Love In Cold Blood

Cap 5 – And I still love her… I think I do.


Eu acordei. 12:51. Eu já estava atrasado (de novo). Vesti-me rapidamente e fui correndo até o bar para que pudéssemos ensaiar. Fui tomando bronca desde a hora que cheguei.

L: Ah... Chegou o irresponsável. A gente tinha que ter começado à uma hora atrás!

V: Foi mal... Perdi a hora (de novo)...

L: Ah. Tudo bem. Vamos começar agora então.

Ficamos lá tocando até umas 3 da tarde. Às 5 iríamos nos apresentar. E lá estava ela olhando para mim... Aqueles olhos amendoados...

I: Ville... O ensaio foi muito legal... Se vocês continuarem assim, vão ficar famosos rapidinho...

V: Ha... Fama ainda não. O bar está bom por enquanto. Mas obrigado assim mesmo, darling...

Ela deu aquele sorriso maravilhoso e pegou uma cerveja para mim.

I: Essa é por conta da casa...

Ela piscou e saiu.

L: Eu não falei que ela estava te querendo?

V: Larga de ser fofoqueiro, Linde... Vai cuidar da sua vida.

L: Ville... Você é gay?

V: É claro que não!

L: Então por que não fica com ela?

V: Porque eu não quero! Você é muito irritante às vezes...

L: É, eu sei... Mas toma alguma atitude de macho pelo menos uma vez na vida!

V: Ferre-se!

Ele sorriu e foi embora.

Às 5 horas em ponto nós já estávamos no palco tocando. O “show” terminou por volta das 7, o mesmo horário que voltei para casa. Eu estava cansado. E ainda amava minha doce Izzy em segredo. Devia haver uma maneira tão maravilhosa e perfeita de matá-la quanto era o brilho de seu olhar. Eu nunca havia sido tão romântico antes na vida... Entrei em casa, coloquei um CD do Iron Maiden bem alto e comecei a escrever uma música para ela. Quando estava prestes a terminar, ouvi batidas na porta e fui atender.

V: Que foi? Ah... É você. Que quer aqui?

E: Que você abaixe essa merda. Eu gosto também, mas estou ocupada e não dá pra trabalhar e ouvir isso ao mesmo tempo!

V: Olha... Eu não tenho NADA a ver com isso, quer dizer que não ligo a mínima. Vá pro inferno que eu não estou nem aí. Agora me deixa em paz.

Eu estava prestes a fechar a porta na cara dela, mas fui impedido.

E: Não ouse fechar a porta na minha cara!

Ela entrou sem ser convidada e eu não fiz nada para impedi-la. Acho que foi porque a vi entrar com muita determinação... Enfim... Eu a deixei entrar. Repentinamente, a música parou dando vez a um incrível silêncio. Ela voltou até a porta com meu CD nas mãos.

V: O que pensa que vai fazer com isso?

E: Pensei em incinerar, mas só vou manter comigo até que eu pare de trabalhar.

V: Ah, não vai mesmo.

Tarde de mais para mim. Ela fechou minha própria porta na minha cara. Abri a porta novamente e corri atrás dela... Mas sua porta já estava trancada.

V: Devolve meu CD agora, sua... Sua... Sua pilantra!

E: Só por cima do mau cadáver!

V: Como queira!