Andou de um lado para o outro da sala e pegou o telefone e ligou para a casa grande e pediu para que chamassem o patrão e logo ele foi atendido por Victoriano que somente em ouviu o nome de Inês saiu em disparada para a casa dela. Foram somente vinte minutos ate que ele passou pela porta do apartamento.

— O que aconteceu? - falou jogando o chapéu em qualquer lugar.

— Eu a encontrei com meu pai... - não foi preciso mais nada e Victoriano avançou contra Emiliano o segurando pela camisa.

— Que tipo de filho é você que deixa aquele verme encostar na sua mãe? - os dois se encararam.

— Ele é o meu pai não vai fazer nada a minha mãe! - tirou as mãos dele de sua camisa. - Ele a ama e não irá fazer mal a ela! - Victoriano sentiu vontade de bater nele e antes que o fizesse saiu em direção ao quarto de Inês.

— Inês? - chamou assim que entrou no quarto e viu um monte de coisa jogado pelo chão e ele buscou com os olhos e a encontrou no canto do quarto toda encolhida. - Amor... - ele correu ate ela e a pegou em seus braços e ela se assustou. - Calma sou eu meu amor!

— Victoriano... - ela agarrou o corpo dele e ele se sentou no chão com ela a agarrando mais a seu corpo.

— Eu estou aqui amor, calma! - acariciou os cabelos dela beijando.

Inês ficou ali grudada nele por longos minutos ate que por fim deixou de chorar e o olhou nos olhos, beijou seus lábios com paixão e logo cessou o olhando novamente nos olhos.

— O que foi meu amor? O que aquele podre fez com você?

— Ele queria me tocar a força Victoriano... - ela quis chorar. - Eu odeio aquele homem e ele insiste em me tocar sem meu consentimento.

Victoriano sentiu o peito inchar de ódio e queria levantar dali e sair atrás de Loreto e dar uma nova surra nele, mas naquele momento não podia tinha que ficar ali com seu amor e dar a ela o apoio que ela queria naquele momento. Inês acariciou o rosto dele com todo amor e ficou em silencio, sabia que ele estava pegando fogo de raiva e queria que ele fosse dar uma surra em Loreto mais naquele momento não era hora para isso.

— Você tem que contar a verdade ao seu filho ou ele vai continuar a trazer aquele homem para dentro de sua casa e se isso continuar acontecendo eu vou dar um tiro nele Inês e eu vou preso mais por livrar o mundo de um ser grotesco como Loreto! - ela sentiu o corpo estremecer, sabia que seu amor era capaz de fazer isso e muito mais e o abraçou.

— Eu não posso viver sem você, Victoriano, eu não sei o que seria de mim sem você! - ele beijou o ombro dela e a abraçou mais.

— Então conte a verdade para aquele moleque e faça com que ele entenda que aquele homem não presta e que somente quer fazer mal a você!

— Ele vai surtar e querer ir atrás do pai, Victoriano, e eu não posso deixar meu filho sair agora, ele ainda esta se recuperando! - Victoriano a afastou dele.

— Inês, entenda que se você não fizer isso ele vai continuar achando que o pai é a vitima e que você é a vilã. - ele suspirou. - Eu sei que não tenho direito de te pressionar a nada, mas se você não contar eu conto! Eu não quero que chegue a noticia pra mim de que ele conseguiu te fazer mais e assim sim a desgraça toda vai ser real porque eu vou matá-lo! - Inês suspirou, sabia que ele tinha razão.

— Tudo bem Victoriano... - suspirou e levantou do colo dele dando a mão para que ele levantasse e seguisse junto a ela ate a sala. - Vamos contar logo a verdade a Emiliano.

Victoriano deu um selinho nos lábios dela e a acariciou no rosto.

— Não me entenda mal meu amor, eu só quero evitar o pior! - ela acariciou o rosto dele e o puxou para sala.

Ao passarem pela porta, Inês deu de cara com Diana, Cassandra, Connie e Emiliano que os esperavam na sala. Emiliano veio de imediato ate sua mãe e a abraçou com força quase a sufocando de tanto que a apertou.

— Emiliano... ai, esta me apertando! - ele a soltou e tocou o rosto dela.

— Esta bem chefa? - ela o acariciou no rosto e logo olhou as suas meninas.

— Nana como você esta? - Connie levantou e foi ate ela. - Emiliano me ligou e eu queria saber como estava! - Inês sorriu de leve.

— Agora eu estou bem! - olhou para Victoriano que estava ao lado dela. - Precisamos conversar Emiliano...

Victoriano olhou as filhas e fez sinal para que elas saíssem junto a ele e depois de beijar os lábios de seu amor, ele olhou Emiliano por um momento como se dissesse a ele para ouvir a mãe sem julgar e depois saiu com as filhas. Desceram e quando saiam do prédio deram de cara com Alejandro e as filhas.

Diana sorriu e foi ate eles e as beijou e abraçou Alejandro, Sabi olhou a todos e parou frente a Victoriano e o olhou de cima a baixo. Ele parecia um tanto aéreo e nem notou que ela estava ali na frente dele e quando percebeu sorriu para aquele par de olhos curiosos e abaixou ficando quase do tamanho dela.

— Olá! - sorriu para ela que estendeu a mão para ele e ele pegou. - Como se chama?

— Sabina, mas pode me chamar de Sabi! - sorriu para ele. - O senhor é o pai da Diana? - segurava a mão dele.

— Sim, e me chamo Victoriano! - ela sorriu mais e o abraçou o pegando de surpresa.

Victoriano agarrou o pequeno corpinho dela e a abraçou com gosto como se a conhecesse de uma vida toda. Alejandro os olhou e sorriu quando Marijô se aproximou deles também, Victoriano a soltou e levantou olhando Marijô que sorriu e ele a puxou para um beijo e um abraço assim como fez com Sabi, ela se agarrou a ele e sorriu.

— Suas filhas são lindas, Alejandro! - Alejandro se aproximou e apertou a mão dele.

— Vamos entrar e tomar um café? - convidou a todos e quando foi responder ouviu a voz de Inês.

— Emiliano espera, por favor! - Victoriano se virou e viu Emiliano descer correndo com o chapéu nas mãos.

— Emiliano... - Connie chamou por ele mais ele não deu ouvidos e saiu com pressa.

Inês logo apareceu e chorava desesperada.

— Vai atrás dele Victoriano, por favor! - Victoriano apenas assentiu e saiu atrás dele.

As meninas foram ate Inês que viu tudo preto a sua frente e desmaiou nos braços de Alejandro...