.

–Como é que é? – pulei da cama.

–Calma Pam. – Jonas riu do meu desespero.

–Jonaas, por que não me acordou? – perguntei manhosa.

– Por que eu saí as 08h00min pra ir até a Marra International e só cheguei agora. Mas eu imaginei que você acordaria lá pelas 10h00min. – ele disse meio surpreso.

–Ok, e como foi lá na Marra? Conseguiu resolver os problemas? – perguntei.

–Sim, não era nada de mais, são os funcionários que fazem tempestade em copo d’água, e se você quiser nós podemos voltar amanhã, ou até hoje. – ele respondeu.

– Amanhã, não estou com nenhuma vontade de encarar 14 horas de vôo hoje.- falei bocejando.

– Vamos amanhã então. – Jonas falou e me roubou o que era pra ser somente um selinho, mas eu aprofundei o beijo, deitando por cima dele na cama. – Você é incansável não é mesmo?! – ele perguntou-me depois que nos afastamos e eu apenas ri, o beijando de novo.

– Mas do que você pensa. – falei e ele atacou meus lábios, girando na cama, ficando por cima.

Nós ficamos ali por uma meia hora, até nos acalmarmos e nos deitarmos na cama.

Honey? – falei depois de algum tempo.

– O que?

– Eu estou com fome. – disse levantando a cabeça de seu peito e olhando em seus olhos.

– E o que a Princesa Shelda quer comer? – perguntou brincando.

– Huum, deixe-me pensar... Lasanha. – disse por fim.

– Como quiser majestade. – Jonas levantou-se fez uma reverencia e foi em direção ao banheiro. Eu fui atrás, precisava escovar os dentes e tomar um bom banho.

Eu entrei no box e senti a água morna escorrer por meu corpo.

– Esse banho parece estar ótimo. – Jonas disse depois de lavar a boca.

–Melhor do que você pensa Mr. – falei olhando-o, em seguida fechei os olhos, sentindo a água relaxar meu corpo.

– Então eu acho que eu vou ter que me certificar disso. – ele disse e tirou a única peça que usava: o roupão.

Jonas entrou no box e me agarrou, me beijando com fúria e volúpia. Ele me prensou contra a parede e começou a beijar meu pescoço, apertando minha cintura. Minhas mãos foram até sua nuca, e eu puxava os fios dali cada vez que ele mordia meu pescoço.

– Jo... Jonas pa...para com i...isso. – falei com dificuldade. Tentei inutilmente o afastar, então desisti, o agarrando.

Algum tempo depois eu estava mole em seus braços, a ponto de desmaiar, então rapidamente terminei o nosso “banho” e sai me enrolando em uma toalha. Sequei-me e rapidamente vesti minha camisola preta e em seguida o hobby da mesma cor. Me deitei na cama no intuito de esperar Jonas se vestir, mas o sono e o cansaço me puxaram para a inconsciência. A única coisa que percebi antes de apagar por completo foi Jonas me abraçar na cama e beijar minha testa, depois não vi mais nada.