P.O.V. Trouble.

O Nick e a Juliette convidaram todos os seus amigos Wessen para um jantar. O Bud, a Rosalee, o Monroe e o bebê deles.

—Você está ótimo.

—Obrigado Capitão.

—Convidou ele? Ele tentou te matar! Ele um maldito Zauberbeast!

—Melinda.

—Eu te odeio. Você merece morrer gritando. Você matou a tia dele. Bom, mandou aquela vadia Hexenbiest matar. Você nem teve culhões pra fazer sozinho.

—Capitão, essa é a minha filha Melinda, Melinda esse é...

—Sei muito bem quem ele é! Sean Renard, o bastardo real Hexenbiest.

—Eu sei que eu pareço meio... ruim.

—Parece ruim? Você é ruim.

Diana atacou Melinda, mas Melinda revidou. A mesa começou a girar, o quarto todo começou a girar.

—Eu quero você e o seu pai fora daqui.

—Eu to cansada de ouvir todo mundo falar que você é especial, te tratar como se você fosse especial. Não tem nada de especial em você!

—Meninas, parem.

—Eu disse pra sair da minha casa seu projeto de vadia!

Diana e o Capitão voaram porta afora. E a porta fechou.

—Pirralha do inferno.

Todo mundo ficou chocado.

No dia seguinte ela foi até a delegacia. E levou uma torta.

—Pra mim?

—Não. Para Diana.

—Você vai me envenenar!

—Não. Eu vim pra pedir desculpas e pro seu pai. Sim, ele mandou matar um membro da minha família, sim foi a sua mãe que matou, mas eu percebi que estava em meu poder perdoar ele. Olho por olho e o mundo fica cego.

—O que?

—A lei de talião diz: Olho por olho, dente por dente. Mas, olho por olho e o mundo fica cego. Soube que gosta de morango com chantili. Esse também é o meu sabor favorito. Aqui, pra provar que não é veneno.

P.O.V. Nick.

Ela cutucou a torta com um garfo e comeu.

—Viu? É uma delícia.

—Eu machuquei você porque você machucou o meu pai.

—E eu machuquei o seu pai, porque ele machucou a tia do meu pai. Alguém tem que acabar com isso. E pode muito bem ser eu. Nós. Não cometeremos os mesmos erros que os nossos pais.

—O que quer dizer?

—Grimm mata Hexenbiest, Hexenbiest mata Grimm e assim em diante. Fica esse maldito ciclo vicioso.

—O que você fez ontem, não foi coisa de Grimm.

—Não. Foi de bruxa. E então? Amigas?

Disse Melinda estendendo a mão para Diana.

—Amigas.

—E a sua mãe? Onde ela tá agora?

—Ela morreu.

—A minha também.

O Capitão saiu da sala dele.

—Nick...

—Oi. Eu vim pedir desculpas. Eu deixei a minha raiva me dominar e quero que saiba que... eu perdoo você. Eu até trouxe uma torta de morango com chantilli, mas a sua filha já comeu tudo.

—Se você...

—Olha pra ela. Ela tá bem. Se eu quisesse matar a sua filha, o que eu não quero. Com certeza não seria por envenenamento. Olha, essa coisa de Grimm mata Hexenbiest e Hexenbiest mata Grimm tem que parar. Minha mãe contou que os primeiros Grimm, tinham um código.

—Um código?

Melinda respirou fundo e falou em francês com o Capitão:

—Nous Chassouns Ceux qui Chassent.

—Nós caçamos aqueles que nos caçam.

Ela assentiu com a cabeça.

—É basicamente o que eu faço.

—E ele nem sabia do código. Então, você me perdoa também?

—Perdoo.

Ela apertou a mão do capitão.

—Deve ser difícil pra você. Ser um filho fora do casamento, os nobres são cruéis. E eu fui cruel. Eu fui... uma vaca.

—Acho que... todos cometemos erros.

—É. Tá tendo problema pra dormir?

—O que?

—Isso é um sim?

—Como você sabe?

—Ela é uma bruxa.

—É, eu sou.

—Sim, eu sofro de pesadelos.

—Vou te fazer um saquinho com umas ervas e um protetor de sonhos. Eu prometo que funciona.

Nós fomos para a loja de especiarias e ela preparou o tal saquinho lá mesmo.

—Pronto. É só colocar embaixo do travesseiro. Próxima vez que você tiver o seu pesadelo, o saquinho vai... sugar. Depois que você acordar, coloca fogo no saquinho e o seu sonho ruim vai embora. Pra sempre.

—Obrigado.

—De nada. Eu vou voltar pra casa. Tenho umas coisas pra fazer lá.

—O que?

—Umas coisas pra manter a gente a salvo.

—A salvo de que?

—De tudo. Ah, e eu vou precisar de um pouco do seu sangue, pai.

—Pra que?

—Lembra que eu disse que ia deixar a gente á salvo? Confia em mim pai.

—Tudo bem. Vou pedir para a legista colher.

A legista colheu meu sangue e eu dei o frasco pra ela. Que guardou na bolsa.

—Espera! Posso ir com você?

—Se o seu pai der permissão.

—Claro.

—Diana, promete que não vai contar nada do que eu fizer lá em casa. Pra ninguém e eu te ensino a fazer igual.

—Eu prometo.

—Então vamos.

Elas saíram de mãos dadas.

P.O.V. Príncipe Kenneth.

Eu achei a menina. Vou levá-la de volta para a família.

Ela entrou num carro com uma garota.

—Filho da puta.

—O que?

—Tem alguém seguindo a gente. Você tá de cinto?

—Estou.

—Então, segura firme.

O carro freou bruscamente e eu não tive tempo de parar. Bati no para choque do carro.

Então o motorista acelerou á toda.