P.O.V. Diana.

Papai está doente. Ele acha que eu não sei, mas eu sei.

Eu decidi pedir ajuda.

Eu fugi enquanto o papai dorme e fui até a casa da Mel.

Toquei a campainha umas duas vezes até que abrissem a porta.

—Diana?

—Preciso de ajuda Detetive Burkhart. Da ajuda da Mel.

—O que aconteceu?

—Papai tá doente. Os pesadelos dele voltaram, mas é diferente agora. Agora os buracos no peito dele abrem e tem um monte de sangue.

—Tudo bem. Vamos ver o que podemos fazer.

O Detetive Burkhart chamou a Mel e nós fomos até a minha casa.

—Diana! Eu já estava ligando na delegacia atrás de você!

—Tá vendo. Ele tá sangrando.

—Sean, você disse que foi baleado. Quando foi baleado, você morreu?

—O que?

—Fica quieto pai. Você morreu Sean?

—Por um breve momento, meu coração parou e quando eu voltei, o médico já tinha me declarado morto.

—Então não foi um breve momento. Meu Deus! Eu não sei o que vai ser daqui pra frente. Você não é totalmente humano e... agora é um beijado pela sombra.

—Beijado pela sombra?

—Você ingressou na morte e voltou. Mas, você deve ter ficado do outro lado tempo demais.

—Isso é possível?

—É sim. Já vi acontecer antes, mas a garota só ficou morta alguns minutos, tipo três minutos. Mas, pelo o que a Diana está contando você ficou muito mais que isso.

Melissa sentou na cama e passou a mão no cabelo.

—Não acho que tenha algum concerto.

—Porque não?

—Porque... se você fica morto muito tempo e é trazido de volta, a morte te segue de volta. Ela vem atrás de você.

—Atrás de mim?

—Quando você se sente mal, já viu uma luz branca? Já foi parar em outro lugar que não o seu quarto?

—Já.

—Lamento informar, mas Azrael está atrás de você.

—Azrael? É algum tipo de Wessen?

Ela olhou pra mim com indignação.

—Não! Azrael é o anjo da morte! E ela não vai parar até que o Sean esteja ou morto ou completamente pirado. E pirado do tipo violento. Que sai por ai assassinando meio mundo.

—Eu acho que eu já matei alguém. Enquanto estava... daquele jeito.

—Olha Sean, enquanto estiver assim... não é seguro para a Diana estar perto de você. Em português bem claro... você pode matá-la enquanto está dormindo.

—Eu nunca machucaria minha filha.

—Não enquanto está consciente, mas estando inconsciente... só Deus sabe. Quem te trouxe de volta e como?

—Minha mãe. Ela usou um feitiço com uma cobra de duas cabeças.

—É melhor chamar a mamãe Renard, porque... a coisa tá feia. Ela tem que dar um jeito nisso e rápido. Porque se não der, ou você vira uma máquina de matar, tipo o exterminador ou você morre. E nenhuma das opções me parece muito agradável.