Livro 2: Água

Quem é Vivo Sempre Aparece - Parte 3


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– Olha só que colar mais lindo. - falou Mayumi e mostrou a jóia para as meninas.

– Realmente. – concordou Katara. - Você deveria levar.

– Vocês aceitam dinheiro da tribo da água? - Umi perguntou ao vendedor e mostrou algumas moedinhas azuis.

– Claro, contanto que seja dinheiro. - falou o homem e a jovem lhe entregou quatro moedas.

– Devíamos comprar alguma coisa para os rapazes. - falou Suki. - Que tal essa bolsa para o Sokka? - Ela levantou no ar para que as meninas pudessem ver e assim que o fez, a bolsa foi atingida por alguma coisa e imediatamente pegou fogo.

As meninas se viraram na direção de onde veio o ataque e se depararam com o os dois vilões sorrindo.

– O homem combustão. - falou Katara e fez menção de dominar a água no seu cântaro, mas se lembrou que não o havia posto, achou que não precisaria.

– Azula. - falou Mayumi e encarou a mulher. A culpa dela ter passado os últimos quatro anos da guerra encarcerada, foi dela. Agora ela tinha o momento de sua vingança. - Como eu sonhei com esse dia.

– Ora, ora se não é a chatara, a Suki e a camponesa “casinho” do meu irmão. - Ela abriu o seu maior sorriso. - Surpresas em me ver?

– Você não estava no manicômio? - perguntou Katara e começou a buscar uma fonte de água.

– Sabe como é né? Um dia você está bem presa na camisa de força e no outro o cara que lhe prendia teve uma pequena queimadura... é assim que as coisas acontecem.

– O Zuko sabe que você fugiu? - Katara continuava as perguntas, distraindo Azula para ganhar tempo. Foi ai que ela viu, a cinquenta metros, uma fonte.

– O Zuzu? Ele não sabe de nada não, mas em breve eu vou fazer uma visitinha a ele. Demonstrar o qual feliz eu estou por ter ficado esses seis anos presa naquele maldito lugar. - As mãos de Azula pegaram fogo, fogo azul, e então ela lançou contra as meninas, no mesmo momento em que o homem combustão atirou pelo seu terceiro olho, que ficava na testa.

Mayumi, Katara e Suki se desviaram e começaram a correr em direção a fonte de água. A única chance do trio era as duas dominadoras, até porque havia uma cara que Suki não lutava, mesmo aquilo sendo como andar de bicicleta. Azula preparou um raio, daqueles extremamente poderosos e lançou na direção das garotas que estavam de costas, mas assim que o raio saiu de suas mãos, atingiu um muro de terra que surgiu do nada.

– Eu disse que as meninas estavam aqui Haru. - falou Toph, agora com dezoito anos. - A Katara tem o pisar mais forte das três, eu nunca me engano.

– Eu vou acreditar em você da próxima vez. - falou o rapaz e passou por ela, depois de lhe dar um beijo. Eles se juntaram as meninas. - Vocês estão bem?

– Agora estamos ótimas. - falou Katara. Ela e Mayumi haviam conseguido alcançar a fonte e já dominavam uma quantidade ótima de água.

– Suki, eu sugiro você se esconder. – falou Toph se pondo na frente dela.

– Tá brincando, eu posso estar aposentada, mas ainda sei bater em marmanjos e princesinhas mimadas. – falou a guerreira Kyoshi. Suki procurava alguma coisa para fazer de arma, até que viu ao fundo, dois leques que enfeitavam uma casa de chá, eles não eram feitos do mesmo material que o dela, mas já valia. Ela deu um salto rápido para trás e conseguiu pegá-los antes que os dois dominadores de fogo a atacasse.

– Esse grupinho está bem maior do que da última vez que o vi. – falou ela se referindo a Mayumi e Haru.

– Aqui não está nem a metade. – falou Toph e atacou Azula com uma enorme pedra. Azula lançou uma grande quantidade de chama azul e a pedra derreteu em frente ao grupo.

– É, tem coisas que vocês ainda não sabem sobre mim.

– E tem coisas que você nem imagina sobre nós, quer um exemplo? Não existe grupo mais unido do que o nosso. – Katara falou enquanto lançava um enorme chicote navalha na direção dos dois dobradores de fogo, Mayumi também fez o mesmo. Toph e Haru fizeram várias estacas de terra.

Azula desviou com saltos e esquivas, enquanto que o homem combustão apenas dava murros com seu braço de metal em tudo que se aproximasse dele.

Depois de todo o esforço coletivo, o grupo começou a ficar cansado de atacar e apenas acertar o ar. A água da fonte estava acabando e o chão já estava repleto de enormes buracos por causa dos dominadores de terra.

– O que foi? Ficaram cansadinhos? – falou Azula em deboche. – Então agora é a nossa vez de atacar. – Os dois resolveram separar os seus alvos. Azula focou em Katara e em Mayumi enquanto que o homem combustão tentava alcançar Toph, Haru e Suki.

A jovem dobradora de fogo lançava vários raios na direção das meninas, mas nenhum deles as alcançava. O homem combustão lançava os seus ataques nos dominadores de terra e na guerreira Kyoshi, porém sempre que ele tentava, Haru ou Toph criavam um muro de terra alto o suficiente para proteger os três.

Azula observou a cena e finalmente desferiu o seu golpe de misericórdia. Ela percebeu que as meninas permaneciam dentro da fonte o tempo todo e tinham a água envolta em seus corpos, então teve a brilhante idéia. Ao invés de tentar atacar as garotas, Azula lançou um raio na fonte, usando a água como condutora.

A corrente elétrica subiu com bastante força pela água e alcançou Mayumi e Katara que mal conseguiam se mexer por causa do forte choque. Depois de alguns segundo ela parou e as meninas caíram desmaiadas na fonte.

Os outros três vendo o ocorrido, abaixaram a guarda e com isso, foram arremessados contra a parede da casa de chá e ficaram tontos por alguns minutos. Tempo o suficiente para que Azula e o Homem combustão, tivesse a sua vingança.

E isso teria acontecido se não fosse o fato de que naquele exato momento, Appa pousou, trazendo Aang, Sokka, Zuko e Jun em sua cela.

– O reforço chegou. – falou Aang.

– Finalmente. – respondeu Azula e deu o seu mais maligno sorriso.