— E então? – Os olhos dela brilhavam para ele.

Victoriano somente a olhou por um momento que pareceu interminável para ela. Inês piscou por duas vezes tentando entender o silêncio dele e voltou a perguntar.

— E então Victoriano? - Ele sorriu.

— Ganhamos Morenita, ganhamos! - Ela sorriu largamente.

Victoriano sorriu lindamente e nem pensou apenas a abraçou e a suspendeu do chão em seus braços, ele riu feliz e ela também.

Naquele momento não existia nada e nem ninguém apenas os dois e o sabor da vitória sobre os Mendonça. A voz imponente soou tirando eles daquele momento.

— Victoriano! - Débora os olhava de braços cruzados.

Victoriano voltou a si e a colocou no chão, se olharam brevemente e ele virou para sua esposa que o olhava e sorriu cinicamente, Connie e Cassandra também o olhavam sem entender muito.

— Que comecem a festa! - Ele gritou para não ter que responder a qualquer tipo de pergunta que viesse.

LONGE DALI...

Bernarda adentrou o escritório furiosa, batendo porta e olhou bem o filho.

— Dessa vez, sim terá que cumprir com sua palavra Eduardo! – Falou cuspindo fogo.

— Assim vai ser mãe. – Bernarda se aproximou dele. – Você pode ficar tranqüila que dessa vez assim será, por agradecimento a meu irmão! – Bernarda suspirou com um riso no rosto.

...

Paralelamente a tudo isso Cassandra estava em meio a uma entrevista, Victoriano não havia a achado no hipódromo e por isso havia ido para casa sem ela e sem Diana, ela estava diante do chefe que poderia ter a contratado e não a contratou por ser mulher, ela ficou irada e depois de falar poucas e boas para ele saiu dali cantando fogo.

Diana depois da vitoria ela foi ate os estábulos e ficou lá com sua égua por alguns momentos e enquanto conversava com ela e a acarinhava era observada por Alejandro que sorria ao ver o amor que ela tinha por sua Luz de Luna.

— Muito bem Luz de Luna, você foi excepcional e deixou papai orgulhoso. – Ria acariciando ela. – Agora eu preciso ir ou papai vai ficar uma fera, ele me espera em casa. – Diana a beijou e se virou para sair.

Alejandro se escondeu e ela saiu dali, ele ficou sorrindo por um momento e depois de passar a acariciar a égua ele foi para sua casa.

...

NA FAZENDA...

A festa já durava algumas poucas horas e muitos convidados já estavam ali, Inês estava na cozinha supervisionando tudo quando Emiliano chegou e a agarrou por trás a enchendo de beijo.

— Emiliano me pregaste um susto. – Ela falou rindo e virando para dele. – Onde estava?

— Estava terminando meu trabalho e agora vamos comemorar nessa festa toda. – A pegou em seus braços e rodou com ela dançando.

Inês caiu na risada o filho era a sua maior adoração.

— Sim vamos nos divertir mais longe dos patrões, não quero problemas pra você meu filho.

— Não se preocupe chefa, longe dos patrões já que eles não gostam de mim!

— Meu filho não fale assim! – Parou com ele e acaricio seu rosto.

— É a verdade chefa, se não fosse por você já estava bem longe daqui! – Ela sentiu um nó na garganta.

— Não fale assim meu filho, você sabe que eu não vivo sem você! – Emiliano a abraçou e a beijou vendo o jeito que ela ficou.

— Chega desse assunto, vamos curtir essa festa. – A olhou. – Que hoje você me deve uma tequila.

Inês gargalhou e saiu da casa com ele, foram andando ate onde seria a festa deles e lá dançaram e se divertiram por horas a fio.

...

NOITE...

Eram nove horas da noite quando Victoriano apareceu onde os empregados estavam comemorando, ele era só sorrisos e estava um pouco alto na bebida. Inês o avistou e levantou indo ate ele.

— Esta precisando de alguma coisa? – Ela o olhou nos olhos.

— Quero que junto todos e vamos comemorar todos lá no pátio principal. – Sorriu largamente para ela.

— Ficou doido? Sua esposa não vai gostar nada disso! – Ele gargalhou.

— Ela não manda em nada aqui. Nada! – Se afastou dela e foi para o meio dos empregados. – Vamos todos para o pátio principal ou querem que a festa venha para cá? – Todos pararam o olhando. – Não me olhem assim e vamos logo. – Inês parou ao lado dele.

— Victoriano tem certeza disso?

— Sim, vamos... – Inês olhou os empregados e assentiu.

Ela era uma espécie de manda chuva ali no meio deles e se Victoriano queria e ela assentia, todos sem exceção de nenhum negavam nada a ela, todos saíram e foram para o pátio principal, Inês virou para ir mais Victoriano a segurou pelo braço. Ela o olhou.

— Me deve uma dança Morenita! – Ele tocou o rosto dela e saiu na frente rindo.

Inês balançou a cabeça negativamente e andou ate o pátio principal e ficou o mais longe possível de Victoriano que a cada hora “entornava uma dose de tequila” ou ao menos era isso que ele fazia todos pensar que estava fazendo.

As horas iam passando e lá estava eles se divertindo, Inês ao ver como Débora se esfregava em Victoriano passou a tomar algumas doses de tequila junto ao filho e como era fraca para o álcool, ela logo estava sorrindo atoa.

Emiliano a puxou para a pista de dança e começou a dançar com ela que ria das brincadeiras dele e do modo como ele levava a dança, ela dançou por três musicas ate que quando virou para sair porque tinha cansado deu de cara com Victoriano que estendeu a mão a ela que não pode negar.

— Sua mulher não ira gostar muito de ver você dançando com a “criada”. – Ele riu.

— Já disse que aqui ela não opina! – Ela semicerrou os olhos.

Ele suspirou e a pego mais contra seu corpo acariciando de leve suas costas, Inês podia sentir o corpo dar vários indícios que poderia fraquejar a qualquer momento e ela lhe pediria algo que iria se arrepender amargamente depois.

— Morenita... – Ela o interrompeu.

— Não tem mais o direito de me chamar assim! – Quis sair, mas ele não deixou.

— Égua brava! – Falou rindo. – Não foge que hoje eu te domo.

Ele estava provocando ela e sabia que ela não ficaria ali e sairia correndo mais ele queria se divertir e não a deixou sair.

— Me larga Homem! – Ele a segurou mais.

— Morenita, para de se debater todos estão nos olhando! – Ela olhou para os lados e se acalmou.

— Me deixar sair, por favor! – Olhou dentro dos olhos dele.

— Primeiro me diga se ainda me ama e ai eu te solto!