– Chegamos. - Diz o motorista. Carter e eu nos olhamos.

E assim soltamos do carro e estamos na praça principal, de Paris. Onde não há ninguém.

– Ok, onde achamos a linha do tempo?- Pergunto a Carter que parece perdido olhando para todos os lados.

– Acho que devemos pegar alguma coisa....- Diz pegando um galho no chão e rodando e espetando o ar e logo compreendo. Para pessoas externas, iram pensar que ele é um cara louco de terno brincando de guerra nas estrelas com um galho, espetando o ar, mas como sou de sua pesquisa, sei exatamente o que ele está fazendo.

– Como um galho, poderia ajudar a um imã magnético?- Pergunto de braços cruzados. Ele me olha.

– hum...- Diz pensativo. Eu reviro os olhos.

– Você não precisa de algum metal? - Pergunto ironicamente. Ele ri nervoso e pega sua mochila de suas costas a abrindo e pegando um guarda cigarros. O olho incrédula e ele sorri, travesso, para mim. Reviro os olhos.

– porta cigarros da sorte.- Ele diz dando um sorriso torto. Logo depois começa o mesmo trajeto com o objeto em sua mão. Até que bate em uma coisa que não conseguimos ver. Ele faz o mesmo movimento e impulsiona o objeto para dentro e ele desaparece.

– Achamos!!- Eu grito e ele me olha e ri.

– Calma!- Ele diz sorrindo. E então pega sua mochila e coloca para dentro da fonte magnética. - Me dê sua mochila.- Ele pedi e a entrego, fazendo o mesmo com minha.

Logo depois ele pegou minha mão e me olhou no fundo dos olhos me transmitindo tranquilidade. Respiro fundo e sigo para a fonte magnética.

Ao entrarmos, vimos a mesma estrutura da última maquina, mas os equipamentos eram ultrapassados.

– Sabe operacional essa máquina?- Pergunto indo até ele, onde olha para o painel de botões.

– Sim. Pegue nossas mochilas e sentisse. Ele diz e eu assinto em um aceno e pego nossas mochilas do chão de vidro da cabine e me sento no primeiro acento de vidro com fios por dentro da estrutura. Logo depois ouvimos um pequeno e agudo ruído, Carter corre para o meu lado. - É melhor fecharmos os olhos pelo menos, sobram 5 segundos. - Carter grita por cima do barulho que agora se tornou grande. Ele fecha os olhos e respira fundo.

Tento fazer o mesmo, mas, fico encantada com as luzes que começam ao nosso redor de várias cores, um puxão nos leva juntos em uma estrada de luzes brancas, placas de luz se manifesta a frente do meu rosto. Quando uma placa de luz rosa claro se manifesta em minha frente e com a mão esquerda laçada com a do Carter, pego a placa de luz rosa com minha mão direita e sinto um grande puxão sob meu pescoço. É agonizante, tanto que tenho me desvencilho de Carter levo minhas mãos ao pescoço. É como se alguém estivesse me enforcando, quando não consigo mais conter o aperto me deixo levar e um sono profundo me toma.

Acordar para mim, nunca foi tão doloroso. Meu corpo tomba no chão, meu rosto tomba junto e parece que eu o feri. Com as forças escassas que tenho me apoio com a mãos no chão e levanto devagar. Levanto meu rosto lentamente e percebo que estou em frente ao populire, a Opera do centro de Paris, as portas estão diferentes, parecem polida e nova de uma madeira impecavelmente brilhante, franzo o cenho, devo ter chegado em 1968, mas não acho que essa porta estaria assim tão nova nessa época. Tiro de minhas costas a mochila que não me deixa levantar por completo e a coloco do lado do meu corpo. Então eu me alarmo ao perceber que não vejo Carter ao meu lado. Ainda de costas para a rua, fico de pé e olho mais uma vez a porta e agora o monumento que é a Ópera. Nem parece que ouve um incêndio ou rastros de destruições. Finalmente me viro para rua.

– Oh meu Deus!- Exclamo com a visão a minha frente. Isso definitivamente não é os anos 60. Pessoas não vestem vestidos longos, espartilhos e seguram um guarda chuva ou usam cartolas. Com o corpo tremendo de dor e medo vou mais para frente e chego no centro da rua, onde as pessoas me olham confusas, as mulheres estão boquiabertas e os homens também mas de maneira maliciosa. Assim que vejo, não há prédio, estrada e muito menos automóveis de 1968, há carruagens.

Estou morrendo de medo. Corro de volta para onde vim para e pego minha mochila colocando-a nos ombros. Onde estará Carter? Onde eu estarei? Há um céu tão limpo e maravilhoso que me assusta.

Minha única saída é entrar na Ópera e procurar informações.

Sem mais delongas, com as mãos trêmulas, coloco a mão na maçaneta e a rodo, por minha sorte e total alívio momentâneo está aberta.

Assim que entro a visão do salão vazio de mármore e obras de arte, são belíssimos, muito melhor do que a do meu tempo. A escadaria da ópera é magnífica, detalhes sórdidos nas pilastras, com vários desenhos. Devo subir? Ou ir até os bastidores? O bastidores seria a opção mais plausível.

Encaminho-me silenciosamente até os bastidores, onde parece mais um labirinto que leva ao grande e magnífico palco do teatro. chego ao palco e vejo várias meninas, dançando balé. Arregalo os olhos assustada, meu primeiro contato com essas pessoas.

– Com licença?- Peço baixo , para as meninas que param de dançar sem música e olham para mim, ultrajada. Serão minhas vestes? Elas não param de olhara para elas. Uma delas tem um cabelo loiro longo, que usa uma fita nele. Ela vem até a mim como se estivesse dançando.

– Sim senhorita, o que deseja?- Ela pergunta me avaliando dos pés a cabeça.

– Minha pergunta será um pouco absurda, mas, não me leve a mal, esta bem? - Falo e ela assente com a cabeça confusa. - Que ano é esse?- Eu pergunto e ela me olha como se eu fosse louca.

– Ora, é 1887.- Ela diz e meu coração se aperta. Meus Deus, onde estará Carter!?