P.O.V. Hope.

Todos na família tem algum talento para artes. Eu assim como meu pai gosto de pintar.

Mas, Diana e Kat sempre gostaram mais de dançar. Elas vão dançar no festival da primavera.

Diana vai dançar uma coreografia de dança indiana. Vão haver muitos seres sobrenaturais no Instituto hoje.

Eu passei meses pintando as decorações. E a Diana está muito bem enfeitada.

Brincos indianos, pulseiras, delineador preto sombra esfumada e gloss rosa. Diana tinha os cabelos lisos e presos com enfeites indianos.

O salão estava decorado com coisas de todas as partes do mundo. Porque no festival da Primavera vinham seres sobrenaturais de tudo o que era lugar e desta vez temos até alienígenas.

O sari rosa com detalhes em dourado que combinava muito bem com a sua pele clara.

—Pronta?

—Estou. Vocês estão prontas meninas?

—Vamos nessa.

Claro que a Diana tinha arrumado dançarinas de fundo para acompanhá-la. Todas as dançarinas de fundo estavam com sari branco, mas enfeitadas.

P.O.V. Pouge.

Nem sei porque todos os anos desde a inauguração deste Instituto o Caleb insiste em vir a este festival ridículo.

Nós somos os filhos de Ipswitch.

Caleb Denvers, eu Pouge Parry, Reid Garwin, Tyler Simms e Aaron Abbot.

O Caleb namora a Sarah. Sarah é humana, mundana ela não é sobrenatural.

—Eles capricharam esse ano.

—Sempre capricham.

—Se anime Pouge. Não é sempre que podemos estar entre os nossos, nos mostrar sem temor e sem sermos julgados.

Disse o Caleb e então, as luzes se apagaram e acendeu-se um holofote no palco. A garota estava de costas. Saia rosa e top rosa. Era um Sari.

Ela era loira. Então ela começou a dançar.

Foi um belo espetáculo.

—Será que ela é indiana?

—Eu não sei.

—Se liga, ela é loira Sarah.

—E dai? Não significa nada.

Quando o show acabou ela começou a cumprimentar as pessoas.

—E ai gatinha, você não é indiana é?

—Não. Sou americana.

—Eu disse.

—Eu sou Diana Herondale.

—Herondale? Como os malditos caçadores de sombras? Aceitam caçadores de sombras aqui?

—Pouge!

—Eu sou só meio shadowhunter.

—E o outro meio?

—Bruxa e vampira.

—Caramba! Uma híbrida.

—Uma humana. Ela não vai ficar meio deslocada e talvez um pouco apavorada?

—Porque eu ficaria apavorada?

Uma garota jogou uma bola de fogo na outra.

—Ops. A Josie já tá brigando com a namorada.

—Elas brigam assim?

—Estamos num dia calmo. Os lobos vão se transformar hoje, até os híbridos. Mantenha sua namorada dentro da propriedade.

—Lobos? Tipo... lobisomens?

—Não minha querida, não tem nada de tipo.

—Lobisomens de verdade?

—Ela é mesmo uma mundana.

Disse a garota de Sari rosa rindo.

—Como é mesmo o seu nome?

—Eu sou Diana.

—Porque você não gosta desses caçadores de sombras?

—Caçadores de sombras matam bruxos, vampiros e lobisomens.

—Eles se acham porque tem sangue anjo.

—Anjo? Tipo, anjo do céu?

—Esses ai mesmo.

—Você tem sangue de anjo?

—Tenho.

—E é uma vampira?

—Sou.

Então eu vi os colares no pescoço dela. Os brasões.

—Petrova, Mikaelson e Herondale? Você é descendente de três famílias reais? Uma de cada raça?

—Sou.

—Famílias reais?

—Petrova é realeza bruxa. Amara Petrova é a primeira imortal do mundo, os Mikaelson são os primeiros vampiros e os Herondale são descendentes do primeiro caçador de Sombras.

—Como vocês?

—Existem várias famílias importantes no submundo. Mas, os filhos de Ipswitch apesar de sermos famosos não somos tão poderosos assim.

—O poder dos filhos de Ipswith tem origem nas trevas. Por isso quanto mais eles usam, mais dano isso causa ao seu corpo.

—Diana está certa. O Poder acaba consumindo a gente.

—Como o que aconteceu com seu pai.

—Isso.

—Você é uma ótima dançarina e está muito linda com esse sari. Eu não ligaria de ficar com uma vampira, pode até chupar meu sangue.

P.O.V. Diana.

Esse cara é um imbecil.

—Desculpe, sou alérgica á sangue de idiotas.

A garota pegou uma das taças.

—Eu não beberia isso se fosse você.

—Porque não? Sou maior de idade.

—Isso não é vinho.

Ela fez uma cara.

—Credo!

—Deixa, eu te salvo.

Peguei a taça da mão dela.

—Bem vinda ao Instituto Salvatore. Bem vinda ao nosso mundo. Humana.

P.O.V. Sarah.

Ela bebeu o sangue da taça e os olhos dela mudaram de cor. Ficaram violeta.

—É mais assustador do que os olhos pretos do Caleb. Como vampiros podem andar no sol? Eles não... queimam?

—Eles tem proteção.

—Protetor solar?

—Não.

P.O.V. Titus.

É estranho, um festejo onde as pessoas estão realmente felizes. O jeito deles dançarem... era diferente. Havia...

—Emoção. A palavra que está procurando é emoção.

—Quem é você?

—Edward Cullen. Eu sou o bisavô da Diana.

—Está bem para um bisavô.

—Eu tenho quatrocentos e cinquenta anos.

—Sou mais velho.

—Sei. O mortal de milênios de idade. Eu matei, eu não nego. Nos anos cinquenta, eu usava a minha telepatia para encontrar homens que faziam coisas abomináveis e eu os matava.

—Telepatia? Pode ler mentes?

—Posso ler todas as mentes desse lugar exceto as da minha esposa, minha filha, minha neta e minha bisneta. Os híbridos herdam as habilidades dos pais e desenvolvem as suas próprias.

—Interessante.

P.O.V. Sarah.

Tinha tanta coisa que eu não sabia. Era um mundo dentro do mundo.

—Quem é aquela moça ali?

—Lena Duchannes. Ela é uma bruxa, conjuradora. Você não chama um conjurador de bruxo. Nunca.

—Porque?

—Imagine que existam vários tipos de bruxos. Como... tribos. A tribo da Lena é a dos conjuradores. Lena é a única conjuradora que foi invocada tanto para a luz quanto para as trevas.

—Invocada?

—Quando um conjurador faz dezesseis anos, seja homem seja mulher ele passa pelo o que chamam de invocação. Sua magia é invocada para a luz ou para as trevas dependendo da verdadeira natureza do conjurador. A família Duchannes é muito importante eles são parte da Congregação.

—Congregação?

—É tipo um conselho de seres sobrenaturais.

—E Lena estuda aqui?

Diana fez que sim com a cabeça.

—Ela é vampira?

Desta vez a resposta foi negativa.

—E de que tribo de bruxas você vem?

—Viajantes. Somos chamados assim porque podemos nos transferir para dentro do corpo de outra pessoa. Como um parasita no seu cérebro. Mas, é necessário um feitiço para que o viajante tome total controle do corpo do hospedeiro. Geralmente somos apenas passageiros.

—Eu ein.

—Lena namora um mortal. O nome dele é Ethan. Ele é tão humano quanto você. Eles vem da Louisiana. Como a minha tia e minha mãe. Tia Hope é parte vampira, parte lobisomem, parte bruxa. Ela pode se transformar em loba sempre que quiser.

—Vampiros também tem tribos?

—Clãs. Quando se trata de vampiros são Clãs. E bruxas são Covens.

—E quais são os Clãs mais importantes?

—Da raça do meu avô Elijah, os Mikaelson é claro. São os Originais. Agora da raça do meu bisavô, temos os Volturi, os Cullen e os Originais o Clã que gerou todos os outros Clãs. O Clã Corvinos. Os Volturi, os Cullen, os nômades são todos descendentes de Marcus Corvinos.

—Descendentes? Então são todos parentes?

—Não exatamente. Marcus Corvinos é o primeiro vampiro natural e ele foi transformando um, depois outro, o vírus foi evoluindo, mudando.

—Então todos os vampiros de todos esses Clãs, vieram desse Marcus?

—Isso. E Marcus e William vieram de Alexander Corvinus. O primeiro verdadeiro imortal natural.

—William é vampiro também?

—Lobisomem. Existem dois tipos de lobisomens, os Lycans que vieram de William e os licantropos que vieram da maldição da Hollow.

—Maldição? Ser lobisomem é maldição?

—É. Os primeiros licantropos são os Laboneire. São sete primeiras famílias de licantropos. Os Laboneire, Os Lockwood, os Kenner, os Robles, os Carlton, os Elias e os Nothingham.

—E os Lycans?

—Não sei muito sobre os Lycans, só que o primeiro Lycan foi Lucian. Ele era escravo de um vampiro chamado Viktor Vladescu. Amava a filha dele, Sonja Vladescu. Mas, Viktor a matou porque ela estava grávida de uma criança meio vampira, meio Lycan. Foi assim que a guerra começou.

—Guerra?

—A Guerra entre vampiros e Lycans. Tá vendo aquela menina ali?

—Estou.

—Aquela é Eve Corvin. Ela é filha de Michael Corvin, os últimos descendentes vivos do clã Corvinos. Ela e o pai dela são realmente parentes de Alexander, Marcus e William. O pai dela é um híbrido. Parte vampiro, parte Lycan. E ela é o híbrido, do híbrido. Como eu.

—E a mãe dela?

—Selene. A mãe dela é uma mercadora da morte.

—Mercadora da morte?

—Sobrenatural que caça sobrenatural. Agora os mercadores da morte são como a polícia.

—Polícia sobrenatural.

—Lycans não precisam da lua cheia para se transformar e quando se transformam não é como um licantropo. Licantropos se transformam completamente em lobos. Lycans tem pelos e cara de lobo e garras, mas eles são bípedes mesmo transformados. É meio grotesco.

—Vampiros viram morcegos?

—Não.

—E bruxas não voam em vassouras eu presumo?

—Não. Feiticeiros tem caldeirões.

—Feiticeiros?

—Parte demônio, parte humanos. Um dos pais é demônio e o outro...

—Humano.

—Água benta funciona?

—Nem contra vampiros e nem contra demônios. Porém, demônios não podem entrar em igrejas, templos, monastérios ou cemitérios porque é solo consagrado. Os vampiros da raça dos meus parentes Mikaelson não podem entrar em cemitérios á menos que sejam convidados e nem na sua casa. Tome. Beba.

—O que é isso?

—É uma erva. Chama verbena, enquanto estiver com você ou em você impede o controle mental. Se vai ficar aqui é melhor que esteja protegida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.