Little Grimm

Capítulo 1: Melinda Gordon


P.O.V. Juliette.

Estávamos na sala quando batem á porta.

—Oi Hank.

—Eu preciso falar com o Nick.

—Aconteceu alguma coisa?

—Aconteceu.

—Entra. Nick!

—O que foi?

—Uma moça morreu, foi assassinada.

—Credo.

—E tem mais. Essa moça tinha uma filha e a filha aparentemente... é sua filha também Nick.

—O que?!

—Lembra de uma Miranda Gordon?

—Lembro. Ela foi minha namorada no colegial.

—Miranda morreu, mas a filha Melinda ainda tá viva.

—E acham que essa menina é minha filha?

—Sim. É o seu nome na certidão de nascimento.

—Tudo bem. Vamos fazer um teste de DNA.

Nós fomos até a delegacia onde encontramos a menina sentada na sala de interrogatório.

—Melinda Gordon?

—Sou eu.

—Eu sou o detetive Griffin e esse é o...

—Ele é o meu pai. Nicholas Burkhart. Minha mãe vivia falando dele, quer dizer de você. Do quanto você era especial, do porque ela te escolheu.

—Ela me escolheu?

—Não nos misturamos com qualquer um. Não misturamos o nosso sangue com o de qualquer um. Ela te escolheu porque você é um Grimm. Nós sabemos quando alguém é Grimm, sentimos no nosso sangue. Os Grimms foram criados como um mecanismo de defesa, foram criados para nos proteger.

—Nos proteger? Proteger quem?

—Começou na época das caça ás bruxas, Grimms foram criados pra caçar, é a nossa natureza. Jacob e Wilham Grimm. Eles foram os primeiros. A magia os fez Grimm, mas eles nasceram humanos.

—Magia?

—Você não sabe sobre as bruxas?

Ela fechou uma das mãos em punho e a abriu, quando a mão dela abriu os dedos dela estavam em chamas.

—Caramba! Então você é uma bruxa.

Ela fez que sim com a cabeça.

—Você é Grimm?

Fez que sim novamente.

—Vamos fazer um teste de DNA para garantir que você é minha filha.

—Ta bem. A lua cheia ta vindo.

—E?

—Você não tem medo da lua cheia?

—Não.

—Devia ter. Mas, acho que não há nenhuma matilha nas redondezas.

—Matilha?

—Lobisomem.

—Você quer dizer...

—Não Bluthbath, lobisomem. Tinha uma matilha perto de New Orleans. Os crescentes, eles são os primeiros. Uma maldição, uma aliança que deu muito errado.

—O que aconteceu com a sua mãe?

—Ela morreu. Foram os malucos das foices.

—Os malucos das foices? Um ceifeiro matou sua mãe?

—Matou. Dai ele tentou me matar, mas eu lancei um feitiço nele e ele morreu.

—Matou um ceifeiro com um feitiço?

—Muitas coisas podem aumentar o poder de uma bruxa, servir como combustível. Amor, preocupação, raiva. E quando aquele filho da puta matou minha mãe eu tinha muito de tudo aquilo. Eu fiz ele queimar de dentro pra fora e ele morreu gritando.

Logo o resultado do laboratório chegou.

—E ai? Vai abrir ou não?

Eu abri o envelope e vi o resultado grifado com marca texto.

—Positivo.

—E o que acontece agora?

—Sou seu pai. Vamos pra casa.

—E as minhas coisas?

—Vamos pegar suas coisas.

—Tudo bem.

P.O.V. Nick.

Eram caixas e mais caixas de coisas.

—Você pode ficar com o quarto de hóspedes. Pode decorar como quiser.

—Relaxa pai, minha mãe não me deixou desamparada. Eu tenho grana, um carro e carteira de habilitação.

—Você quer se instalar? Já vamos servir o jantar.

—Tem outro Grimm na casa. Outro além de nós.

—É a Trouble.

—Trouble?

—Teresa.

—Ela é sua filha?

—Não. É só uma amiga.

—Tudo bem.

Ela colocou as caixas no quarto e depois do jantar fomos todos dormir.

Na manhã seguinte ela se matriculou na escola e foi comprar os móveis para o quarto.

—Me diz, como foi que você casou com uma Hexenbiest?

—Ela nem sempre foi Hexenbiest. Ela fez isso pra me salvar.

—Legal. Mas, se pensar em trair a gente, eu vou cortar sua cabeça.