Levittown Is For Lovers

Capítulo 20 - It's Time For You To Choose The Bullet Or The Chapstick


Se o colocassem em uma câmara de tortura, ele provavelmente não se sentiria não torturado como estava se sentindo naquele instante. E ele poderia dizer que aquela era a situação mais estranha em que se encontrava desde que chegou em Levittown depois de quatro anos.

Mais do que estar namorando um recém conhecido.

Aliás, estar namorando Adam não era nada estranho diante daquilo, e ele ainda não entendia como Jesse havia conseguido tal prodígio. Se quando Jesse se sentava em sua mesa ele já achava estranho, se sentar Matt, Lindsay, Jesse, ele e Adam no mesmo banco era constrangedor. Ainda mais com Brian, Garrett, Vinnie e Kevin sentados no banco à frente, conversando alto e rindo.

E eles não estariam conversando e rindo se soubessem que, contrariando todas as leis de segurança para um namoro saudável, Jesse segurava sua mão debaixo da mesa.

- Por que eles estão sentados aqui? – Adam perguntou entre dentes, fazendo o coração de John acelerar, puxando a mão dos dedos quentinhos de John.

- Estão... socializando. – comentou. Ao menos, foi essa a desculpa que Jesse deu quando migrou com todos os seus comparsas para perto deles. Picou um pedaço do pão, enfiando na boca e quase se afogando em um longo e grosso gole de suco.

- Por que? – perguntou, bufando. John imaginava que ele estivesse terrivelmente incomodado com a presença de Kevin à sua frente, ou com Jesse sentado tão próximo dele, mas o que ele podia fazer?

Por mais que achasse que seria o certo, não podia simplesmente expulsar os meninos.

- Vocês vão à festa, certo? – Garrett perguntou, correndo os olhos por todos os ocupantes da mesa. – Será divertido.

- Eu não posso. – Brian comentou, mordendo seu lanche. – Ao menos na teoria, minha mãe teria outro filho se soubesse que eu comemoro uma festa pagã enchendo a cara com meus amigos e namorado gay. – riu, fazendo Garrett sorrir, corando de leve. John não se cansava de achar os dois um casal um tanto perfeito.

Tinham uma sintonia estranha, algo diferente.

Era como se Brian e Garrett nunca fossem dar certo com outra pessoa, e quando se estava perto deles, era engraçado.

Os dois eram tão obviamente apaixonados que ele chegava a se achar burro por nunca ter perguntado antes.

- Mas é óbvio que você vai dormir lá em casa. Pelo menos é o que a sua mãe acha. – Vinnie riu alto, puxando uma batata da porção de Lindsay, praticamente se deitando sobre a mesa para isso. John sentiu a manga da blusa ser puxada para baixo, fazendo sua mão descer para debaixo da mesa, onde Jesse entrelaçou seus dedos novamente.

Ele não tinha idéia do porque Jesse estava fazendo aquilo, ou quem ali sabia do que havia acontecido entre eles, mas John tinha certeza que aquele olhar que recebeu de Kevin significava alguma coisa.

Na verdade, achava que estava paranóico.

Era estranho ter o namorado do seu lado direito, e o seu melhor amigo – e garoto por quem ele estava levemente apaixonado – sentado do seu lado esquerdo, segurando sua mão. Nunca havia parado para pensar, mas o toque de mãos era um ato extremamente íntimo. Não tanto quanto um beijo, mas segurar mãos – com os dedos entrelaçados – era tão carinhoso, não se segurava mãos assim com qualquer um.

E só aquele toque mínimo – unido aos joelhos se tocando ocasionalmente quando Jesse virava – era o que bastava para que ele imaginasse a vida com Jesse retribuindo seus sentimentos.

Pensar nisso o fazia querer o abraçar ali mesmo.

Ele tinha certeza que se por acaso namorasse Jesse, ele seria uma das pessoas mais felizes do mundo, uma das mais completas.

Mas até aí, só tinha quinze anos, pensar na eternidade com uma pessoa o fazer se sentir um pouco bobo, não era como se namorinhos de adolescentes durassem muito.

Aliás, não gostava de pensar em coisas duradouras, visto que provavelmente a recém descoberta de uma nova relação com Jesse seria arruinada em algumas horas, na festa de Halloween. Deveria se agarrar a Adam com todas as forças ou simplesmente aproveitar cada segundo com Jesse antes de o quebrar em centenas de pedacinhos que ele nunca conseguiria colocar de volta no lugar?

Sentiu Jesse soltar sua mão, percebendo a movimentação à sua volta, os meninos levantando para jogar as coisas no lixo, o sinal batendo.

Não havia notado nada daquilo enquanto Jesse esteve com ele, nem seu lanche terminou. Soltou um longo e doloroso suspiro, se levantando também.

- Vai vestido de que, John? – Adam perguntou, jogando os braços em volta de seu pescoço, e ele sorriu, tentando não parecer tão destruído.

- Não sei. Me ajuda a escolher?

- Por que eu tenho que me vestir assim? – reclamou Matt, choroso, olhando a própria roupa. Não estava gostando da idéia de estar praticamente todo encapuzado com uma jaqueta de couro grossa e jeans rasgado. – Eu não sei nem do que eu estou vestido!

- De qualquer coisa, Matt, desde que você não pegue friagem e não tenha uma recaída. – Adam respondeu, ajeitando o chapéu de cowboy sobre a cabeça. John estava se sentindo um tanto perdido lá no meio. As garotas estavam usando menos roupa que o normal, e os garotos tentavam a todo custo parecerem legais, e mesmo que a festa tivesse começado há apenas meia hora, já havia um casal bêbado tomando conta do sofá.

- Johnny! – exclamou uma voz alta e uma pessoa esguia com uma roupa colada e máscara preta surgiram em seu campo de visão.

Lindsay.

De mulher-gato.

- Hey, Lind! – exclamou, encontrando o rosto delicado da menina pela primeira vez livre dos aros vermelhos dos óculos. –Você está ótima. – sorriu sincero.

- Obrigada! Você está ótimo de... – pensou um pouco, só então abrindo um largo sorriso – Peter Parker! Combinou direitinho. – talvez por ser nerd o bastante, ela fosse a única pessoa capaz de acertar quem ele era. John assentiu enquanto ela voltava os olhos para Adam e Matt. – Adam de Woody, certo?

- Certo! – ele assentiu animado. –Até te mostraria o escrito na sola da bota, mas já deve ter saído.

- Genial! – ela riu, segurando o olhar sobre Matt. – Motoqueiro?

- Qualquer coisa... – reclamou emburrado, saindo na direção da cozinha em passos largos. Adam o lançou um olhar que ele reconheceu como sendo o que definia que ele não deveria se preocupar com eles dois.

- Vou cuidar dele. – girou os olhos, selou os lábios de John e desapareceu no meio das pessoas.

- E o Jesse? – perguntou. Não conseguia evitar perguntar do garoto.

- Veio de Batman e está no jardim dos fundos bebendo com os meninos. Estão escutando as músicas que eles gostam, cantando e contando piada. – Lindsay deu de ombros. – Vamos pra lá? – chamou.

É, ele precisava ir.

- Não. – disse, segurando sua mão, sorrindo meigo. –Vamos beber alguma coisa, depois vamos.

Lindsay retribuiu o sorriso, sem soltar sua mão o levou para a mesa do ponche.

Talvez fosse a música alta, talvez fosse o calor pela excessiva quantidade de enfeites e teias de aranha artificiais espalhadas pela casa, mas o calor estava quase insuportável. Era impossível distinguir as coisas e cores por conta de todo o gelo seco que estava espalhado por qualquer lugar que se pisasse na casa.

Ou talvez fosse o álcool colaborando para que ele visse tudo um tanto distante.

- Esse ponche... – apontou Lindsay meia hora ou exatos quatro copos depois - ...tem mais vodca do que suco.

John riu.

Não era uma afirmação muito esperta, já que ele próprio havia notado os efeitos do etanol.

- E onde está o Jess? – tinha a impressão que já havia perguntado aquilo, em algum momento em que pronunciar as palavras não fosse tão esquisito. Estava sentindo como se falar fosse uma tarefa muito árdua, mas que ele estava amando fazer.

Aliás, falar e gesticular.

- Lá fora, acho. – Lindsay riu, colocando uma mão em seu ombro. Haviam encontrado um lugar confortável no sofá de dois lugares ao lado da mesa de ponche, de onde não arredavam pé, afinal, podiam pegar bebida sem sequer se levantar. –Aqui, entre nós, Johnny, você ficaria com o Jesse?

E se ele estivesse bêbado, só mais um tiquinho alterado, ele teria dito que já ficou com o namorado da garota que ele estava tentando deixar bêbada. Mas ainda havia um leve traço de consciência nele, alguma coisa que gritava para que ele parasse de beber, para se recompor e agir como uma pessoa normal, não como um traidor, de lado no sofá, inclinado na direção da menina que era a namorada do seu melhor amigo.

Seu Jesse.

- Eu não sei. Acho que preferiria você. – deu de ombros, tomando outro gole do ponche, se achando um gênio por ter soltado aquela, sem se dar conta que havia sido horrível.

- Mas você nem é hétero! – Lindsay riu alto, pousando a cabeça em seu ombro, gargalhando.

- Hey! Eu posso ser um pouco hétero. – riu de volta, fingindo indignação. Devia ser a bebida, mas estava se achando realmente engraçado. Alguém deveria lhe dar um prêmio ou algo do tipo. –Para você eu abriria uma exceção, Lind!

Viu os olhos da garota encontrando os seus, tão próxima que ele poderia a beijar ali mesmo.

- Sabe, quando eu te vi a primeira vez, eu te elegi na minha cabeça o garoto mais fofinho de Levittown. Eu quis ser sua amiga na hora, mas o Jesse não deixava ninguém chegar perto de você. – ela comentou, sem se afastar. – Não era justo. Por isso sentei com você na aula de biologia. Você é inteligente, e sincero. Eu gosto de você, Johnny.

- Obrigado. – respondeu, sorrindo. Não sabia se aquele torpor que o invadiu era o momento que ele deveria usar para fugir, dizer a Adam que não queria fazer aquilo, ou se era o momento em que deveria levar aquilo adiante.

Precisava decidir, e precisava fazer aquilo no segundo seguinte.

- O Jesse é um mala de vez em quando. – ela comentou, virando o conteúdo de seu copo. – Mas eu gosto dele.

- É, ele é um problema, às vezes. – virou o que ainda restava em seu próprio copo. – Mas eu amo o Jesse.

Lindsay sorriu para ele, os olhos se estreitando conforme ela erguia a mão pequena e delicada para tocar seu rosto.

- Isso é tão bonitinho. – comentou, soltando risinhos embriagados.

- Você é linda, ele não te merece. – se deixou dizer, nem sequer pensou para dizer aquilo, nem quando seu rosto se aproximou do dela, seu nariz roçando sua bochecha.

- O Adam é um babaca, também não te merece. – ela respondeu, virando o rosto na direção do dele, tocando seus lábios nos de John.

Só um toque leve, mas nenhum deles se afastou.

Adam...

Pensar no quanto Adam sofreu com tudo que aconteceu o fez dar o próximo passo.

Era estranho beijar uma garota.

Eram beijos mais delicados, lábios mais delicados, o cabelo longo, um tanto mais sedoso que o de Adam ou de Jesse, e o modo como suas mãos corriam por seu peito era diferente. Era um toque leve, quase carinhoso.

Esperava que os vissem logo, e que os murmúrios que estava ouvindo fossem a respeito do que estava acontecendo, até que sentiu algo caindo em seu colo.

- Vai lá, Peter Parker! – um garoto vestido de jogador de futebol americano gritou, e ao olhar para o próprio colo viu a chave de um quarto.

- Quem é você? – foi a única coisa coerente que conseguiu soltar antes que Lindsay tomasse a chave em mãos e se levantasse.

- É o Mark. – resmungou, o puxando de pé e colando os lábios nos dele novamente.

John nunca soube dizer como subiram as escadas, sendo que os degraus e o chão pareciam distantes demais dos seus pés, ou mesmo de onde foi que surgiu – ou quem foi que deixou – a garrafa de vodca com ele, mas em poucos segundos ele sabia que havia entornado grande parte do líquido amargo, que parte caiu no chão quando ele empurrou Lindsay para a cama, e que parte caiu mesmo na garota, quando ela puxou a garrafa de suas mãos para ela própria entornar grande parte.

- É ruim pura. – comentou fazendo uma careta, mas rindo. Estava sentada no meio da cama, ele à sua frente, de joelhos. Sabia o que tinha que fazer.

Tirou devagar a garrafa de vodca das mãos dela, a pousando devagar sobre o criado mudo, e, se inclinando a beijou pelo que parecia ser a milésima vez naquela noite. Estava se acostumando com os beijos demorados e delicados dela, estava inclusive gostando do que estava fazendo. Era interessante ter alguém mais frágil em seus braços, alguém que <i>ele</i> estava controlando, alguém que se submeteria ao que ele quisesse.

Jesse e Adam não passavam por sua cabeça no momento.

Ele realmente queria fazer aquilo.

Deixou os óculos junto da garrafa, jogou a camisa em qualquer canto, ajudando Lindsay a puxar o zíper da roupa justa de vinyl. Nunca esteve com uma garota antes, e por pouco achou que não saberia o que fazer, mas deitou, trilhando os beijos pelo seu corpo, nem um traço de culpa se passando por ele.

Não estava mais concentrado no que acontecia da porta para fora.

Se ele gostasse de estar com garotas, diria que Lindsay era uma das mais bonitas que ele já havia visto, ao menos era o que seu lado bêbado dizia.

Não se importou com os breves gritos de dor da garota, nem com as unhas em suas costas, mesmo porque logo ela já estava o beijando novamente, as pernas seguras em volta de seu quadril, a cabeça jogada para trás em alguns momentos. Ouviu quando a porta abriu e se fechou, mas nenhum dos dois se importou em olhar para trás.

Seu abdômen se contraiu, e ele sentiu aquela onda que ele nunca conseguiria explicar emanando por seu corpo. Se afastou dela, ouvindo uma série seguida de palmas fortes vindo trás dele. Girou a cabeça devagar, sabia que ele estava ali.

Soube desde que ouviu o “click” da porta.

- Feliz, John Nolan? – a voz arrastada de Jesse soou do escuro.

- Jess? – exclamou Lindsay, puxando o lençol para se cobrir.

- Espera, dá pra explicar. – John se ouviu resmungando, caçando suas roupas pelo quarto, se vestindo.

- Não, não precisa. Eu estou indo pra casa. – disse irritado, saindo e batendo a porta. Tudo estava se mexendo, se manter em pé estava sendo difícil. Pegou seus óculos, os colocando sobre o rosto de qualquer jeito, abriu a porta a tempo de ver Jesse descendo as escadas.

- Jesse! – chamou alto, ouvindo risos ao seu redor, fumaça do gelo seco, gente apontando. Empurrou algumas pessoas, começando a descer as escadas às cegas, tropeçando e pisando em falso, caiu nos últimos degraus, e Jesse já estava na porta. –Jesse, espera! – gritou de novo, tentando sobressair sem sucesso o som. Se levantou com dificuldade, ouvindo Vinnie gritar qualquer coisa sobre Lindsay, mas ele não queria saber da Lindsay naquele momento, seu problema era Jesse. Precisava se explicar, dizer que foi culpa de Adam, tudo culpa do idiota do Adam.

Só não sabia dizer quando havia decidido que a culpa não era sua.

Jesse estava atravessando o gramado, apoiado por Brian e Garrett no instante em que ele conseguiu sair.

- Jesse, fala comigo! – pediu gritando. Se sentiu aliviado quando o garoto de vestes pretas se virou para ele, dando passos largos em sua direção. –Jesse, não foi minha culpa!

Percebeu Adam e Matt se aproximando apressados.

- Não foi? – Jesse riu.

- Não, não foi. Eu não queria fazer isso. – disse, se sentindo patético, gesticulando e falando tudo um tanto torto demais.

- Não queria mas fez. E eu sei porque você fez, porque aquela ameba do seu namorado mandou! Mas olha só como você é burro. – riu sacudindo a cabeça. –Eu ia terminar com a Lindsay hoje.

- Por que? Ela gosta de você. E você tem que se sentir magoado, porque o objetivo era te magoar, não que eu quisesse, mas era o que o Adam queria. No começo eu também queria, isso é confuso, não é? – disse, sentindo o corpo pesado, Jesse estava tão distante...

- E eu gostava dela, mas... – Jesse começou a tentar argumentar.

- Mentira! Você traía a Lindsay com o Kevin o tempo inteiro! – exclamou indignado, apontando um dedo na direção de Jesse, que riu alto, se afastando dele.

- Traía, traía sim. Mas você não é o senhor fidelidade, não é mesmo, John? – comentou, parecendo mais seguro do que falava. E se ele ia contar o que ele achava que ele ia, então John precisava dar um jeito de fugir logo. Olhou para um lado e não viu nada, olhou para o outro e encontrou Adam o encarando confuso.

- John? – Adam perguntou. Era como se alguém estivesse apertando seu estômago. Estava tudo errado, tudo indo por água abaixo.

Ou acima.

- Ué, você não contou pro seu namorado o que aconteceu semana passada? – riu. –Não contou que você ficou comigo, John? – fez uma pausa em que suspirou, parecendo desgostoso.

- Você não tinha o direito de falar isso. – resmungou mais do que falou, sentindo a cabeça girar, algo tentando subir por sua garganta.

- Não tinha o direito? – Jesse gritou. – Eu tinha todo o direito do mundo! Você sumiu por quase cinco anos, chegou aqui se fazendo de inocente, achando que tudo seria muito fácil, começou a namorar o meu ex! Eu não precisava ter aceitado você de volta, mas o que eu fiz? Hein, John Nolan? Eu te aceitei de volta, eu te apresentei meus amigos, eu te ensinei a tocar, eu te elegi meu melhor amigo de novo, e sabe o que mais? Eu me apaixonei por você. Eu achei que nós daríamos certos, confiei em você, achei que você tivesse paciência pra esperar eu resolver tudo, e o que você fez? Você me traiu! - Jesse estava gritando muito. – Você me traiu, com a minha namorada! E agora você vem de novo com essa cara de quem é inocente, querendo perdão... mas deixa eu te contar uma coisa, John Nolan, você não vai ter perdão dessa vez. Você mudou. Você se tornou um idiota que segue cegamente o que o Adam manda, você não é mais o John que eu conheci. E eu não quero mais você fazendo parte da minha vida. – começou a dar passos para trás, ao mesmo tempo em que ele ia pra frente. Jesse o amava e eles tinham que ficar juntos! Jesse precisava o perdoar. – Aliás, Nolan, eu quero que você sofra um acidente de carro bem feio, e morra. Eu te odeio.

John viu quando Jesse girou nos calcanhares e saiu correndo com Brian em seu encalço. Procurou a primeira coisa sólida que conseguiu e se apoiou, deixando que tudo que ele tinha no estômago saísse.

Sua cabeça doía.

E alguém estava massageando suas costas enquanto ele vomitava.

E só conseguia se lembrar disso.