– Erber Clusor? - Pergunto Lembrando-me da história de Milyes. O criador da coisa...

– Sim... Desculpe-me a pergunta meu jovem, mas, o que houve com o seu...

A raiva me consome. Como ele se atreve a perguntar sobre meu rosto?

– Não lhe diz respeito. - Falo levantando. Ele bem mais baixo que eu, claro, todos são.

– Oh sim, Desculpe... - Ele diz ajeitando seu óculos.

– O que faz aqui em minha casa? - Pergunto entre dentes.

– Mil perdões. Se eu lhe contar o senhor...

– Não irei acreditar? - pergunto sarcástico.

– É... Sim... - Ele diz Confuso.

– Não precupartes, eu acreditarei. - Falo e sigo para a minha mesa de jantar. O mesmo me segue.

– Por favor, sente-se. - Falo sarcástico. Ele se senta ao meu lado. - O que eu vi, foi real? - Pergunto-lhe estreitando os olhos.

– Sim, monsier. - Ele diz com cautela.

– De onde veio? - Pergunto. Ele respira fundo e com cautela, pega um papel de suas roupas estranhas. Assim que o tira, o abri e o põe sobre a mesa.

– Eu vim do Futuro. - Fala ele e Aponta para a figura na mesa. Parece a Paris, com uma grande torre, e coisas estranhas com pessoas dentro. E várias luzes.

– O que...

– É Paris, mas, do futuro, necessariamente de 2014. - Fala ele. - E para provar-lhe que sou do futuro, ali estou eu na foto. - Falo e observo a foto fascinado. Milyes Genebra não está mentindo.

– Fascinante. - Exclamo pegando a foto em mãos e analisando-a.

– Eu sei quem es. - Ele diz e foco meu olhar ameaçadoramente nele. Em seu rosto lhe ocorre admiração. Franzo o cenho.

– De certo modo, também sei que es.- Sussurro irritado. Ele arregala os olhos.

– C-como? - Pergunta ele gaguejando confuso.

– Você não é o primeiro viajante, Monsier Clusor. - Falo sarcástico.

POV MILYES

Depois da notícia que as pessoas comentam, Carter e eu ficamos ao mesmo tempo animados e preocupados. Quem poderia ser? Será que era só impressão das pessoas? Poderia ser um americano...

– Normalmente, eu não acredito em boatos, pode ser um americano... Já que eles acham estranhos. - Fala Carter andando de um lado para o outro no camarim onde estamos. Em quanto eu estou sentada no leito, mordendo as unhas.

– Foi isso que também pensei. - Falo. - Pare de andar de um lado para o outro, está me deixando zonza.- Falo irritada. Ele para e fica de frente para mim com os braços cruzados ao peito.

– Ok... Eu estava analisando a possibilidade, que para mim é nula, de construímos uma nova máquina. Olha, temos apetrechos avançados de nosso século. Mas... Se já era difícil criar uma máquina nos anos 60 imagine no século 19. - Carter diz gesticulando. Ele tem razão, como vamos criar uma máquina do tempo, se não temos como conseguir, metais específicos e energia hidroelétrica?

– Estamos presos aqui. - Falo cabisbaixa, dando por vencida.

– Sim, estamos. - Fala ele triste e se senta ao meu lado. - Eu... eu sinto muito. - Diz.

– Por quê? - Questiono confusa.

– Porque, você tinha a esperança de salvar o Erik. - Diz Carter e o olho surpresa, lhe dou um sorriso.

– Não... - Falo abaixando a cabeça. - Eu não posso mentir, eu sinto alguma coisa pelo Erik, mas, como você pode ver, mesmo estando aqui, tudo que eu tentei remediar de ele fazer, ele fez. - Falo Triste.

– Sim, isso é verdade. - Fala Carter. - Deve... Deve ser o destino. - Fala ele. E eu dou uma risada sarcástica.

– É deve ser. - Falo.

– Você... você, quer ir ao baile, comigo? - Ele pergunta der repente. Eu ri ligeiramente de seu rosto tímido, a mesma coisa ele faz.

– Acho que sim! - Falo rindo.

– Ótimo! Porque se estamos nesse século, temos que aproveitar ao máximo. - Fala ele confiante o que me faz rir.

– Eu tive uma ideia. - Falo sorrindo.

– Pode falar. - Diz rindo.

– Olha, eu conheço bem a história desse teatro e coisas muito ruins, vão acontecer. Vamos para a casa da minha parente? - Falo e ele me olha surpreso.

– Sério? - Pergunta franzindo o cenho.

– Sim, sério. - Falo.

– Maravilha. - Fala meio tristonho.

– Não acho que goste da ideia. - Falo o olhando de lado.

– É que... Eu me lembrei do que vou deixar lá atrás. - Fala ele, me olhando profundamente nos olhos, franzo o cenho o encarando.

– O que? - Pergunto.

– Minha Família, Mile. - Ele diz triste.

– Sinto muito Carter. - Falo cabisbaixa.

– Tudo bem. Pelo menos parte dela está comigo. - Ele diz olhando-me de um jeito estranho. Não entende a frase.

– HM...

– Vamos comer? - Diz ele batendo em sua coxa e levantando. Olho confusa.

– Hm... Ok! - Falo e seguimos para a cozinha do teatro.

POV ERIK

– Não creio! - Exclama o velho, logo depois de eu lhe contar sobre Milyes e Carter.

– Sim. - Falo incomodado. Pois ele sabe de minha história assim como Milyes, e o pior não o intimido.

– Meu experimento deu certo! - Exclama ele para si mesmo.

– Eles estão desesperados para voltar. - Falo com desdém.

– E eu posso ajuda-los. - Fala Erber. Uma dor isola o meu peito, engulo em seco.

– Po-pode? - Gaguejo.

– Sim. Eu criei um portal, pode só eu posso abri-lo. - Fala ele entusiasmado. - Mas... Há um problema. - Fala ele e eu olho com atenção.

– E qual é? - Pergunto em Curiosidade ade mórbida.

– Eu tentei três vezes voltar para o meu século, e nas três vezes eu sempre vinha para cá, só que em lugares diferentes, como agora. - Ele diz e eu assinto.

– A terceira, você invadiu minha casa? - Falo em irritação. Ele solta um sorriso, desculpando-se. - O que pretende fazer então? - Pergunto apreensivo.

– Senhor... Posso concertar a maquina. - Fala ele esfregando a mão uma na outra. Este homem não é normal.

Eu posso procurar os outros viajantes para ajudar-lhe. - Falo. Meu decepcionado. Milyes irá embora.

– Oh, sim, sim! E onde estão?- Pergunta em entusiamo.

– Estão pelo teatro, haverá um baile. - Falo sorrindo, ao pensar nele.

– Maravilha. - Ele diz. - Já ia esquecendo-me! - Ele diz batendo na própria testa.

Pega mais uma coisa de suas vestes. Parece ser um frasco.

– O que é isto? - Pergunto, avaliando o frasco por entre seus dedos.

– Isso, monsieur... - Ele diz apontando para o frasco. - O senhor e quem mais saber da existência de nós viajantes devem tomar. - Ele diz e eu o encaro e levanto rapidamente.

– Por quê? - Pergunto ameaçando-o o puxando pela gola de sua camisa estranha. Ele me olha assustado.

– Mon... Monsieur, é um remédio onde lhe fará esquecer da nossa vinda aqui. - Diz em um sussurro. O solto e tomo de suas mãos o frasco e o avalio. São bolinhas brancas em um frasco amarelo. - E-eu o mesmo criei, testei em meu cão. - Fala ele e eu olho estreito.

– Isso, me fará esquecer-lhes? - Pergunto.

– Sim, para não haver alterações no futuro. - Ele diz.

– Quando eu devo tomar? - Pergunto.

– Quando partimos. - Fala ele. Partir.
Eu quero que eles partam, devem fazer isso. Assim ficarei em paz com meus planos de tomar Christine para mim, comprei-lhe uma casa, para depois de nosso casamento e iremos viver ali, desprovido do mundo. Milyes dever partir!

– Está bem. Vou procura-los. - Falo e ele assenti pego minha capa e vou ao encontro deles.

POV MILYES

A minha mochila e a de Carter estão prontas para a mudança. Carter está comprando roupas, para nós dois, com o dinheiro dado por Madame Giry.
Estou aqui no salão movimentado, observando um sonho de anos...

NO FUTURO 2014

Mamãe, eu não quero mais ler esse livro. - Irritada, jogo o livro de histórias encantadas no chão.
Minha mãe, olha para mim prendendo os cabelos ondulados loiros de princesa e vira-se para mim.

– Querida, você ama histórias sobre princesas. - Fala minha mamãe. Bufo e vejo papéis entrar com um embrulho pequeno em mãos, ele sorri para mim, vai até mamãe e a beija com carinho e vai até a mim. Com cuidado senta ao meu lado.

– Olha o que eu comprei para você. - Ele diz e desembrulha um pequeno livro. Com uma capa feia.

– O que é? - Pergunto torcendo o nariz.

– Um livro. - Fala ele sorrindo.

– De contos? - Pergunto de olhos estreitos. Já farta de contos de fadas.

– Não, não. Você está bem crescidinha para ler contos não acha?- Ele diz e pisca para mim e para mamãe. Abro-lhe um grande sorriso, adoro quando o papai compra livros para mim.

– E o do que se trata? - Pergunto curiosa. Ele ri e me entrega a pequena peça. A avalio e leio o título estranho.
"O fantasma da Ópera."

– É uma estória de amor, triste até, mas, envolve música... - Ele diz me fazendo cócegas. - Tem um pouco de terror,mas, você tem que me prometer que não ficará com medo.- Adverte papai. Assinto.

– Não haverá pesadelos não é? - Pergunta agora minha mãe vindo ao meu lado.

– Não, mamãe já sou bem crescidinha. - Falo piscando o olho como sempre faço. Ela sorri. E os dois sentam no sofá ao lado de meu leito e ligam a TV.
E com muita curiosidade, abro o livro...

Foi assim que entrei em um mundo maravilhoso, onde conheci o Erik, ou como eu achei um dia ter conhecido. Eu sabia que ele era um gênio, perfeccionista e bipolar. Claro, perfeito no que ele faz, ele todo perfeito... Para Milyes!

Descobrir que ele é realmente, agressivo e obsessivo, muito obsessivo, ele idolatra a vadia Daae e não percebe que ela não o ama e que não é nada disso que ele pensa... Ela nem canta tão bem assim, a Beyoncé daria de 10 a 0 nessa...

Os defeitos do Erik são inúmeros, assim como os de todos, mas, as qualidades dele são inúmeras, aqui olhando todos nos corredores trabalhando, com sorrisos e cantos que o Erik compôs, os magníficos cenários que o Erik criou e muito mais. Eu descobri um Erik que eu sabão a muito tempo perante os filmes, musicais e até mesmo fanfics que ele era, gentil, carente, cavalheiro, inteligente, atencioso... São inúmeras qualidades, mas, que a dor acobertaram e ele não consegue perceber o que há de bom nele.

Meu sonho era conhece-lo, claro que eu sabia que seria impossível, bom.. Mas agora estou aqui e tenho que me afastar dele. Tenho mesmo? Não quero me afastar.

– Mademoiselle... - Ouço A voz de Madame Giry e volto-me para trás.

– Madame Giry... O que desejas? - Pergunto gentilmente.

– Soube que está indo embora, é verdade? - Pergunta ela, se aproxima mais e me pega pelo braço. É bom saber que madame Giry não me odeia.

– Sim, madame, preciso sair do teatro, Carter e eu estamos tomando espaço. Vamos ficar na casa de uma conhecida. - Falo e ela me olha de lado.

– Tem certeza? - Pergunta ela. Eu assinto.

– Sim, mas, eu poderia lhe pedir um grande favor? - Pergunto-lhe, parando nossa caminhada na porta do teatro.

– Sim, querida... - Diz.

– Madame, tem que me prometer que mesmo, com medo de Erik, vai protege-lo de si mesmo. Pois nós duas sabemos, que Christine não pode ama-lo e creio que Erik, pode... Morrer por conta da rejeição. - Falo e ela me olha assustada.

– Eu não deixarei nada acontecer com Erik, ele é como um filho, para mim. - Ela diz, emocionada.
Quando estou prestes a lhe dizer que vou ao baile, Carter chega.

– Vamos? Comprei todo o necessário e já podemos ir. - Fala ele, se aproximando e beijando cavalheiramente a mão de Antoniette.

– Ham... Sim. - Falo e viro-me para Madame Giry. - Obrigado por tudo Madame e tome conta dele. E virei ao baile. - Falo e ela sorri.

Carter me entrega a minha mochila e carrega metade das outras coisas que comprou e a sua mochila. E sem mais delongas partimos para a casa de Mileyene.

POV ERIK

Andando por cima do cenário, procuro por Milyes ou o Carter, mas, não os acho. Avisto Antoniette, ela está ao batente da porta principal do teatro, passo pelo corredor a cima do salão, com destreza pulo, me apegando a grande cortina vermelha e chego até ela. Logo a mesma senti minha presença se vira.

– Onde estão os viajantes? - Pergunto em um sussurro.

– Eles partiram. - O que?

COMO ASSIM PARTIRAM? - Grito descontrolado. Não! Não! Ela não pode partir! Aproximo-me perigosamente de Antoniette a raiva me consome. Ela me olha assustado.

– E-eles não d-disseram. - Fala ela com fio de voz. Meus olhos ficam turvos de raiva e tristeza. Ela foi embora.

– Para onde?! - Pergunto pegando-a pelos ombros.

– E-Eu não sei! - Exclama ela. Devo avisar a Erber. - Erik, o que está acontecendo, com você? Nunca o vi assim, desesperado por alguém que não fosse Mademoiselle Daae. - Diz Antoniette se aproximando um pouco mais de mim. Ela tem razão.

Quando vou responder, ouço vozes atrás de mim e em segundos desapareço. Na verdade iria respondê-la de modo rude, mas, responde-la realmente eu não iria.
Chego em meu refugio e avisto Erber observando meu órgão.

– Erber! - Exclamo colocando minha capa por cima da mesa. - Eles partiram. - Falo e já pegando um papel e uma pena para escrever uma carta.

Erber me segue a todo momento.

– Como assim, partiram? - Pergunta ele. Com muito mau humor o olho.

– Eles foram embora do teatro. E Madame Giry não sabe para onde. - Falo escrevendo com destreza.

– E para quem está escrevendo? - Pergunta ele.

– Vou chamar um conhecido. Ele poderá procura-los pela cidade. - Respondo e sigo escrevendo a carta para o Doragia

POV CARTER

A casa da velha é bem aconchegante é pequena, mas, aconchegante. Ela e Milyes se dão muito bem. A velha tem um grande afeto por ela, pena que Milyes não pode lhe dizer que é da sua família. Milyes ficará comigo no mesmo quarto, terei que me controlar para não toca-la.

Estamos todos na cozinha da senhora, elas estão preparando o jantar, em quanto eu ponho a mesa para o jantar.

– Carter, a senhora está pedindo para que você compre um doce na confeitaria ao lado. - Diz Milyes surgindo com um avental na sala de estar, me entregando o dinheiro. Sorrio e ela também. E saio, começo a caminhar pela rua já deserta de paris pensando na oportunidade que estou tendo.

Se Milyes soubesse de toda a verdade ela não sorria, para mim. No fundo me sinto mal de estar mentindo para ela, mas, é preciso. Não posso deixá-la com esse monstro.

– Desgraçado! - Ouço uma voz feminina furiosa ao meu lado quando passo por um beco escuro. Me viro e deparo-me com alguém do passado.
Entro no beco a levando mais para o fundo.

– Como é possível que você exista aqui! - Exclamo dando-lhe uma grande olhada. Com desprezo e lágrimas nos olhos ela cospe em mim.

– Parece que seus planos não deram muito certo Carter! - Exclama ela se afastando um pouco de mim e cobrindo-se com sua manta suja. - Quando você foi embora à última vez deixou-me para trás. - Ela diz dando um sorriso estranho. A raiva e uma ponta de medo consome, o plano estava indo bem, até saber de Christine Daae de minha outra viagem no tempo. Ela está horrível, com seus cabelos cacheados curtos, os olhos vermelhos, rosto sujo e suas vestíeis rasgadas e descalça.

– O que você quer? - Pergunto ameaçadoramente, ela não existe mais, mas, pode me comprometer.

– Eu quero minha vida de volta, eu quero minha fama, minha voz e o amor de minha vida! Eu quero tudo isso e a sua ruína! - Ela grita com raiva e aos prantos. Ela não vai estragar minha nova chance.

– A única coisa. - Digo me aproximando mais e ela se afasta. - Que você merece minha cara... - Falo e a encurralo. Prendendo-a com meus braços sob sua cabeça. - Uma morte rápida. - E então sem mais delongas quebro seu pescoço. - Nada nem ninguém vai me tirar a minha segunda chance.