Joaquim acompanha com o olhar os passos daquele senhor se afastando do local, como que tentando descobrir qual a direção que irá tomar. Repentinamente assusta-se. Sente que alguém lhe pusera a mão no ombro...

Albertinho (despertando o advogado): Joaquim!... Ei... rapaz...

Joaquim: Ah!...O que foi Albertinho?

Albertinho: O que foi pergunto eu? De repente parecia que não estava mais aqui...

Joaquim: Nada não... Apenas algo sem importância...

Albertinho: Pois bem.. então vá colocar esse uniforme... O Teodoro,que conhece as instalações, vai contigo...

Fernando: E sejam rápidos! O match vai começar!

Os rapazes vão ao vestiário e rapidamente vestem o fardamento do Federal Sport Club. Ao voltarem, todos os jogadores encaminham-se ao campo e logo o árbitro dá início ao match. Toda movimentação em campo é acompanhada com entusiasmo pelo público. Alguns chutes a gol são dados, sem no entanto abrirem o placar daquela partida. Enquanto o jogo segue, no local destinado aos espectadores, Filipa e Manoela conversam animadamente...

Filipa: Como isso é agitado!... Não sei como esses rapazes conseguem correr sob esse sol tão forte...

Manoela: Realmente!.. Mas estou achando isso tão maçante!.. Afinal,qual o objetivo disso?.. Só vejo um bando de homens correndo atrás de uma bola...

Filipa: Ah... desculpa Manu!... Não pensei que isso ia te desagradar tanto...

Manoela: Não... não me desagrada!...Fora que sei que querias ser um pouco gentil com nosso colega... O amor é tão lindo...(rindo)

Filipa (rindo): Acho que não és a pessoa mais indicada para fazer chacotas aqui, afinal teu admirador também está em campo e já percebi que olhou para cá um par de vezes, entre um toque de bola e outro...

Manoela (tentando mudar de assunto) Não entendo como este esporte funciona...(apontando) por que aquele senhor fica correndo como uma mosca tonta?

Filipa: Isso... finja-se de desentendida!... Aquele ali é o árbitro... Ele precisa acompanhar de perto os jogadores que estão com a bola para verificar se não há nenhuma irregularidade no lance...

Enquanto isso no campo, Humberto detém a posse de bola... Dribla o adversário e cruza, caindo nos pés de Fernando... Este livra-se de dois jogadores e faz um lançamento longo para Joaquim que cruza para direita deixando Albertinho frente a frente com o goleiro... Ele dá um chute certeiro, que balança a rede do time adversário sem a mínima chance de defesa para o keeper da equipe interiorana... Albertinho comemora... ... Dá um soco no ar... Os outros jogadores o abraçam....Corre até a beira do campo na altura onde as moças estão sentadas fazendo um aceno para Manoela e atirando-lhe um beijo, voltando a sua posição no time logo em seguida... Manoela sorri encantada com o gesto mas fica ruborizada por agora ser alvo de todos os olhares do público presente....

Filipa: Para quem estava achando isso maçante ter um goal sendo dedicado e virar o centro das atenções não me parece algo monótono...

Manoela (sem graça): Devo confessar que não esperava algo assim... Ai que situação!

Filipa:Que situação... Como você mesma diz.... o amor é lindo! (rindo)

Manoela: Lindo e mortificante!... Estou morrendo de vergonha!... As pessoas nem sequer disfarçam

Filipa: Sim... todos querem saber quem é a moça para quem o Capitão Alberto Assunção Filho ofereceu seu tento

Perto das advogadas, Alice, Celinha e Carlota também olham disfarçadamente para as moças, comentando sobre o gesto praticado há pouco pelo filho de Constância...

Celinha: Mas quem afinal são aquelas moças? Nunca as vi por aqui...

Alice: Também não... Mas pelo jeito o primo Albertinho conhece as duas... E deve estar flertando uma delas...

Carlota: São as moças que estavam entrando com ele e Laura na Confeitaria no dia da confusão com a Yolanda...

Alice: Ah... as moças que a senhora e tia Constância estavam comentando...

Carlota: Sim... mas quem são?

Celinha: Deixa de ser enxerida!... Devem ser amigas da Laura... só isso...

Carlota: Então boa coisa não devem ser... A Laura anda com cada uma... aquela Isabel...e mais gente da mesma laia...

Celinha: Não fale assim da nossa sobrinha... Ela anda com pessoas decentes... muito mais decentes e honradas que muitas das pessoas que estão neste clube...

Carlota: Claro... como o Sr. Carlos Guerra por exemplo!... Esse senhor não deveria entrar nem pelos fundos deste lugar...

Alice: Parem vocês duas!... Olhem o match está terminando...

Ao final do jogo, uma vitória do plantel do clube sobre o time visitante, os jogadores rumam para o vestiário. Estão exaustos devido à prática do esporte sob o sol forte daquela tarde de verão. Os espectadores aos poucos dispersam-se. Teodoro vai ao encontro de Alice e da sogra, porém desencontra-se de tia Celinha, que aproveitando a distração da irmã e da sobrinha conseguira ir ao encontro de Jonas, que a chamara com certa insistência, com a desculpa de saber notícias de um amigo em comum, mas com o verdadeiro proposito de forçar um reencontro entre seu colega Guerra e a tia de Laura... Os dois demonstram algum acanhamento à presença do outro, mas não evitam um sorriso, acabando por conversar. Porém, ao perceber que o resto da família está de partida, a doce senhora despede-se atrapalhadamente, com o intuito de alcançar sua irmã e sobrinhos, acabando por pisar na barra do seu vestido e por pouco não indo ao chão... Sorte ter sido amparada pelo jornalista, que sorri e a convida para tomar um sorvete em alguma ocasião oportuna. Celinha sorri encantada e aprumando o traje despede-se de Guerra e Jonas. Enquanto isto, Albertinho e Joaquim vão ao encontro de Manoela e Filipa

Filipa (vendo os rapazes chegando) Parabéns pela vitória!

Albertinho (dando o braço a Manoela enquanto : Obrigado! E então?... O que acharam do match?

Manoela: Um tanto agitado... mas gostamos muito..

Filipa: Agradecemos o convite..

Manoela: E eu agradeço pela lembrança!.. Obrigada por me dedicar o gol...

Albertinho: E eu agradeço mais por ter vindo... Estou feliz por que está aqui...

Manoela: Obrigada...

Albertinho: E não ganho mais nada em retribuição ao meu gesto?

Manoela (divertida): Ganha... claro... (colocando as duas mãos no rosto do rapaz) Aqui está sua recompensa (dando um beijo na testa do rapaz e provocando o riso dos demais)

Joaquim: Viste só... ganhaste um prêmio por ser um menino que comportou-se muito bem (rindo)

Albertinho (tentando mudar de assunto): Bem... ainda temos o final da tarde... O que acham de irmos a Confeitaria?

Filipa: Ai... acho que prefiro não ir àquele local... tenho péssimas lembranças...

Manoela: Eu também.. Por sinal... como estarão Laura e Edgar?

Albertinho: Pois eu lhes digo que estão muito bem!.. Almocei na casa deles hoje...

Joaquim: Na casa deles? Eles reataram então?

Albertinho: E já não era sem tempo!... Esta separação deles durou demais...

Filipa: Percebe-se que eles se amam muito... Que bom que conseguiram aparar as arestas que geraram toda essa situação...

Joaquim: Sim... e se eles conseguiram... isso me dá esperança de que nós também conseguiremos meu bem...

Manoela: Mas isso não diminui minha relutância em irmos à Colonial... Tenho a impressão de que ao entrarmos naquele local todas as atenções vão novamente se voltar a nós...

Albertinho: Pois saiba que minha irmã já voltou a entrar naquela Confeitaria... Acompanhada do Edgar, para a festa de noivado da Catarina...

Filipa: Eles foram ao noivado daquela mulher? São muito corajosos! Eu não conseguiria, Laura realmente merece meu apreço, é uma mulher admirável!

Joaquim: Bem... não precisamos necessariamente ir na Confeitaria... O Rio de Janeiro tem outros restaurantes.... casas de chá... Podemos ir ao Café Vila Real!... Se estão com saudades da nossa terra... a culinária é tipicamente portuguesa...

Filipa: Pois gostei da ideia... vamos meus caros?

Albertinho e Manoela concordam com a cabeça. Enquanto conversam, o casal vai caminhando para fora do clube, ganhando alguma distância de Filipa e Joaquim...

Filipa: Vamos apressar o passo... Eles estão muito adiante de nós...

Joaquim: Filipa... espera!... É bom que estejam mais adiantados... Preciso te mostrar algo que descobri hoje aqui no clube.. Olha isto... ( retirando do bolso do paleto e passando o papel de recebimento do uniforme para a moça)... Repare na assinatura do rapaz que entregou-me o fardamento...

Filipa: Joaquim! Se não é a mesma firma do recibo do hotel... é muito semelhante!

Joaquim: Exatamente...

Filipa: Então ele trabalha aqui... Vamos procura-lo...ainda deve estar pelo clube...

Joaquim: Meu amor... é melhor sermos prudentes...e termos certeza que as assinaturas são as mesmas antes de interroga-lo...

Filipa: Tem razão!... Segunda-feira vamos ao cartório e comparamos com a do recibo... deixaste lá, não foi?

Joaquim: Sim... e agora sei o nome deste senhor... chama-se Rufino Alves dos Santos... Se esse senhor tiver firma reconhecida, tendo o nome dele fica mais fácil para procurarem a ficha... Isso se já não tiverem encontrado...

Filipa: E depois que confirmarmos que as assinaturas são as mesmas... vamos poder interroga-lo... O senhor tem se saído um ótimo investigador, Dr. Joaquim Castro!(passando os braços pelos ombros do rapaz)

Joaquim: Aprendi com a melhor... (envolvendo a cintura e beijando Filipa) Agora vamos... Albetinho e Manoela devem estar a nossa espera...Ah... comente com Manoela no hotel... Acho que Edgar não quer a princípio que mais gente saiba que estamos investigando a paternidade de Melissa...

Filipa: Certamente... Agora vamos?

O advogado dá o braço a Filipa e ambos saem do Clube com o passo apressado, com a intenção de alcançar o casal de amigos, que já se encontra longe dali.. Aquela noite passa de forma tranquila... O domingo daquele fevereiro de verão amanhece preguiçosamente. O sol desponta timidamente amarelando nuvens carregadas, anunciando que chuva não tarda a chegar. Na casa do casal Vieira, Laura e Edgar ainda encontram-se aconchegados na cama... O final de semana sem compromissos laborais permite que ambos desfrutem de mais algum tempo passado manhosamente na companhia um do outro...

Edgar: Bom dia meu amor (roçando o braço dela com a barba)dormiram bem?

Laura: Sim meu amor... Dormi muito bem...

Edgar: A gravidez está te deixando cada dia mais bonita...

Laura: Edgar... Ainda nem dá para perceber...

Edgar: Quem disse que não? Talvez os outros, mas eu percebo... (pondo a mão na barriga dela) ele já está se fazendo notar, senhora Vieira...

Laura: E quanto a ficar bonita...Vamos ver o que você vai dizer quando a minha barriga já não deixar tanto espaço para o senhor nesta cama...

Edgar: Vai estar linda... afinal tem um filho nosso crescendo no teu ventre... E quanto ao espaço... eu me viro do jeito que for... Só não me peça para sair daqui... de perto de vocês (aconchegando-se mais a ela e lhe dando um beijo no pescoço)

Laura: Eu não faria uma sandice dessas!... Quero você perto de mim o tempo todo... todos os dias..

Edgar (fazendo menção de levantar): Eu também... quero você para sempre...

Laura: Onde o senhor pensa que vai tão cedo em uma manhã de domingo? Não vá me dizer que pretende ir à missa...

Edgar: Bem... acho que não teria nada de errado se fossemos a missa... Por sinal a senhora iria me acompanhar obviamente

Laura (fazendo cara de espantada): Ah... claro... obviamente...

Edgar (enquanto faz sua toilette e começa a vestir-se): Mas... não... eu vou à tecelagem... Te falei ontem que preciso conversar com o motorista que sofreu o roubo da carga... Vou tentar falar com ele hoje mesmo..

Laura: Mas é tão cedo...

Edgar: Laura... não me olha assim... que eu vou acabar desistindo...Eu preciso realmente ir... E para sua informação mocinha... já são mais de nove horas!.. Parece mais cedo por que o tempo está para chuva... As crianças já estão há tempo acordadas e deixando a Gertrudes e a Matilde de cabelos em pé pelo que eu consigo ouvir daqui...

Laura (manhosa): Bom... já que não tem outra alternativa... vou levantar também então.. Mas pelo menos mereço um beijinho, não mereço?

Edgar (beijando os lábios da esposa levemente): Merece todos os meus beijos... bom dia..

Edgar sai do quarto... dá uma olhada nos filhos que já estão correndo pela casa e toma a direção da rua... Enquanto Laura levanta-se e vai dar atenção aos pequenos, longe dali, na Rua dos Ipês, Catarina também já está há algum tempo desperta... Anda pela sala nervosamente... Remói pensamentos... A ansiedade que carrega consigo é visível... Aperta as mãos, já suadas pela impaciência... Ouve a maçaneta da porta... Fernando voltara, trazendo consigo a pessoa que a cantora tanto aguardava...

Catarina: Já não era sem tempo!.. Demoraste muito Fernando!

Fernando: Demorei por que o rapaz aqui se atrasou... depois não queria vir!... Catarina... este é Caniço... É dele que te falei...

Caniço: Senhora... o Seu Fernando me disse que o serviço é no Morro... Isso para mim é encrenca!... Eu moro lá... sou conhecido...

Catarina: Por isso mesmo... é perfeito!... Ninguém vai desconfiar... fique tranquilo...

Caniço: Se a dona me garante...

Catarina: Garanto... e eu pago bem!... Me recomendaram o senhor.... Dizem que seu serviço é bem feito

Caniço: Comigo não tem erro, dona... pode confiar!... Mas...quanto eu levo nisso?

Fernando: Uma boa quantia... Metade antes... metade depois... como sempre

Caniço: E para quando é o serviço?

Catarina: Vou lhe explicar o que quero... Deixe tudo preparado... e no momento oportuno lhe aviso para por em prática tudo o que vamos conversar aqui...

Catarina então passa a orientar Caniço sobre seu plano e a execução do mesmo. Neste ínterim, Laura aproveita a ausência de Edgar na casa e começa a rascunhar as primeiras ideias para a matéria que Guerra solicitara a Paulo Lima, mantendo o cuidado para que ninguém naquela casa, com exceção de Gertrudes, perceba o que está fazendo. Já na tecelagem, Edgar estaciona em frente ao portão... Desembarca do automóvel e aproxima-se da guarida, sendo reconhecido pelo vigia da fábrica, que gentilmente lhe dá passagem...

Guarda: Bom dia, Dr. Vieira...

Edgar: Bom dia, Alaor...

Guarda: Precisa de alguma ajuda?

Edgar: Na verdade preciso de um documento... Vou ao escritório...

Guarda: Fique a vontade..

Edgar: Alaor... por acaso sabe onde o Seu Francisco mora?

Guarda: Sei sim... mora na Gamboa... Mas ele não está na cidade... Saiu há três dias com uma carga de tecidos com destino a Manaus...

Edgar: Pensei que não ia viajar tão cedo para uma distância tão longa...

Guarda: O pobre também não... estava ressabiado... mas ordens são ordens...Deve voltar dentro de um mês

Edgar: Como o processo foi arquivado... agora ele pode sair da cidade sem problemas... Alaor...você estava aqui na noite que roubaram o caminhão?

Alaor: Estava... Fui eu que abri o portão para saírem... Era mais ou menos três horas da manhã

Edgar: Por que saíram tão cedo? O navio só iria zarpar às sete horas... Quem ordenou isto?

Alaor: O próprio Sr. Fernando. Ele disse que era preferível chegar ao porto mais cedo do que perder o horário de embarque... Sabe Dr... eu não quis dizer nada na época... mas aquilo me pareceu muito estranho... O Sr. Fernando nunca foi de se preocupar com essas coisas... Quem cuida disso sempre é o moço da expedição...

Edgar: Fernando... (balançando a cabeça negativamente) Obrigado Alaor... bom domingo...

Edgar sai daquele local atordoado... Nem precisara conversar com o motorista... A ordem partira de seu irmão!... Não acredita que o motivo para a carga sair da fábrica tão cedo tenha sido esse... De todos os modos precisa investigar... Tudo aquilo lhe desperta desconfiança... precisa averiguar se Fernando tem pago o empréstimo... Isso se esse empréstimo realmente existe...

O resto daquele domingo passa placidamente. Edgar e Laura conversam, namoram, brincam com as crianças... Na casa de Carlota, Teodoro e Alice despedem-se e voltam para Macaé, sem tia Celinha, que resolvera-se mesmo por permanecer na capital. Já na casa dos Assunção, o senador dá várias recomendações a seus empregados e também embarca em um coche... Pretende passar parte da safra de laranjas na fazenda que pertence à família em Minas Gerais.

A noite chegara trazendo com ela a chuva que o dia todo prometera cair mas só agora resolvera despencar...Edgar não quer preocupar a esposa, mas a professora, que há algum tempo percebera que algo está inquietando o advogado coloca as crianças para dormir e quando percebe que estão sozinhos, serve um taça de Porto ao marido e procura entender o que se passa com Edgar...

Laura: Meu amor... desde que chegou notei que estás preocupado...

Edgar: Não é nada meu bem...

Laura: Como nada? O que aconteceu?

Edgar: O Alaor... vigia da tecelagem... me disse que na noite do roubo de carga o caminhão partiu da fábrica de madrugada por uma ordem direta do Fernando! Laura, o Fernando nunca se preocupou com a expedição de mercadoria...Meu irmão está envolvido com esse roubo!.. Tenho quase certeza disso..

Laura: Isso é muito grave! Mas como vai provar isso? É uma acusação muito séria para ser lançada com base apenas em hipóteses...

Edgar: Eu sei meu amor...Preciso averiguar tudo isso com cuidado...

Laura: Eu tenho certeza disso...

Edgar (puxando Laura para mais perto): Agora venha cá... Acho que não terminamos um assunto que tínhamos começado hoje pela manhã...

Laura (dando um beijo no marido): Bem... O senhor advogado foi quem resolveu interromper o nosso colóquio...

Edgar: Sim... mas agora acho que podemos retomar nossa conversa (dando um beijo ardente em Laura)

Laura: Bem... acho que temos um local melhor para discutirmos...(apontando para o andar superior)

Edgar: Ótima ideia...(dando um beijo rápido) aprovada por unanimidade de votos... Me acompanha, senhora minha esposa?

Laura (rindo e beijando o esposo): Certamente... senhor meu marido...

Edgar e Laura vão para o andar superior entre abraços e muitos beijos. Amam-se e adormecem serenamente embalados pelo som da chuva calma contínua daquela noite de verão. A noite chuvosa dá lugar a mais um dia de sol na Capital da República. Joaquim, Filipa e Manoela andam a passos largos pela rua... Confabulam quais os próximos passos a serem dados nas investigações..

Manoela: Estamos no caminho certo...

Joaquim: Sim...e algo me diz que logo vamos elucidar esse caso...

Manoela: Bem.. no momento o que precisamos é interrogar esse senhor... e depois prestar contas de nosso trabalho até aqui para o Edgar!... Ele precisa ser informado do andamento das investigações

Filipa: Tenha certeza disso... assim que tivermos dados concretos passaremos ao Edgar... E quanto ao interrogatório...é precisamente o que vamos fazer agora, minha cara amiga!... Vamos ao Federal Sport Club... conversar com Rufino Alves dos Santos...