NO HOSPITAL...

Inês chegou afobada, mas não largou a mão de Victoriano que seguia ao lado dela agarrado em sua mão, ela estava gelada mais não chorava, naquele momento a preocupação era maior do que as lagrimas, ela entrou e foi direto a recepcionista.

— Por favor, Emiliano Huerta. – Falou aflita.

A moça procurou em seu computador e segundos depois a olhou.

— Ele esta em cirurgia. – As mãos dela tremeram ao chegar a seus lábios. – Mas logo um medico vem falar com a senhora. – Vistoriano agradeceu por ela e a levou ate o sofá.

Inês sentou e ele sentou ao lado dela tudo sob o olhar de Diana, Inês começou a chorar e ele a abraçou deixando que ela chorasse em seu peito, logo constanza chegou junto a Cassandra e Eduardo que ela os encontrou no meio da estrada, Alejandro logo chegou também e todos estavam ali pendentes dela. Alejandro se aproximou frente a ela e segurou em suas mãos.

— Tudo vai ficar bem Inês. – Diana também sentou ao lado dela.

— Eu, só quero saber o que foi que aconteceu. – Diana a abraçou e ela chorou mais.

Victoriano andava pelo hospital atrás de seu conhecido e quando o encontrou pediu que ele conseguisse informações sobre Emiliano, como eram amigos de longa data, ele foi ate a sala de cirurgia e pediu informações e o medico responsável pelo caso já estava terminando a operação e os dois foram ate a sala de espera. Ele segurou Inês em seus braços quando o medico se aproximou e esperou que ele falasse.

— Você é a mãe de Emiliano? – Inês assentiu e ele prosseguiu. – Seu filho teve uma hemorragia interna pela força da batida, ele estava com um teor alcoólico muito alto e sob o efeito de drogas. – Inês desabou no choro.

— E como ele esta agora doutor? – Victoriano perguntou.

— Estável, mas precisava de alguns cuidados pós-cirúrgicos, o caso não é grave mais poderia ter sido! Aconselho que procurem uma ajuda psicológica para ele. – Inês estava destruída como o filho poderia ter chegado aquele ponto.

— Eu posso ver meu filho? – Ela falou soluçando.

— No momento não, aconselho que vocês voltem para casa, ele não recebera visitas ate amanha.

— Obrigada doutor! – Victoriano agradeceu e ele se retirou. – Vamos pra casa meu amor. – As filhas se olharam e depois olharam para eles.

— Não, eu quero ficar aqui! – Olhou para ele.

— Meu amor, vamos para casa você descansa e voltamos amanha na primeira hora! – Foram minutos ate que ele a convenceu e todos foram embora.

[...]

Já no apartamento, ele a colocou para dormi o que demorou um pouco e quando por fim conseguiu que ela pegasse no sono, Victoriano levantou e foi ate a sala, suas filhas estavam ali sentas e esperando por ele quando elas o viram se levantaram de imediato queriam respostas e queriam pra já.

— Calma! Calma que eu vou responder o que vocês quiserem. – Ele sentou.

— Pai, agora queremos resposta. – Diana sentou ao lado dele. – Você e nossa nana... – Ele a interrompeu.

— Eu a amo! – Foi direto.

— Então o que Débora disse era verdade? – Connie questionou.

— Claro que não minha filha. – A olhou. – Inês nunca se submeteria ao papel de amante. Nunca! – Cassandra e Connie se aproximaram mais. – Eu amei Inês a minha vida toda e por um infeliz, desgraçado nos dois fomos separados. – Suspirou. – Quando Inês voltou a aparecer em minha vida, eu já estava casado com a mãe de vocês e ela já tinha Emiliano nos braços, eu a odiava por achar que ela havia me traído.

— Você traiu a nossa mãe com ela? – Cassandra indagou.

— Qual parte de que Inês nunca foi minha amante vocês não ouviram? – Foi rude. – Inês é uma mulher de valor e nunca que iria ficar comigo sabendo que eu estava casado. – Inês que não tinha pegado no sono realmente estava ali ouvindo eles e se manifestou.

— Eu nunca trairia a mulher que me deu um teto! – Eles a olharam. – Diana Maria me ajudou quando eu mais precisava e eu não sou o tipo de mulher que morde a mão de quem me da de comer.

— Nana, você tem que entender que não é fácil pra gente entender que vocês estão juntos que tiveram um passado no qual não traíram ninguém? – Connie falou levantando.

Victoriano levantou e foi ate Inês e a abraçou beijando seus cabelos, Inês as olhava um tanto chateada como elas poderiam estar pensando isso dela.

— Nos traímos sim mais foi a nos mesmo, traímos por medo de contar o que de fato nos separava! – Suspirou. – Mas eu vejo que vocês não estão prontas pra ouvir o que nos dois temos a dizer, vejo isso no olhar das três!

— Nana... – Diana tentou falar.

— Acho melhor vocês irem pra casa! – Inês se soltou de Victoriano e voltou para o quarto.

Victoriano olhou as filhas e negou o com a cabeça o modo delas.

— Vocês são minhas filhas mesmo. – Suspirou. – Julgam, gritam e depois se arrependem. – Pegou a chave de seu carro. – Estão de carro? – Elas confirmaram que sim. – Ótimo então nos vemos em casa amanha! – Foi duro.

As meninas suspiraram e não falaram mais nada apenas foram embora depois de cada uma beijar o rosto do pai, Victoriano foi ate a porta e a trancou, voltou para o quarto tirou sua roupa ficando apenas de cueca e deitou abraçando o corpo dela que estava virado para o outro lado. Inês suspirou.

— Elas pensam o pior de mim! – Ele beijou o ombro dela.

— Não fica assim amor, elas são como o pai! – Riu de leve. – Fazem para depois pensar. – Ela se virou para ele.

— Eu não quero elas pensando mal de mim Victoriano. – Suspirou. – E com tudo que acontece hoje, eu não preciso de mais problemas Victoriano. – Quis chorar.

Ele a puxou para ele e abraçou o corpo dela dando beijinhos em todo lugar.

— Amor, calma que nos vamos resolver tudo isso juntos! – Ela se agarrou mais a ele.

— É tão bom te ter aqui assim comigo! – Suspirou. – Eu te amo! – Ele sorriu.

— Eu te amo muito mais minha vida! – Agarrou mais se arrumando na cama. – Vamos descansar um pouco que amanha estaremos no hospital cedinho. – Ela levantou o rosto e o beijou delicadamente e depois deitou cobrindo os dois...

[...]

MANHÃ SEGUINTE...

Inês foi a primeira a despertar, sorriu sentindo a respiração de Victoriano e levantou o rosto e o olhou ali adormecido, olhou a hora e era quase oito, bocejou e subiu no corpo dele e o beijou nos lábios ate que ele despertasse. Victoriano sorriu ainda de olhos fechados e acariciou as costas dela.

— Esse é o melhor jeito que despertar morenita. – Ela sorriu.

— É mesmo... – Moveu o corpo no dele. – Queria ficar aqui e fazer amor com você mais quero ver meu filho! – Ele a olhou e acariciou o rosto dela.

— Não precisa ser agora. – Sorriu. – Pode ser depois que você ver ele. – Pressionou sua ereção nela. – E não vou ter piedade de você! – Ela fechou os olhos e gemeu baixinho.

— Não tenha. – O olhou. – Porque eu não vou ter de você! – Ela o beijou e logo os dois foram para o banho.

Depois de prontos, Inês fez um café e eles comeram com o que sobrou da pizza, comeram conversando e logo foram para o hospital. Ao chegar Inês obteve informações do filho e foi ate o quarto dele, Victoriano aproveitou para ir para casa trocar de roupa enquanto ela ficava com Emiliano, não queria problemas para ela.

Inês ficou ali por um bom tempo vendo seu filho adormecido com a pele mais branca do que o normal, um pouco abatido parecia que não dormia há dias e isso a entristeceu mais. Ela não percebeu mais estava sendo observada por Loreto que a olhava com desejo e loucura, tocou o membro e mordeu os lábios imaginando ela nua ali em sua frente.

Inês sentiu um medo estranho e quando olhou para a porta deu de cara com Loreto, o medo tomou conta dela e ela levantou se afastando e indo para o outro lado da cama, Loreto entrou no quarto e fechou a porta e nem pensou foi ate ela e a segurou pelos braços.

— Me solta! – Tentava tirar as mãos de Loreto de seus braços.

Loreto a cheirou e falou como um louco obcecado.

— Você vai ser minha Inês, nem que para isso tenha que matar ele e te pegar à força! – Inês sentiu o medo invadir seu corpo mais ainda e se recordou da outra vez que foi salva por Alejandro.

As pernas fraquejaram e ela sentiu que iria chorar, ele estava apertando seus braços com força e já roçava seu corpo no dela. Inês sentiu nojo e cuspiu na cara dele.

— Você é um porco! – Loreto sentiu o sangue ferver e soltando de seu braço deu uma bofetada na cara dela.

Emiliano que acordou com as vozes dos dois viu o exato momento em que o pai dava um tapa na cara de sua mãe, ele não pensou e levantou arrancando soro do braço e empurrou Loreto para longe e olhou Inês ali no chão com a mão no rosto.

— Você ficou louco? – Foi o único que disse.