Lives
Capítulo 31
Capítulo 31
Kinsey trocou um ligeiro olhar com Honey, incrédula. A reluzente Ferrari vermelha abriu sua porta, revelando...
- Dr. Wallace?
Honey se aproximou, intercalando sua atenção nele e no automóvel. Não pode ser...
Wallace apertou as mãos de ambas.
- Bom dia, doutoras. – Sorriu, e se virou para a entrada. – Estou atrasado!
- Dr. Wallace, como... – Honey se referia à escultura vermelha de rodas à sua frente.
Wallace deu duas leves batidinhas no ombro de Honey.
- Trabalho, querida. Muito trabalho. Bem, eu tenho ir. Estou com o dia lotado de cirurgias! – Ele se afastou. – E vocês não demorem!
Kinsey apertou o braço de Honey.
- Está pensando no que eu estou pensando?
- Depende. Só sei que eu quero ser a diretora de um hospital... – Seus olhos estavam grudados na Ferrari. – Em quantos anos acha que poderei chegar a esse cargo?
- Não, Honey!
Ela olhou para Kinsey.
- O que há?
- É o Dr. Wallace!
Uma semana depois
- Eu já disse que estou melhor. Quando receberei alta? – Perguntou Michael se remexendo na cama.
Sarah acariciava a mão de Jackson ao tempo em que o Dr. Willian se aproximava com uma seringa.
- Provavelmente daqui a uma semana. Agora, Sr. Jackson, estenda o braço, por favor.
Michael olhou para Willian torcendo a boca e estendeu o braço. Mordeu os lábios quando sentiu a agulha.
- Prontinho... agora vou deixá-los à vontade. – Willian ajeitou seu jaleco e ao se aproximar da porta, avisou: - À tarde eu voltarei para visitá-lo.
Jackson tocou a ponta dos fios encaracolados de Peterson, fitou-a nos olhos e indagou:
- O que há contigo? Algum problema?
Sarah suspirou.
- Oh, vários! – Ela saltou da cadeira ao lado de Jackson ficando de costas para ele. – Vários... – Murmurou. – Mas eu não quero te importunar.
- Eu poderia te ajudar...
- Talvez. – Ela se virou, voltando a se aproximar dele.
- Então me conte.
Alguém bateu a porta.
- Licença. – Era uma enfermeira. – A família deseja visitar o paciente.
Sarah se virou.
- Ah, sim. Obrigada.
A porta fechou. Peterson acariciou o rosto de Michael, namorando-lhe os olhos escuros.
- É melhor eu ir. Acho que sua família não gosta muito de minha presença.
- Por favor, não pense assim.
- Tentarei não pensar. – Falou suavemente. – Talvez eu não consiga voltar hoje à tarde. Mas virei cedo amanhã. - Desejou melhoras.
Ao inclinar-se para beijá-lo na testa, Jackson lhe segurou o rosto e ergueu sua cabeça, tocando a boca de Peterson. Apertou os cabelos dela entre seus dedos e introduziu sua língua entre os lábios da médica. As bocas se moveram suavemente até o finalizar do beijo.
- Estava sentindo muito sua falta.
Ela sorriu.
- Eu ouvi tudo, Sarah.
- Ouviu...
- Eu só não conseguia me mover, mas estava consciente de tudo. E ouvi quando disse que... que me... amava. Só quero que saiba que não é diferente comigo. Eu... eu também a amo.
- Sam, se Sarah descobrir que ando vindo em seu apartamento ela me mandará de vez para Nova Iorque. Não posso continuar a te ajudar... você precisa se ajudar! Posso perguntar a Sarah um local de tratamento.
- Obrigado, Susie. Sei que você tem razão... Às vezes não consigo entender em como me meti nisso... em como deixei ele me passar pra trás. – Ele pensou alto.
- Ele quem, Sam?
- Oh, ninguém! É melhor você ir, querida.
Quando Susie estava prestes a atravessar a porta, Sam perguntou:
- Susie! Diga-me... E Sarah como anda?
Ela hesitou antes de responder:
- Hã... Bem. – Mentiu. – Ela está bem.
Susie se achegou ao lado de Sam, e lhe segurou as mãos.
- Sei que ainda a ama muito.
Sam abaixou o olhar, como que se assentisse.
- Eu não consigo evitar, Susie. E entendo que também não posso culpá-la por tudo que está havendo comigo... como já o fiz.
- Sarah está uma pilha com tudo que está acontecendo... ainda mais depois que ela perdeu o... – Preferiu não falar.
- Imagina então em como estou? Era o meu filho...
Sra. Burton revivia as lembranças mais uma vez ao olhar para a foto desgastada pelo tempo onde estava ao lado de Joseph Peterson, sorridente. O silêncio do ambiente foi rompido pela voz da criada.
- Sra. Burton, há uma visita em sua espera na sala de estar.
Foi até lá. A presença estava de costas quando adentrou a sala.
- Pois não? – Perguntou Burton.
Era Meg.
- Meg?
- Olá, Burton.
- Mas o que...
- Lamento por Matthew.
Os últimos dias foram os piores para Burton.
Meg levou-a para o sofá.
- Estou aqui por um motivo bem simples.
Burton esperou que ela continuasse.
- Deve acabar de vez com o silêncio. Conte logo a verdade à Sarah e Ben. Ou eu mesma farei isso.
Burton arregalou os olhos.
- O que está dizendo?
- Chega de segredos.
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