Livro 2: Água

Quem é Vivo Sempre Aparece - Parte 4


\"\"

– Azula? Mas como... – perguntou Zuko perplexo. Jurava que sua irmã ainda estava sendo mantida no lugar onde ele a havia deixado, no manicômio.

– Você me conhece irmãozinho, sabe que eu não ficaria presa por muito mais tempo. Seis anos já foi o suficiente.

– Eu sinto muito cortar o seu barato, mas você volta para o manicômio ainda hoje, afinal lá é o seu lugar. – falou Aang e apontou o bastão para a jovem mulher que sorriu.

– Só tem um pequeno problema, avatar, não sou só eu que quero a cabeça de vocês não. – ela mordeu os lábios. - Zuzu, acho que você se lembra de um velho amigo seu. – Falando isso Azula aponta para trás da casa de chá e o homem combustão já entra em foco atirando. Os quatro se dissiparam, sendo que Aang e Sokka fugiram para a direita enquanto que Jun e Zuko fugiram para a esquerda. Appa se aproximou de Kyon e a levou para um lugar seguro.

Assim que os dois rivais se desviaram do ataque e se posicionaram do lado esquerdo, eles conseguiram ver os outros desmaiados, mas a única pessoa que eles realmente se importaram foi o amor de suas vidas.

– Mayumi. – falou os dois ao mesmo tempo e então se olharam.

– O que houve? – perguntou Sokka quando desviou de um ataque do Homem Combustão.

– Katara, Mayumi, Toph, Haru e Suki estão desmaiados aqui atrás. – falando isso, Zuko é quase pego por uma chama que Azula lançou.

– Katara? – perguntou Aang apreensivo.

– Suki? – concluiu Sokka por fim ficando nervoso. Nesse momento, Toph e Haru acordaram e encostaram-se à parede, Suki e Katara também iam voltando gradativamente. A única que ainda permanecia desacordada era a Mayumi.

– Zuzu, eu quero a minha revanche. – falou Azula. – Eu te desafio para um Agni Kai.

– Eu aceito, irmãzinha. – Os dois saíram do meio da confusão e foram para uma rua, que agora, estava deserta. Da fonte onde Katara e Mayumi estavam, dava para ver completamente o duelo.

Zuko se posicionou no inicio da rua e Azula no final. Ela atacou primeiro, como sempre fazia, e tudo o que o novo senhor do fogo pôde fazer foi se desviar e contra-atacar.

Azula pulou por cima das chamas de Zuko e veio voando, em seu fogo azul, na direção de seu irmão.

– Você é um covarde Zuko, sempre foi. – falou ela e atacou. O jovem desviou.

– Me diga qual é a sua definição de ser covarde? Acabar com essa maldita guerra que só fazia com que as pessoas tivessem medo da gente e vivessem oprimidas. Que levava as pessoas de sua casa e as deixava encarcerada somente pelo fato de dominarem outro elemento que não o fogo? Então, sim Azula, eu sou o maior dos covardes. – Ele atacou a jovem com vários socos de fogo.

– Você está falando da camponesa ai, não está? – falou ela e mais uma vez atacou. – O que a Mai diz a respeito disso? Quero dizer, você tem visto a sua amante com freqüência, não tem?

– Tem cinco anos que não falou a Umi, e mesmo que eu falasse, isso não é da sua conta. Você já não fez o mal o suficiente a ela? Agora a deixe em paz.

– Adoro a sua preocupação Zuko e por causa disso, sabe o que eu decidi? Vou matá-la em sua frente, quando eu tiver acabado com você. Vou torturá-la da forma mais cruel possível e você vai assistir tudo maninho, absolutamente tudo. Quero ver a dor em seu olhos quando ela der o último suspiro. – Azula aprendeu durante a sua infância que se você atacasse o ponto fraco de seu irmão, seja ele qual for, ele acaba abrindo a guarda e foi exatamente o que ocorreu. Zuko ficou com tanto ódio de Azula que acabou perdendo o foco na luta e recebeu um ataque de raio no ombro e então foi arremessado longe, se chocando contra uma coluna. – Olhe só para você, é patético.


...


Aang, Jun e Haru, que agora já estava de pé, tentavam controlar o homem combustão com suas dominações, mas parecia que o homem estava muito mais forte que anteriormente. Toph e Sokka, ajudavam a Katara e a Suki e protegiam Mayumi, já que ela ainda não havia acordado. Aquilo começou a preocupar a equipe.

– Ela está viva? – perguntou Katara ao ver a amiga daquela forma.

– Ela ainda respira, se é o que você quer saber. – falou Sokka reparando na jovem.

– É melhor a gente se esconder, isso aqui está insuportável. – falou Suki. De um lado o duelo entre Zuko e Azula, do outro tinha Aang, Haru, Jun e agora Toph contra o homem combustão.

– Agora. – falou Jun e em uma manobra com Haru, separou a água da terra e deu metade para Aang.

– Eu cansei desse cara. – falou Toph e deu uma pisada forte na terra e uma pedra gigantesca subiu, ela com toda a sua força, empurrou a pedra na direção do homem que foi imprensado por ela e pela parede de uma casa.

– Isso garota. – falou Haru. Ele correu, abraçou e beijou a jovem. – Eu já disse que sou louco por você?

– Hoje ainda não. – falou ela e o beijou também. Aang ainda olhava pasmo a cena, até que deixou a água que ele ainda mantinha, cair de novo no chão.

– Puxa, meus parabéns Sifu Toph.

– É bom te ver, baixinho. – falou ela e o abraçou.

– É muito bom ver todo mundo, mas quem vai se certificar que ele esteja realmente morto dessa vez, porque só Deus sabe como ele conseguiu escapar lá do penhasco do templo do ar do Oeste. - falou Sokka que se juntará ao grupo ao ver a façanha de Toph.

– Deixa que eu vou. – falou a ex bandida cega..


...


Zuko mal conseguia se mexer, porque toda vez que ele tentava, uma dor alucinante surgia e o impedia. Ele abriu os olhos devagar e se desesperou ao perceber que Azula caminhava vitoriosa em sua direção.

– Só que tem um porém Zuzu, eu não quero apenas a sua honra, eu quero a sua vida também. Então, felizmente eu tenho que acabar com isso. – Ela apontou os dedos para Zuko e várias faíscas do raio começaram a se formar. Ela já ia disparar, mas do nada, ela ficou imóvel. Não conseguia mais se mexer. - O que está havendo? – perguntou ela e seus membros começaram a se entortar. Ela estava tendo o seu sangue dominado.

Todos ali presentes encararam Katara, na esperança de vê-la fazendo a dominação, mas a jovem apenas estava apoiada em Sokka, muito ferida para fazer aquilo. Buscaram Jun, porém ele estava com Toph vendo se o homem combustão estava realmente morte e nem estava ligando para o duelo de Azula e Zuko, afinal, o senhor do fogo era seu rival. O que acontecesse com ele estava de bom tamanho.

Então só restava uma única dominadora de água presente, mas essa estava desmaiada. Era o que todos pensavam, Mayumi havia acordado e se apoiava na parede da casa, mas isso não impediu de ela dominar o corpo de Azula.

– Você sabia que 70% do nosso corpo é composto por água? – Falou ela e sorriu. – E advinha só, eu posso dominar a água. – falou ela e fez com que Azula se ajoelhasse.

Nesse exato momento, o Homem Combustão empurrou a pedra e se levantou, mas antes que ele pudesse tentar alguma coisa, também foi dominado por Mayumi.

– Aang, você sabe o que fazer com ele. – ela olhou para o avatar que entendeu o que a amiga dizia.

Aang correu na direção do homem que estava ajoelhado e lhe tocou a testa e o ombro.

– Eu vou tirar sua dominação. – Aang se concentrou e então entrou em estado avatar. O homem arregalou seus olhos e então desmaiou. Mayumi o soltou.

– Pronto Umi, agora me deixe fazer o mesmo com ela.

– De forma alguma, Azula é minha.

– Ah, por favor, pare. – falou ela e seu braço praticamente tocou sua cabeça, pelas costas.

– Você não disse que não ia ensinar isso para ninguém? – falou Sokka para a irmã.

– E não ensinei, apenas comentei com ela em uma de nossas aulas que podemos controlar a água de vários lugares e que eu, uma vez, havia controlado o sangue. – Katara olhou para a pupila. - Mayumi, não se transforme nisso, não vale a pena.

– Quem vai me impedir? – falou ela e sorriu. Azula deu outro grito de pavor.

– Por favor Umi, por mais que eu odei a Azula, ela é minha irmã. – Zuko falava com dificuldade. – Pare, por mim.

– Eu sinto muito. – falou ela. Aang se aproximou de Mayumi com cautela, para tentar acalmá-la, mas quando tocou o seu ombro, ela dominou o seu sangue. – fica longe do meu caminho avatar. – Ela arremessou Aang para longe, mas antes de se chocar com alguma coisa, ele entrou em estado avatar e voou. Voltou em seu inseparável patinete aéreo e então, fez a terra subir e prender a jovem dominadora até o pescoço.

– Desculpa Umi você não me deu escolha. – falando isso Aang toca na testa da amiga.

– Não Aang, não tire minha dominação.

– Você se tornou um perigo para si mesma e para todos nós. Não se preocupe, tudo passará logo. – Os olhos e as tatuagens de Aang ascenderam e depois de alguns minutos, Mayumi estava desmaiada.