Loreto a tinha atingido em cheio e ela cuspiu sangue no mesmo momento, ela sabia que era hora de Victoriano chegar para visitar o bebê e por isso tinha marcado o encontro com Loreto àquela hora e do lado de fora ele ouviu os tiros e saiu correndo para a porta da entra e a encontrou. Ela o olhou nos olhos e ajoelhou com o filho nos braços e ele a amparou e ela apenas desfaleceu em seus braços...

— Meu filho... – Victoriano olhou para ela e depois para Loreto que arregalou os olhos com ele ali.

Débora fechou os olhos morrendo instantaneamente e Victoriano pegou o filho que chorava dos braços dela e correu o colocando no carrinho e saiu atrás de Loreto aquele maldito não sairia impune e ao passar pela empregada gritou para ela ir pegar o filho e saiu atrás de Loreto que corria para as minas onde estava seu tesouro queria se esconder e como tinha uma grande vantagem sobre Victoriano achou que iria se safar.

Loreto parou ali dentro e sentou sobre seu baú sorrindo achando que tinha conseguido se safar, mas a voz de Victoriano foi ouvida por ele que deu um pulo no mesmo momento.

— Achou mesmo que ia se safar? – Loreto tirou a arma da cintura e disparou contra ele três vezes.

Victoriano sentiu que sua vida saia de seu corpo, mas quando se olhou sorriu a arma de Loreto não tinha mais balas e ele avançou nele e começou a socar a cara dele gritando o quanto o odiava e ali descontou toda a sua raiva, sabia que poderia matá-lo ali de tanta porrada que tava em todos os lugares mais queria vingar Inês por ele ter quase abusado de sua mulher enquanto ela estava no hospital.

— Desgraçado! Eu deveria te matar, mas você vai pagar na cadeia pela morte de Débora e por tentar abusar de Inês.

Saiu de cima dele e Loreto virou para o lado tossindo sangue.

— Débora não vale nada foi ela quem atropelou Inês! – falou sendo o desgraçado que era.

— Vocês dois são farinha do mesmo saco! – Victoriano foi até ele com o coração acelerado e o pegou pelo braço e o arrastou dali.

Quando chegou à frente da casa ele o amarrou e chamou a policia, lavou as mãos e pegou o filho que tinha os olhos arregalados e soluçava de tanto que tinha chorado, precisava de Inês ali para ajudar com seu menino, mas não era possível naquele momento e ele o ninou e pediu que a empregada fizesse um leite com açúcar para aplacar a fome que o pequeno tinha.

A policia chegou e Victóriano contou exatamente tudo que sabia e viu, Loreto gritou dizendo que tinha sido Victoriano quem disparou a arma e levou um belo chute dele, Loreto foi levado assim como o corpo de Débora. Victoriano foi intimado a depor na delegacia e ele se comprometeu a fazer e foi direto para o hospital.

Victoriano queria ter certeza que o filho estava bem e o medico que atendeu José deu uma “dura” em Victoriano que explicou a ele tudo que tinha acontecido, mas não era desculpa o menino tinha apenas um mês e depois de alguns exames ele foi liberado e eles foram para casa.

Quando chegou Inês já tinha andado por toda a casa preocupada porque ele não chegava logo e quando ele entrou pela porta ela praticamente correu ate ele e pegou José em seus braços que chorou assustado e ela o acalentou em seus braços e nem pensou apenas tirou o peito e deu a ele que mamou com força se acalmando nos braços de sua mãe, porque era isso que Inês seria a partir daquele momento. Sua mãe.

— Ele esta bem? – por fim olhou o marido.

Victoriano sorriu com toda certeza do mundo ela era a mulher certa para ele, pois não fazia diferença de quem ele era filho ela apenas o amava.

— Eu te amo sabia? – se aproximou mais dela.

— Eu estou falando serio com você, meu amor. – ele riu e ela sentou no sofá.

— E desde quando te amar não é uma coisa seria? – ela riu.

— Bobo! Você entendeu! – ele sentou ao lado dela e beijou seus lábios.

— Ele está bem, pedi que fizessem um exame de audição por conta dos disparos e o medico disse que ele vai chorar porque esta assustado com tudo que aconteceu, mas nada que um peito gostoso desses e muito amor não resolva! – ela o olhou rindo e tapou o seio.

— Você para com isso! – ele beijou a boca dela com gosto e ela o segurou como pode. – Eu te amo e agora nosso filho está seguro.

— Esta sim e vamos dar muito amor a ele... Cadê minha filha?

— Esta no quarto dormindo! Como vai ficar a situação de Débora?

— Eu vou esperar o corpo ser liberado e vou enterrar, ela não tinha ninguém que eu saiba então não precisa de muita coisa! – suspirou.

Mas o que eles não sabiam era que Débora tinha sim um irmão, mas Elias também já tinha desistido daquela vingança junto a sua irmã e tinha saído do país para trabalhar e não sabia de nada que estava acontecendo.

— Sim, eu vou te acompanhar em tudo, meu amor! – ele sorriu e deu um monte de selinhos nela.

— Vou ver minha amazona e a encher de cheiro enquanto você minha meu caubói. – sorriu e beijou os dois e subiu para ficar com a filha.

Inês sorriu e olhou seu filho nos braços e acariciou seus cabelos pretos, aconchegou mais ainda em seus braços e ele largou o peito dormindo e ela ficou ali com ele dando o que sabia dar. Amor sem medidas.

[...]

Na tarde daquele dia Victoriano foi avisado que o corpo de Débora já estava liberado e ele, junto a Inês seguiram para interá-la deixando os bebês com Emiliano e Connie que babava em seus irmão. O padre fez uma pequena reza e Débora foi enterrada, era o fim de uma vingança que nunca se concretizou e da qual Victoriano nunca saberia ela morreu salvando o filho querendo ser uma boa pessoa mais muitas vezes o mal se paga com o mal e ela teve o seu fim.

Loreto foi indiciado e julgado naquele mesmo dia pegando 15 anos de prisão em regime fechado, ele amaldiçoou a todos e jurou vingança, mas nada mais poderia fazer, perdia ali naquele momento qualquer ajuda de Bernarda e todos seus negócios ficaram para ela já que ele não leu as entrelinhas do contrato que assinou com ela.

Bernarda naquele momento estava sozinha mais uma vez em sua vingança e se perguntou se era isso mesmo que queria, já tinha perdido um filho e estava perdendo o outro por uma maldita vingança que somente a levaria a uma solidão e uma vida cheia de amargura. Ela repensou toda sua trajetória até ali e resolveu que era a hora de dar uma chance ao novo e ouvir o que Victoriano tinha a dizer.

[...]

TEMPOS DEPOIS...

Inês sentia os beijos de Victoriano por seu pescoço enquanto o arranhava nas costas, era por volta das cinco da manhã e ele investia em seu corpo com fome era a única hora em que eles podiam ser um do outro sem choro de bebê gritaria de netas e os filhos pela casa, era o único momento em que eles apenas conseguiam ouvir o gemido um do outro e as juras de amor.

— Eu te amo, morenita! – a olhou nos olhos e sorriu vendo a testa dela suada.

— Eu também amo você, meu amor!

O puxou pela nuca e sorveu de seus lábios com árdua paixão e amor que sentia por ele, Victoriano era tudo para ela e agora ele estava ali e era dela para sempre era tudo que ela tinha sonhado em sua vida e nunca pensou realizar, mas a vida ela nos leva por caminhos distintos mais lá na frente sempre a uma rua que te faz voltar para o destino.

Victoriano a apertou em seus braços e moveu seu corpo de encontro ao dela era tão apertada e feita para ele, Inês era perfeita em forma de amor e ele era agradecido aos céus por ter essa chance de mostrar a ela que poderia a fazer feliz como ela merecia e sem medo algum, seus inimigos estavam fora de combate e eles viviam a plenitude de um amor puro como era sempre entre os dois.

Quando ele gozou junto a ela a aperto em seus braços deixando que seu prazer fosse todo para dentro dela ele sorriu realizado e a olhou com as bochechas e os lábios rosados pelos beijos e prazer sem igual. Victoriano saiu de dentro dela e deitou ao seu lado a trazendo para ele.

— Bom dia, meu amor! – ela sorriu beijando o peito dele.

— Bom dia! – o olhou.

— Não sabe a saudade que eu senti de você morenita! – ela riu.

— Você é tão exagerado Victoriano! – ele quase gargalhou se não tivesse lembrado que os filhos estavam ali dormindo no berço. – Acorde eles que você vai cuidar! – ela montou nele. – E eu quero mais de meu amor! – deixou que os cabelos caíssem no rosto dele e ele sorriu.

— Eu posso te dar até as oito da manhã meu amor que é a hora que nossos besourinhos acordam reclamando e pedindo o que é meu! – ele agarrou o seio dela e chupou a fazendo arfar.

— Eu amo isso! – ela falou rindo e ele fez no outro. – Eu quero mais amor!

Victoriano não pensou mais em nada apenas a girou na cama voltando a ficar por cima dela sabia que Inês adorava sentir seu peso sobre ela e chupetou os seios com ainda mais gosto, mas sempre com certo cuido por conta da amamentação e ela gemeu só para ele o abraçando com os braços e as pernas formando um laço e o sentiu novamente dentro dela e sorriu era a melhor coisa da vida estar ali nos braços dele e eles foram um do outro até que seus dois besourinhos acordaram...