A semana passou tranquilamente. Não demorou muito para Burt receber alta, todos estavam felizes com a volta do Hummel. Kurt não desgrudava nenhum momento do pai, que estava mais do que alegre com a proximidade do filho. Claro, Kurt não poderia deixar Blaine de escanteio, o moreno ficou nervoso ao conhecer Burt, mas como já esperado, o Hummel mais velho levou tudo numa boa, perguntando quais eram aos reais intenções ao namorar Kurt, todos riram enquanto Blaine soltava uma risadinha forçada com a expressão confusa. A boa relação de pai e namorado deixou Kurt aliviado, ele sabia que Burt e Sam tornaram-se grandes amigos pelo seu namoro antigo, sendo assim, ele esperava o mesmo com Blaine.

Ninguém estava preocupado com a hora de volta a Nova York. Kurt e Quinn quase forçaram Sam voltar a Cidade dos Sonhos, mas o surfista permaneceu, dizendo que ficaria ao lado dos amigos. Oliver que esperasse mais um pouco. Já estava de tarde em Lima quando Burt inventou de fazer uma pequena festa, em comemoração a sua alta e a chegada de Kurt e seus amigos.

O quintal da família Hudson e Hummel estava arrumado, com algumas mesas cheias de quitutes. Mesmo que não pudesse comer os hambúrgueres ou tomar cerveja, Burt estava cuidando da churrasqueira, distribuindo a comida com um grande sorriso no rosto.

— Pai, você precisa descansar, Sam pode ficar no seu lugar. — Kurt disse, afagando as costas do pai enquanto ele virava os hambúrgueres com a espátula. A preocupação que algo acontecesse de repente deixava Kurt inquieto.

— Acalme-se, garoto, eu estou bem! — Burt riu, balançando a cabeça. — Aproveite a festa, converse com seus amigos, namore um pouco...

Kurt corou levemente e olhou em direção de Blaine, que estava se lambuzando com o molho do hambúrguer. Ele torceu o nariz e soltou uma risadinha.

— Eu gosto de Blaine, eu não sei, mas... Ele parece uma boa pessoa. — Burt disse, observando a luta de Blaine contra o molho. Agora, Quinn ajudava o moreno lhe oferecendo alguns guardanapos. — Ele não é tão forte e musculoso como Sam para te proteger caso aquilo... Você sabe, caso se repita. Mas eu vejo que ele nunca deixaria te machucarem.

— Eu tenho certeza que ele não deixaria. — Kurt assentiu.

— Blaine é um cara legal. Na noite passada ele me trouxe biscoitos e leite para mim, porque eu estava sem sono. Conversamos sobre um pouco, ele me disse que trabalha numa floricultura, isso é verdade?

— Sim, ele ama o que faz, mas seu amor é totalmente pela arte.

— Sério? — Kurt assentiu, rindo na surpresa do pai. — Esse garoto me surpreende a cada momento. Eu não quero compararia Sam e Blaine, porque eles são totalmente diferentes.

— Às vezes nem tanto.

Ambos os Hummel olharam em direção a Sam, que estava ao lado de Blaine, também lutando contra o molho que fugia do seu hambúrguer. Burt gargalhou baixinho e Kurt revirou os olhos, sorrindo.

— Ok, rapazinho, vá comer seu hambúrguer enquanto termino esses aqui. — Burt disse, montando rapidamente um hambúrguer e oferecendo para Kurt, que sorriu. — Depois vou comer minha salada, como o senhor e Carole estão me forçando.

— É para seu bem, pai. — Kurt murmurou.

Burt deu de ombros, voltando seu foco para a churrasqueira. Kurt fez seu caminho para a mesa onde seus amigos estavam reunidos, ele sentou do outro lado de Blaine e começou a comer seu hambúrguer. Ouvindo a conversa entre Blaine e Quinn sobre molhos. De repente, Sam saltou do banco com um grito alto e rouco. Kurt engasgou enquanto sentia a mão de Blaine o afagando levemente, Quinn tinha os olhos arregalados para o rosto brilhante do loiro.

— Vocês não acreditam! Oh meu Deus! — Sam gritou, divido entre olhar para o celular todo gorduroso ou os amigos. — Temos uma reunião!

— Mais uma da sua loja? — Blaine gemeu, pensando que acompanharia o loiro.

— Não! — Sam respondeu, parecendo decepcionado com a reação de Blaine. — E qual seria o problema? Somos amigos, você e Finn me acompanhariam nessa.

— Deus, não. — Finn resmungou, contra seu copo.

Sam sentou no banco novamente, soltando um suspiro triste. Kurt e Quinn se entreolharam, tentados a soltar umas risadinhas.

— Ok, Sammy, se não é uma reunião sobre sua loja, é o que? — Quinn perguntou.

— Bem, Puck está na cidade e decidiu fazer uma reunião do nosso antigo Glee Club. Sua ideia é um jogo de queimada com todos. — Sam disse, sorrindo levemente. — Irá ser amanhã no ginásio do McKinley.

— Isso é incrível! — Finn exclamou, colidindo seu punho ao de Sam. — Assim, Quinn pode matar saudades de Puck!

— Vá se ferrar, Finn. — Quinn rosnou, fazendo um gesto obsceno com o dedo em direção de Finn. Ela virou-se para Kurt, pensativo. — O que você acha?

— Interessante, não vejo esse pessoal tanto tempo que até deu saudades. Sinto saudades de Cedes e talvez, possamos encontrar Santana e Britt. — Kurt sorriu. Ele sentia falta daquela sala de coro cheia de alegria e canto. — Quando Noah enviou essa mensagem?

— Há uma semana antes...

— O quê? E chegou apenas agora?

— Estamos em Lima e o sinal daqui não é um dos melhores, Kurt. — Quinn zombou.

— E eu? — Blaine perguntou, franzindo a testa.

— Você o que, bolseiro Bilbo?

— Eu não era desse grupo, mas... Eu posso ir?

— Claro que sim, B. — Kurt disse, dando um beijo na bochecha corada de Blaine. — Você é bem-vindo no meio daqueles loucos.

— Você sabe que precisamos preparar Blaine psicologicamente para amanhã, não é? — Quinn sorriu maliciosamente.

Kurt revirou os olhos e mostrou a língua para a loira.

— Blaine não precisa jogar, ele pode bem ficar no banco nos vendo jogar.

— Não, eu quero jogar. — Blaine afirmou.

— O quê? — Kurt e Quinn gritaram em uníssono.

— Ei, calma, gente! É apenas o nosso Blaine querendo participar da queimada. Queimada é legal!Todos se divertem! Isso é maravilhoso! — Sam exclamou, passando o braço sobre o ombro do moreno. Blaine concordou com a cabeça, sorrindo nervosamente. — Vai ser um jogo calmo, tenho certeza que todos irão gostar de Blaine e se ele realmente quiser jogar, vamos deixar rolar.

— Eu quero!

— Se ele diz. — Quinn deu de ombros.

— Apenas tenha cuidado, querido. — Kurt suspirou.

Blaine olhou entre os dois com um grande sorriso no rosto. Ele nunca havia jogado queimada antes, mas conhecia algumas regras e como jogava, parecia tão legal pela reação de Sam ao ler a mensagem. Então, seria isso.

— Apenas fique longe de Puck, caso ele não vá com sua cara. — Sam sussurrou somente para o moreno. Os olhos castanhos se arregalaram e encararam os claros do loiro. — É sério.

—Uh, espera, o quê...?

Sam afastou-se com um pequeno sorriso, voltando a comer seu hambúrguer.

***

O SUV estava parando no estacionamento do McKinley High, Sam desligou o motor do carro e abriu a porta para descer. O restante que estava no carro também desceu. Blaine praticamente pulou para fora do carro, ele estava realmente animado, apesar das coisas de Sam lhe disse sobre esse tal de Puck. Enquanto Kurt e Quinn pegavam as mochilas do porta-malas, o moreno observava o quão grande era aquela escola. Não tão elegante como Dalton, mas era maior. Eles caminharam em direção da escola, entrando e passando por alguns corredores, até chegar ao grande ginásio. Sam empurrou as portas duplas do lugar para que todos entrassem, os olhos de Blaine se arregalaram ainda mais ao ver o tamanho daquele lugar.

Várias pessoas estavam espalhadas, Blaine reconheceu Santana falando animadamente com uma negra enquanto Brittany estava sentada na arquibancada, afagando sua barriga saliente. Ele assustou-se quando Quinn passou ao seu lado, correndo em direção as mulheres e abraçando a mulher negra. Deus, aquela mulher tinha uma risada poderosa! A mão de Kurt se entrelaçou com a sua, deixando-se ser levado pelo professor em direção as mulheres também.

— Kurt Hummel na casa! — Mercedes exclamou, gargalhando quando Kurt fez uma reverência a todas. Todos riram, exceto Blaine, o perdido. — Eu senti sua falta, Kurtsies.

— Oh, eu também, Cedes! — Kurt disse, puxando a amiga negra para um abraço. — Depois que você ficou famosa e começou a vender discos e mais discos, esqueceu-se dos amigos!

— Oh, eu? Você e a loirinha que ficaram metidos porque foram para Nova York. — Mercedes zombou.

— Blaine! — Brittany exclamou, percebendo a presença do moreno. — Que saudades!

— Oi Britt... — Blaine disse, timidamente. Santana cruzou os braços e arqueou a sobrancelha. — Oi para você também Santana, senti falta de vocês.

— Senti falta dos seus biscoitos. — Santana sorriu.

— Então, você é Blaine? Eu sou Mercedes Jones, é um prazer conhecer quem roubou o coração do meu menino aqui. — Mercedes disse, sorridente.

— Eu não roubei o coração de Kurt, estamos apenas namorando. — Blaine respondeu inocente.

Mercedes gargalhou sendo seguida pelo restante, Blaine sorriu levemente.

— Eu gosto desse garoto!

— Quem não? — Quinn zombou.

Quando todos foram apresentados ao novo namorado de Kurt, eles trocaram suas roupas para o jogo. Tanto o vestiário masculino quanto feminino estava liberado pra uso, ninguém ficou surpreso ao saber que treinadora Sue Sylvester era agora diretora, que também tinha dedo dela naquele espaço livre.

Puck e Sam foram arrumando as bolas no ginásio. Todos jogariam exceto Brittany, Kurt e Finn. A loira de olhos azuis estava grávida e era meio óbvio. O professor não jogaria porque Blaine estava no seu lugar. Enquanto Finn, ele seria o juiz do jogo. Todos estavam preparados, apenas esperando que Quinn, Tina e Rachel voltassem do vestiário. Blaine vestia uma camisa vermelha emprestada do McKinley e um curto short preto, Kurt agradeceu mentalmente por quem criou aquilo. Assim ele poderia ficar sentado no banco enquanto observava os movimentos do namorado, oh, Deus, e aquela bunda? Kurt soltou um suspiro enquanto observava Blaine se alongar ao lado de Sam.

Rachel entrou no ginásio e foi diretamente para seu time, sendo seguida por uma Quinn sorridente e uma Mercedes confusa. Blaine estreitou os olhos e olhou para elas, balançando a cabeça e focando no jogo.

Blaine não sabia por que Kurt estava com medo dele, ele era o mais rápido daquele lugar, pelo menos pensava assim. Além disso, Sam lhe disse que Puck iria tentar o acertar, então ele só tinha que distraí-lo, correndo ao redor, mas Blaine queria jogar também. Ele aprendeu quando observava os meninos da rua onde morava, ele sabia que era bom, porque ele desviava de todas as bolas que vinha sem querer em sua direção. Mas havia algo nesse Puck que deixava o intrigado, talvez fosse esse corte de cabelo esquisito. O que era pra ser exatamente aquilo? Um moicano um pouco maior, Blaine não sabia. Ele estava pronto para o que viesse.

— Estão prontos? — Finn gritou muito animado. Ele não podia esperar para ver o que aconteceria.

— Sempre! — Puck sorriu.

— Cuidado! — Blaine ouviu Kurt gritar no fundo. Ele queria acenar e dizer que estava tudo bem, mas ele estava tentando manter seu olhar sobre Puck.

— Tudo bem... Vai!

Finn assoprou o apito e todo mundo correu para pegar as bolas vermelhas no meio, mas Blaine não correu... Ele permaneceu no lugar.

— O que você está esperando? — Santana gritou, olhando incrédula quando ela voltava com uma bola.

Blaine pareceu fingir não ouvir. Ele nem podia pensar em alguma coisa porque as bolas já estão voando por toda parte, mas ele manteve seus olhos em Puck. O judeu tinha uma bola em suas mãos e ele está abaixando e pulando como Blaine, mas ele estava observando Blaine, também. Blaine viu o cara negro na equipe Puck se preparando para lançar uma bola em sua direção, ao mesmo tempo em que Puck. Talvez seja Matt o nome do negro.

— Blaine, cuidado! — Kurt gritou quando ambos lançaram as bolas na direção do moreno.

O moreno saltou sobre a bola que o negro jogou em seus pés e ele mal moveu a cabeça quando Puck tentou acertá-lo na cabeça.

— Hey! Nada acima do pescoço! — Kurt gritou alto e irritado.

A próxima coisa que ele viu foi Mercedes sorrindo e carregando três bolas prestes a ser atropelada pelo mesmo cara que tentou fazer Blaine tropeçar. Rapidamente, Blaine pegou uma bola e lançou em direção do garoto, acertando no seu estômago.

— Você está fora, Matt! — Finn avisou e Blaine olhou para Kurt saltando para cima e para baixo todo feliz.

Blaine sorriu e levantou, porque não podia deixar aquele rosto bonito e lindo de Kurt o distrair. Ele olhou em volta e viu que Mercedes, Rachel e os outros da sua equipe estavam fora. Mas ele conseguia trazer alguém de volta, porque ele pegou a bola, então ele acabou escolhendo Rachel porque ela é sua amiga, mas ela negou com a cabeça.

— Eu não quero, eu estou com medo! — Ela murmurou com uma careta. As pernas da calça estavam suspendidas e ela estava esfregando o joelho e era realmente machucado e vermelho.

— Quem te acertou? — Blaine perguntou, querendo atingir de volta quem a amachucou.

Rachel apontou para esse cara grande na equipe de Puck. Então, Blaine franziu a testa ao ver que era Sam. Mas é um jogo! Rapidamente ele se movimentou pelo seu espaço, sempre atrás de alguém caso assim ele pudesse se bloquear. Blaine observava Puck tentando fugir de Santana, enquanto ele e Quinn pegavam e jogavam de volta as bolas. Então Puck apenas analisou quem da equipe estava à esquerda. Blaine virou-se e olhou para quem estava à esquerda na equipe e restava apenas Santana, Quinn, Rachel e ele.

— Quinn! — Rachel gritou, mas era tarde demais, porque o companheiro de Puck a acertou no peito. No mesmo momento de distração, Puck acertou Rachel. Agora, era dois contra dois e todos tinham uma bola.

— Eu fico com Sam. — Santana sorriu, maliciosamente. — Ele quase acertou Brittany em seu peito, olha que ela está sentada na arquibancada. Idiota. Você pode ficar com Puckerman.

Blaine concordou com a cabeça e esperou Puck se mover primeiro. Ele estava sorrindo como um louco.

— Oh meu Deus, eu não posso ver isso! — Blaine continuava a ouvir Kurt falando no fundo e ele estava o distraindo. O moreno queria olhar para ele, mas não podia... Não agora. — Por favoor! Cuidado, Blaine! Não se machuce, ok! Vamos acabar e vai ser apenas um empate! Eu sei que é...

— Lady Hummel, cale-se! — Santana gritou. — Você é um chato maldito!

Sam gargalhou e jogou a bola ao mesmo tempo em que Santana, ambos foram acertados.

— Merda. — Ambos amaldiçoam e sairam do jogo.

— Não, não, não! Finn, você tem que parar com isso, agora! — Kurt gritou com o meio-irmão.

— Você está brincando?! Isso é ótimo! — Finn exclamou sorridente. — Vamos lá pessoal! Isto é ganhar ou morrer!

— Morrer? — Blaine choramingou, mas não tirou os olhos de Puck.

Ele estava se movendo ao redor, fingindo que ia jogar a sua bola no moreno, e toda vez que ele fingia, Kurt gritava. Naquele momento Blaine gostava muito do seu namorado, mas ele meio que queria que ele ficasse quieto por um minuto. Blaine podia ouvir seus companheiros torcendo por ele e companheiros de equipe de Puck aplaudindo e todo o barulho era muito alto e Kurt não vai parava de falar e gritar.

Blaine cobriu uma das minhas orelhas com a mão esquerda, realmente agindo como se a sonoridade o incomodasse. Ele o incomodava, mas não o suficiente para cobrir a outra orelha. Ele só queria que Puck pensasse que ele estava distraído.

— Haha! Olhe o Sr. Doritos não pode lidar com isso! — Puck riu, como ele balançou seu braço para trás para jogar a bola para Blaine.

Blaine usou sua outra mão para levar a bola até a cabeça, porque ele tinha certeza que era onde Puck queria acertá-lo. Ele olhou em volta e viu sua bola num movimento muito rápido, e então ele ouviu todos... Especialmente Kurt... Gritando e o dizendo para tomar cuidado. Blaine sentiu seu corpo ficar tenso e certificando-se que não ia cair e, em seguida, a bola tocou na dele. Ele empurrou sua bola um pouco para frente para que a de Puck não lhe acertasse. Ele ouviu seus companheiros gritando mais alto e Kurt gritar mais alto. Blaine sorriu ao ver que Puck não tinha qualquer bola do seu lado. Ele parecia um pouco com medo e ele devia estar. Aliás, Blaine Anderson estava no controle agora!

Puck estava se movendo em torno do seu lado e Blaine podia dizer que ele gostava de se mover mais para a direita do que a esquerda. Ele estava suando assim Blaine sabia que suas mãos estavam escorregadias, por isso ele não podia pegar a bola. Blaine pegou sua chance e levantou a bola sobre sua cabeça, com ambas as mãos e jogando-a um pouco para a direita. Em vez de tentar pegar a bola, Puck só cobriu a cabeça e se moveu para a direita e a bola acertou-o no ombro esquerdo, em seguida, saltou para o lado ao lado de seus companheiros de equipe.

— Isso!

Blaine gritou com um grande sorriso quando ouviu seus amigos gritando porque eles estão felizes que venceram. Ele os viu correndo em sua direção muitos animados e então ele olhou para Kurt, que estava gritando muito agudo e torcendo quando ele correu para o namorado, também. Blaine abriu seus braços para ele saltar, mas então...

Viu uma mancha vermelha no canto do seu rosto. Ele fechou os olhos e preparou-se para ele...

***

— Shhh, querido... — Kurt empurrou os cachos de seus olhos sonolentos.

— Minha cabeça dói. — Blaine geme e rola em seu estômago.

O professor esfregou as costas e olhou severamente em direção do namorado.

— Eu sei, querido. Você bateu a cabeça quando caiu... Lembra?

O moreno acenou com a cabeça contra o travesseiro, ele virou a cabeça para o lado e sorriu, preguiçosamente.

— Vencemos, porém. — Blaine disse, ainda sorrindo.

Kurt riu baixinho e inclina-se para beijar seu rosto exposto. Sim, eles venceram e Kurt não se perdoaria caso algo grave acontecesse com Blaine naquele ginásio.

— Sim, você fez, e você estava tão rápido lá.

— Eu disse que queria jogar! — Blaine riu e torceu o nariz, adoravelmente quando Kurt manteve distribuindo o lado de seu rosto com beijos.

— Eu sei, mas você não tem que se gabar, querido. — Kurt respondeu, fazendo cócegas no meio das suas costas.

Um grande sorriso apareceu em seu rosto, enquanto ele fechou os olhos e balançou a cabeça, negando as cócegas. Desafio aceito. Kurt deslizou minha sua mão por baixo e começar a fazer cócegas nele, mas não o suficiente para impedi-lo de parar, enquanto Blaine se contorceu e riu descontroladamente.

— Caras! — Uma voz os chama da porta do escritório da enfermaria. Kurt rapidamente pulou para longe de Blaine e da cama do paciente. — Sério? Eu tenho que separar vocês dois, porque Quinn disse que eu encontraria isso, e eu vou! Você não está velho demais para uma babá, Kurt.

Kurt zombou e tentou inventar alguma coisa.

— Eu estava apenas tentando certificar de que ele não tem nenhum dano do nervo. — Kurt mentiu, tentando parecer sério.

— É disso que os jovens chamam hoje em dia? — Puck provocou, arqueando a sobrancelha. O olhar do judeu caiu sobre Blaine deitado com uma careta no rosto. — Hey cara, Blaine certo?

Blaine só conseguiu assentir.

— Desculpa pelas coisas que aconteceu no jogo, fiquei surpreso ao saber que Kurt namora você agora, porque Sam é tipo meu irmão de coração. E Sam prometeu que eu seria o padrinho do casamento deles, então...

— Ok, chega disso, Puckerman. — Kurt cortou, quando Puck sorriu presunçosamente. — Termine com isso antes que eu lhe chute dali.

— Bem,essa é minha maneira de dizer que você é bem-vindo. Você foi demais lá, devíamos jogar uma segunda partida qualquer dia, você sabe, como no mesmo time com os caras. — Puck disse, amigavelmente.

— Ok...

Puck sorriu e voltou sua atenção para Kurt, que acompanhava tudo num olhar de adoração.

— Estamos todos esperando vocês no estacionamento, vamos para o Breadstix.

— Realmente? Breadstix? — Kurt fez uma careta. — Aquele lugar ainda existe?

— É a melhor coisa em Lima. — Puck deu de ombros. — Decidam logo, porque Sam e Quinn já estão no carro e vamos direto daqui.

Quando o judeu deixou a enfermaria, a atenção de Kurt voltou para Blaine, que continuava. Seus olhos se encontraram os castanhos e ambos sorriram. Kurt inclinou-se e juntou seus lábios em um beijo ardente. Blaine choramingou com a paixão Kurt estava exibindo, deixando-se levar naquele beijo. Kurt se moveu lentamente para mais perto da cama e subiu com Blaine quando seus joelhos bateram contra a beira da maca. Kurt só se preocupava em beijar os lábios de Blaine, passando as mãos sobre a pele macia de Blaine, fazendo-o sentir todos os bons sentimentos para substituir os minutos anteriores de preocupação.

Eles se afastaram compartilhando um gemido, Kurt desceu seus lábios para o pescoço de Blaine. Kurt gostou de fazer se Blaine sentir assim. Ele queria fazer isso de novo e de novo e de novo. Ele queria fazer o moreno gritar seu nome. Os cachos de Blaine estavam uma confusão, seu peito subia e descia esporadicamente com respirações, suas bochechas estavam cheias e vermelhas. Kurt beijou delicadamente a clavícula e, finalmente, voltou para o seu pescoço.

—Kur... Kurt...

Kurt sorriu e parou os beijos. Blaine riu um pouco e preguiçosamente chegou mais perto para o professor segurá-lo.

— Então, está bom?

—Mhmm...

Kurt sorriu e subiu para enroscar-se com Blaine, colocando a cabeça do moreno debaixo de seu queixo. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, Blaine principalmente, pela recuperação de fôlego. Kurt passou os dedos pelo cabelo castanho enrolado, pensando que seus amigos teriam que esperar mais um pouco.