P.O.V. Titus.

Ela estava sendo julgada e não parecia se importar com isso.

Estava muito enfeitada com um belo penteado, jóias e um vestido maravilhoso.

—Você é acusada de matar Lorde Balem Abrasax. Como se declara?

A resposta dela chocou a todos.

—Culpada. Ele me atacou e eu o drenei até a morte. O sangue dele não era nada demais. Eu esperava mais, porém seu sangue era terrivelmente comum.

—A acusada se declara culpada. A pena por seu crime é a morte.

—E como você pretende me matar? Fato interessante sobre mim, eu... sou... imortal.

Os olhos dela mudaram de cor. Aquele mesmo violeta de quando ela era criança, vimos os dentes caninos dela virarem presas afiadas. E ela começou a atacar deixando o juiz por último.

Ela se divertia vendo-o apavorado no escuro. Podíamos ouvir a risada.

—Dela.

—Pare demônio!

—Não sou demônio. Eu sou uma híbrida.

As luzes se acenderam e o juiz tentou correr.

—Não seja bobo.

Ela era mais veloz.

—Você não pode correr mais que eu. E eu sei o que está nesse seu coraçãozinho negro. Você gosta de condenar os outros a morte.

O juiz jogou ácido no rosto dela. Ela se feriu porém, o ferimento cicatrizou.

—Qual é cara, isso não é jeito de se tratar uma dama.

Com um tapa ela lançou o juiz longe.

Então, depois dele implorar ela agarrou o pescoço dele.

—Por todo o sangue inocente que você derramou.

P.O.V. Kalique.

Ela o assassinou. O matou como fez com Balem.

—Você faz isso por prazer. Você mata por prazer.

—Eu estou eliminando o lixo. Eu provavelmente salvei mais vidas do que tirei. Todos os homens que eu matei, eram monstros. Como você. Posso não ser humana, mas eu tenho humanidade.

—Tem humanidade? Matou meu irmão.

—Ele matou sua mãe! Ele matou a própria mãe!

—O que?

—Você não sabia? Fale o que quiser dos Mikaelson, mas nós protegemos a família sempre e para sempre.

—Você acha que eu não tenho humanidade?

—Você nem faz ideia do que está me falando, aquele móvel tem mais humanidade que você. E o seu irmão já tava morto. Tão morto quanto você, o meu avó está mais vivo que você, e ele nem tem batimento cardíaco. Balem não passava de uma casca vazia.

—E você não?

—Eu mataria e morreria pelos meus pais, pelos meus avós, meus amigos, minha família. E você mataria e deixaria sua família morrer se isto lhe concedesse mais poder. Ou mais tempo. Por milênios vocês nunca experimentaram amor ou paz. Porque será? O conceito de eternidade parece ótimo, até você finalmente perceber que vai passa-la sozinha.

—Você é sempre tão pessimista?

—Você é sempre tão iludida? Você não tem um companheiro ou companheira, se quer tem um amigo. Não sabe o que é o amor, nunca ouviu uma música que expressasse algum tipo de sentimento. Está sempre cercada de gente, mas a sua solidão é esmagadora, sempre enfeitada com jóias e vestidos lindos, mas Meu Deus como você é feia.

—Eu não sou feia.

—Você acha?

Ela reuniu espelhos á minha volta, todos eles me refletiam. Não havia uma brecha entre eles.

—O que está fazendo?

Diana jogou sal no chão, o sal formava uma figura.

—Olhos seus olhos meus, mostre agora aquele que é o meu verdadeiro eu. Olhos seus olhos meus reflexo da alma, mostre agora aquele que é o meu verdadeiro eu.

Quando eu olhei aquilo soltei um grito de pavor.

—Você estava dizendo.

A figura a minha frente tinha poucos cabelos grisalhos e finos, seus dentes eram apodrecidos, sua pele era enrugada decomposta. Ela usava farrapos.

Fiz um movimento e a criatura refletida no espelho o copiou.

—O que?

Cada movimento que eu fazia o espelho refletia sem um segundo de atraso. Então, notei que havia outra figura ao lado daquele ser horrendo.

Os cabelos louros, cheios de cachos volumosos, os olhos azuis e...

Era ela. Era Diana. Ela tinha imperfeições, porém era bela.

—Sou eu.

—Agora você vê o quanto você é bela.

—É um truque!

—Não. O que você vê é o que você é.

—Como eu... como eu me torno bela de novo?

—Você nunca foi bela. Não por dentro.

Titus também se olhou e ele era horrível!

—Como nós somos assim?

—Vem perguntar pra mim? Pergunte a si mesmo. Eu vou voltar para a Terra. Para a escola. Vai haver um festival.

—Um festival?

—O festival da primavera. Deviam vir comigo, talvez aprendam alguma coisa.