P.O.V. Teresa Trouble.

Saber o que eu era, ter alguém que me acolhesse. Que me compreendesse era tudo o que eu sempre sonhei.

—Então, você é uma bruxa?

—Sou.

—E uma Grimm?

—Sim.

Ela virou de costas e eu vi uma marca no ombro direito dela.

—Tatuagem maneira.

—Tatuagem? Não tenho tatuagem.

—O símbolo no seu ombro.

—Ah! Não é nada. É só uma marca de nascença.

—É como aquele olho egípcio.

—É um Udjat! Olha, não fala isso pra ninguém.

Ela cobriu com maquiagem e colocou uma roupa que escondia a marca.

—Eu tenho que ir. Tenho que ir pra escola.

—O seu quarto ficou muito legal.

—Obrigado.

Eu fiquei encucada com aquela marca e fui até a loja de especiarias.

—Touble. Aconteceu alguma coisa?

—O que você sabe sobre uma marca de nascença que chamam de Udjat?

—É um mito. As primeiras bruxas, as bruxas da família real tem um Udjat no ombro. Elas são supostamente descendentes da Deusa Ísis. Elas existem desde... sempre. Porque?

—Porque a filha do Nick tem uma marca dessa.

—O que?! Você viu a marca?

—Vi, mas ela mandou eu não contar pra ninguém e deixar quieto. Mas, eu fiquei curiosa.

—Se ela tem essa marca ela é da realeza, descendente dos antigos feiticeiros necromantes de Asheron, os feiticeiros que criaram os Grimms. E pode ser perigoso.

—Perigoso?

—A natureza é toda equilibrada. Dois pesos, duas medidas equivalentes.

—E?

—A magia branca dela é imensurável o que significa que o inverso também é verdadeiro.

—O inverso?

—Magia negra. Equilíbrio.

—Credo.