Love conquers all
Lasanha e, Megan?! What?
POV Jonas Marra
Acordei lá pelas 20h00min e Pamela ainda dormia. Será que essa mulher não cansa de dormir não? Levantei-me e tomei um banho rápido, depois fui para a cozinha preparar a lasanha da Pam. Sim, eu, Jonas Marra, sei cozinhar.
Terminei de montar a lasanha em meia hora, depois coloquei no forno e fui acordar Pamela.
Quando entrei no quarto ela ainda dormia tranquilamente. Fui andando devagar e sem fazer barulhos até a cama e sentei ao seu lado e sussurrei em seu ouvido:
– Acorda dorminhoca – beijei seu pescoço.
–Hm – ela gemeu baixinho e se virou na cama, ficando de costas para mim. Eu afastei seus cabelos e beijei seu ombro, puxando para baixo a manga do hobby preto que ela usava.
– Pam, acorda, o jantar esta quase pronto meu amor. – falei a olhando. Ela despertava aos poucos.
–Jantar? – perguntou-me confusa.
–Ué, eu achei que você queria lasanha. –sorri. – Então eu acordei e fiz.
–Você não existe Jonas Marra. – ela falou sorrindo e logo depois me deu selinho
–Eu sei. – falei brincalhão e ela riu.
– Então quer dizer que você é gênio, milionário, nerd, cozinheiro e ainda por cima convencido? – ela ria descontroladamente.
–Exatamente, e além de tudo isso eu sou casado sabia? –falei brincando.
–É mesmo?- Pam fingiu surpresa. – E eu posso saber quem é a sortuda? – perguntou entrando no jogo.
– Ah, eu não sei se você a conhece. É uma americana, loira super gostosa. – falei e ela gargalhou alto – E além do mais ela é uma atriz maravilhosa e herdeira de um canal de televisão. E ai? Conhece? – perguntei.
– Hum... – ela fingiu pensar. – Não sei, talvez você possa me mostrar uma foto dela para eu refrescar a memória. – eu prontamente peguei meu MarraTablet na mesa de cabeceira e abri uma foto nossa, na renovação de votos. Eu virei o tablet de frente para Pamela e a mesma fingiu surpresa, pondo as mãos na boca.
–Meu Deus! Mas essa mulher é linda demais. - falou ainda fingindo surpresa.
– E convencida de mais também né?! – disse rindo e ela estreitou os olhos.
–Então quer dizer que você não me acha linda, MarraMen? – ela disse a ultima palavra com um certo deboche no tom.
–Eu jamais disse isso MarraWoman. – Lhe roubei um beijo.
–Acho bom mesmo, mas agora me deixe ir tomar um banho. E depois nós vamos ver se você sabe mesmo cozinhar, Mr.Marra. – ela falou e em seguida entrou no banheiro.
Enquanto Pamela tomava banho eu resolvi arrumar a mesa no melhor estilo “A lá Jonas Marra” ou melhor dizendo velas aromatizadas e rosas vermelhas.
No momento que o forno apitou Pamela apareceu na cozinha, usando um vestido vermelho sangue e mais uma de suas indispensáveis sandálias.
–Hmmm... O cheiro está ótimo, agora só nos resta saber se o sabor também está. – ela sorriu e aproximou-se me dando um beijo que eu prontamente retribui. Coloquei minhas mãos em sua cintura, colando nossos corpos, enquanto Pamela puxava sem dó os fios de cabelo da minha nuca.
Eu estava a ponto de colocá-la sentada sobre o balcão quando ouço uma voz familiar ecoar pela cozinha:
–Ou, ou,ou, ou. Vão com calma ai ein?!
–Megan?! – eu e Pam perguntamos ao mesmo tempo e ela deu um sorriso de criança travessa que aprontou alguma coisa.
– O que você esta fazendo aqui? – Pamela perguntou.
–Ué, eu não podia simplesmente estar com saudades dos meus pais? – perguntou disfarçando e na hora eu percebi que tinha algo errado.
–Desembucha Megan Lily. O que aconteceu? Você não voaria até São Francisco por que esta com saudades nossa, até por que não faz nem 4 dias que nós embarcamos no Rio para vir pra cá. – fui curto e grosso.
–Ok dad você venceu. – rendeu-se. – Eu vim pra cá por que briguei com o Tuca e não queria correr o risco de topar com ele nos próximos dias.
–Bem que eu estranhei você ter vindo sozinha. – disse Pamela com olhar acusativo.
–Bom, mas deixe os problemas do Rio no Rio e vamos comer por que eu estou i like faminta.
Assim que Megan disse isso eu não acreditei em quem eu vi aparecer atrás dela. Arthur parou bem atrás de Megan sem ela nem perceber e tapou sua visão com as mãos.
– Então quer dizer que o nosso relacionamento não vale nada fora dos limites do Rio de Janeiro. - Ele perguntou perto de seu ouvido e Megan paralisou. Não sei se pelas palavras dele ou pelo simples fato de ser ele.
–Tuca? – perguntou incrédula depois de alguns minutos. –O que você faz aqui? – ela se virou de frente para ele.
– Eu vim atrás do amor da minha vida. – Arthur sorriu. – Pra você ver o que eu não faço por você Loirinha. – ele riu de canto. – Sabe Megan eu pensei muito na nossa briga. – Mesmo de costas a percebi arqueando a sobrancelha. – Ta bem, pra falar a verdade eu pensei por 15 minutos, mas nesses míseros 15 minutos eu percebi que a nossa briga foi por um dos motivos mais idiotas do mundo. E depois disso eu fiz as malas correndo e peguei um jatinho pra vir para cá. A propósito Jonas, espero que não se importe, mas eu peguei um dos seus. – eu sorri para ele e balancei a cabeça negativamente.
Arthur estava pronto para começar a falar novamente quando Megan o interrompeu.
–Shii... Não fala mais nada, Tuca Nigri, só o fato de você ter vindo até a Califórnia atrás de mim já prova que eu sou a mulher mais sortuda do mundo.
Foi a ultima coisa que Megan falou antes de pular nos braços de Arthur e beijá-lo desesperadamente.
Eles se soltaram minutos depois quando Megan se tocou que estávamos vendo tudo, e disfarçou falando do jantar.
–Hey gente que tal comermos agora?
–Claro eu vou pegar a lasanha. – falei.
–Lasanha? – Megan estranhou.
– Não me olha desse jeito sua mãe que queria. – disse me defendendo.
–Ok né, mas vamos comer logo, estou quase desmaiando de fome. – ela fez cena. (Pra variar).
Nós jogamos conversa fora durante todo o jantar e depois eu e Tuca fomos ver TV enquanto Pam e Megan arrumavam a cozinha, já que a casa estava sem empregados.
Conversa vai, conversa vem, Arthur resolveu tocar piano. Ele sentou na banqueta e logo as primeiras notas de “Because of You” da Kelly Clarkson começaram a ecoar pela sala e então Pamela surgiu do além (Na verdade da cozinha) e começou a cantar maravilhosamente a musica. Ela cantou a musica toda olhando para o nada e eu sabia que ela estava pensando no ex noivo, morto em um acidente de carro, mas eu não ligo muito quando isso acontece, afinal, o cara está morto mesmo, não está?
Assim que a musica acabou eu tomei o lugar de Arthur em frente ao piano e comecei a tocar “A Thousand Years” de Christina Perri e Pamela começou a cantar junto com a melodia. E dessa vez ela contou toda a letra olhando diretamente nos meus olhos, como se estivesse hipnotizada.
Quando a musica parou Pamela sentou-se a meu lado na banqueta e enlaçou meu pescoço, me beijando com certa urgência. Eu retribui com a mesma intensidade.
O beijo acabou, mas nós continuamos do mesmo jeito, grudados, com as testas coladas, sentindo as respirações irregulares do outro.
–Owwn, que fofo. – Megan disse e nós nos separamos para olhá-la. A mesma dava pulinhos de alegria, o que é estranho, e seus olhos brilhavam. Mais estranho ainda, mas eu preferi não comentar, afinal a Megan é a Megan. Uma maluquinha ao extremo.
–Bom crianças, vamos dormir que está ficando tarde, e amanhã nós temos que voltar. –falei levantando-me da banqueta.
–What? – a maluca da minha filha gritou com os olhos arregalados. – Vocês não iam voltar só no fim da semana? – ela perguntou.
–Nós íamos, mas Jonas já resolveu todos os problemas da Marra International e não tem o porquê de ficarmos aqui até o fim da semana. – Pamela disse.
– Ah mom, dad fiquem plis, eu não aguento mais aquele forno que é o Rio de Janeiro. Vamos ficar uns diazinhos mais aqui, para i like respirar o ar puro e fresco norte-americano.
– Sabe Pam, a Megan tem razão, agente pode ficar aqui até o fim de semana, eu sou o CEO da empresa mesmo, posso sair de “férias” a hora que eu quiser, e além do mais a Manu está lá e ela segura as pontas pra gente e se precisar eu sei que ela pede ajuda ao Davi. Agora vamos dormir por que eu estou cansado. –falei bocejando.
– Boa idéia Jonas. Vamos Megan? – pronunciou-se Arthur. Ela assentiu e eles seguiram em direção ao quarto dela.
–Vamos Pam? – perguntei a olhando e ela assentiu. Nós fomos lado a lado em direção ao quarto e Pamela seguiu na minha frente até o closet.
–Abre o zíper pra mim? – ela parou de costas para mim na minha frente, puxando os cabelos para o ombro, expondo o inicio do fecho.
–Claro. – puxei o zíper lentamente para baixo e quando ele estava totalmente aberto puxei uma das mangas para o lado e beijei-lhe o ombro. Depois fui trocar de roupa enquanto Pamela vestia a camisola rosa choque de cetim.
Ela foi deitar primeiro que eu. E eu fui logo em seguida, assim que terminei de escovar os dentes.
Deitei-me atrás dela e enlacei sua cintura.
–Eu te amo. – sussurrei em seu ouvido.
–Eu te amo mais. – ela falou baixinho.
–Eu duvido.
–Eu não vou discutir sobre isso. Boa noite MarraMen. – ela falou sonolenta.
–Você é quem sabe. Boa noite meu amor. – disse por fim e beijei sua bochecha. Depois de alguns minutos percebi sua respiração se acalmar, sinal de que ela já tinha dormido.
Também não demorei muito a cair no sono.
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