— Preparada para conhecer sua filha, mamãe? – a mulher disse e Inês não se conteve e chorou com as mãos tremendo.

— Eu nunca estive tão preparada em toda a minha vida! – soluçou e tentou conter suas lagrimas enquanto a enfermeira se aproximava de sua cama.

—Amor, me dá ele... - Victoriano pediu José e ela tirou os olhos da filha por um momento e o olhou. - Depois você termina de dar mama.

Inês o tirou do seio com um pouco de trabalho e ele chorou, mas Victoriano o pegou mesmo assim e deu a chupeta que ele devorou como se ali fosse o peito, era tão pequeno e precisava tanto de amor que Inês se sentiu partir, mas queria tanto ver o rosto de sua filha que se apressou em pega-la em seus braços.

Helena era tão linda e estava dormindo com uma chupeta rosa, dando um tom diferenciado a sua roupa branca com apenas alguns detalhes rosa no laço que ia no meio da roupinha e no laço que estava em seu cabelo, Inês chorou e olhou o seu amor que sorriu ali com as duas.

— Ela é a minha cara, não é? - ele riu todo orgulhoso e ela sentiu o cheiro de sua menina que apenas abriu e fechou a mãozinha se alinhando ainda mais em seus braços.

— Com toda certeza ela puxou a mim! - ela disse rindo e secando as lagrimas. - Oi minha princesa. - segurou a mãozinha dela. - Desculpa, mas mamãe não conseguiu te acompanhar nos primeiros dias, mas seu papai já me contou que você provou ser uma verdadeira Huerta Santos que não se deixa abalar por nada.

Victoriano estava todo embobado com aquela imagem e encheu os olhos de lagrimas, mas não chorou era "macho" demais para se render ali na frente de três mulheres e ele apenas fungou fazendo Inês rir e voltar a olha-lo.

— Pode chorar, amor. - ele se aproximou e beijou os lábios dela.

— Eu não choro! - eles riram e José reclamou, ele estava mesmo com fome.

— Me dá ele que ele está com fome, ela está tranquila e parece que não vai acordar agora!

— Ela mamou tem umas duas horas, ela dorme bem! - a enfermeira respondeu e pegou Helena para que ela pegasse José que largou a chupeta chorando mesmo com o peito na boca.

Victoriano pegou a filha e a encheu de cheiro e ela apenas largou a chupeta fazendo bico como se chupasse algo, Inês com calma e amor conseguiu acalmar José que novamente sugou com fome.

— Quando eu posso levar minha filha para casa? - Inês perguntou enquanto cobria melhor José que tinha a mãozinha gelada.

— A duas horas atrás, Helena, fez todos os exames e os resultados saíram a pouco e ela pode ir para casa hoje com a senhora e seu marido! - falou sorrindo. - A nossa menina foi muito guerreira e o paizão aqui não deixou de cuidar um dia se quer dela.

Victoriano sorriu todo orgulhoso e Inês segurou a mão dele e beijou.

— Ele é sim o melhor pai do mundo! - sorriu e ele abaixou beijando ela.

— Eu desejo tudo de bom para vocês e essas duas gracinhas que são seus filhos, mas Helena precisa de um cuidado dobrado de preferência que não saia de casa nesses primeiros dias, deixa ela tomar as primeiras vacinas, sol somente os da nove da manhã e por uma meia hora não mais que isso. - começou a explicar a Inês todos os procedimentos que era necessário naqueles primeiros dias com ela e Inês ouviu tudo atentamente e a enfermeira depois de se despedir saiu avisando que a bolsa dela estava ainda no berçário.

Victoriano colocou Helena no pé da cama e ajudou Inês com José que já estava adormecido também, o colocou ao lado da irmã e sorriu ajudando sua morenita a ficar de pé e quando ela estava ele a beijou com todo amor que podia existe dentro dele e o que não cabia também. Inês o segurou em seus rodeando seu pescoço e sorveu daquele amor que ele tinha para dar a ela, era uma como uma injeção que lhe injetava vida e ainda mais amor.

— Para que eu sou um homem que não transa a muito tempo! - falou rindo com a testa colada na dele. Ela riu.

— Se você for rapidinho e me ajudar a me trocar, me levar para casa e a gente cuidar dos nossos filhos eu posso te dar um agradinho... - desceu a mão pelo peito dele até chegar em sua calça aonde ela apertou o membro dele que já estava semiduro pelo beijo e ele grunhiu tirando a mão dela dali.

— Aaaaahhh Inês! - ele a pegou no colo e a levou para o banheiro ajudou com a camisola, mas não ficou ali para vê-la tomar banho era ser masoquista demais.

Inês riu do jeito dele e meia hora depois estava pronta e sentada em sua cadeira com os dois bebês no braço saindo do hospital, quando ele parou do lado de fora para colocar os filhos um em cada cadeirinha, sim o homem estava equipado para tudo. Inês sentiu aquele vento tocar seu rosto como uma caricia e fechou os olhos sorrindo era tão bom estar viva.

Depois de presos e devidamente ajustados com suas chupetas ele a colocou no carro e voltou para devolver a cadeira, Inês namorou seus bebês, sim, seus porque iria ajudar Victoriano a ficar com ele já que Débora não mostrava responsabilidade alguma. Ele voltou e dali eles partiram para a casa nova, para uma vida nova.

[...]

TEMPOS DEPOIS...

Débora resolveu aparecer e levou o filho naquela mesma tarde em que Inês saiu do hospital, Victoriano ficou revoltado, mas nada pode fazer já que ela era a mãe e Inês com seu jeito dócil o acalmou e o convenceu a falar com o advogado se queria o filho com ele. No tempo que passou ele ia todos os dias ver o filho e se certificar que ela o cuidava direito e pelo que percebeu ela esta mesmo empenhada em ser uma mãe melhor, mas ele não deixou de estar ali pendente de seu menino e sempre que podia o levava para ver Inês e as irmãs.

Alejandro naqueles dias contou para as filhas que Inês era avó delas o que as encheram de alegria e a todo tempo ficavam pedindo para que estar com ela e a pequena Helena, mas nem sempre conseguia. Depois que pediu Diana em noivado eles resolveram morar junto para testar como seria estar na mesma casa e eles estavam se dando bem e a cada dia Diana ia conquistando seu espaço no coração das meninas.

Eduardo se voltou contra Bernarda o que a deixou furiosa e jurando ainda mais vingança contra os Santos, ele convidou Cassandra para morar com ele e depois de muita briga com Victoriano, ele aceitou que ela se fosse e quando olhou nos olhos de Connie percebeu que ela e Emiliano queriam o mesmo e ele decretou que não e não.

Inês se divertia com o modo como ele cuidava de suas filhas e como ficava braço quando não conseguia manter todas ali debaixo de suas asas, Emiliano preferiu não ir morar com Inês e Victoriano já que Connie também estaria ali debaixo do mesmo teto e por respeito ele ficou em sua antiga casa, o pai não mais o viu visto que Loreto estava escondido e jurado de morte por Victoriano que o caçava dia a dia.

Mas ele não estava longe se escondia junto a seu ouro na fazenda de Victoriano e sempre que podia "visitava" Débora e dava um "trato" como ele gostava de dizer, ela muitas vezes se negava, mas nem sempre consegui se livrar dele que batia nela sempre em lugares onde a roupa tapava e ela para proteger o filho da maldade dele acabava se deitando com ele mesmo de resguardo e sentindo fortes dores.

AGORA...

— Eu preciso que você me ajude! - ele a olhava enquanto ela balançava José nos braços para que ele arrotasse.

— Eu já disse que não vou mais trabalhar para você e muito menos para Bernarda! - falou enfurecida. - Me deixa em paz eu percebi que essa vingança não vai me levar a nada e eu tenho um filho para criar agora! - José pareceu concordar com ela mesmo tão pequeno e ela sorriu.

Loreto se aproximou dela e tirou o menino de seus braços e o colocou no carrinho de qualquer jeito o que o fez começar a chorar, Débora avançou nele o enchendo de tapa, mas com apenas uma virada de mão ele a acertou no meio do rosto e ela voou para o outro lado.

— Eu vou te ensinar que erva daninha sempre será erva daninha! - Débora pegou um abajur e tacou nele que desviou.

— Eu quero que saia da minha casa agora! - ele riu e correu até ela a segurando pelos cabelos e a fazendo olhar bem para ele. - Me solta!

— Está vendo aquele lindo bebê que chora? É ele que vai morrer no seu lugar!

O seu instinto de mãe em proteger sua cria falou mais alto e a faca que sempre carregava no bolso para os "encontros" com ele ela pegou e acertou em cheio a barriga dele que urrou e a soltou de imediato. Débora correu até o carrinho e pegou o filho nos braços tentando acalma-lo e caminhou para sair mais foi ouvido dois disparos e ela arregalou os olhos.

Loreto a tinha atingido em cheio e ela cuspiu sangue no mesmo momento, ela sabia que era hora de Victoriano chegar para visitar o bebê e por isso tinha marcado o encontro com Loreto àquela hora e do lado de fora ele ouviu os tiros e saiu correndo para a porta da entra e a encontrou. Ela o olhou nos olhos e ajoelhou com o filho nos braços e ele a amparou e elas apenas desfaleceu em seus braços...

— Meu filho...