— Para você todo o meu amor Victoriano Santos.

Ele sorriu e os dois se abraçaram forte, selando aquela promessa de um novo começo para um final ainda incerto...

[...]

POUCOS DIAS DEPOIS...

Inês adentrou o hospital pegada de mão com Victoriano, ele estava ansioso para ver o filho e ter a certeza de que ela estava mesmo grávida, pois não acreditava mesmo com o exame de sangue dando positivo ela sentia a mão dele suada e ria do nervoso dele e o parou segurando em seu rosto e o beijou.

— Amor, respira! – riu mais dele que ofegou.

— Eu to respirando! – a segurou pela cintura.

— To vendo que esta mesmo respirando! – segurou a mão dele novamente e quando virou deu de cara com Débora e sua barriga bem avantajada. Ela se aproximou deles.

— O que esta fazendo aqui Débora? – ele falou sem paciência.

— Eu vim para a consulta do nosso filho. – sorriu. – Sim Victoriano é um menino que você tanto esperou e não da à mínima pra poder estar com essa criada! – falou com desdém.

Inês nem pensou e deferiu um tapa na cara dela e Victoriano entrou no meio das duas.

— Você me respeita! – Inês falou entre dentes. – Eu posso ate ser uma criada mais pelo menos me dou ao respeito! Cachorra! – xingou e Victoriano a olhou admirado.

— Vá pra casa Débora mais tarde nos falamos!

— Eu estou cansada desse seu "mais tarde" que nunca chega Victoriano! – estava furiosa. – Se não for essa noite ate a nossa casa você vai ter uma bela surpresa! – ela nada mais disse e depois de encarar Inês ameaçando saiu.

Victoriano olhou Inês e suspirou segurando a mão dela sabia que ela não gostava que ele fosse ate a fazenda mais naquele momento tinha que ir ou Débora continuaria ligando e enchendo o saco deles.

— Cachorra? – ela riu por fim.

— Ela me provocou! – ele a puxou para ele a enchendo de beijinhos e logo o medica os chamou. – Olá doutora. – sorriu para ela.

— Olá Inês! – eles sentaram. – Me conte como estão os enjoos e a alimentação... – a olhou e Inês começou a contar como estava se sentindo naquele começo de gravidez.

Victoriano a ouvia atentamente enquanto segurava a mão dela firme e alisava com o dedão ouvindo todas as perguntas da médica e sorria vez ou outra quando Inês dizia que já tinha vontades de comer algumas coisas. A médica sorria vendo como ele era atencioso com ela, era difícil os pais estarem assim presente nos pré-natais, geralmente somente as mães e amigas próximas estavam nas consultas.

— Vejo que o papai aí já está ansioso e cansado de nos ouvir falar não é mesmo? - sorriu.

— É o que eu mais quero na vida! - falou todo orgulhoso e com o coração a mil.

— Então chega de papo e vamos logo ver esse bebezinho! - ela levantou e caminhou para ir a sala ao lado e os dois a seguiram mais ele a parou no meio do caminho e beijou os lábios dela mostrando a ela como estava eufórico.

Inês sorriu o beijando mais logo se afastou e eles entraram na sala, ela deitou erguendo a blusa e abrindo o botão da calça descendo um pouco. A médica passou o gel na barriga dela e começou a mover Victoriano sentado ao lado dela suava e passou a mão na testa e secou, nem parecia que tinha mais três filhos, Inês só fazia rir do jeito dele.

— Aqui esta... - virou a tela pra eles. - Perfeitinho papais e você está com dois meses Inês. - Victoriano sorriu.

— Tiro de primeira? - Inês gargalhou já sabia que aquele bebê tinha sido feito na primeira noite deles. - A Inês... - beijou os lábios dela.

A médica riu da empolgação dele e colocou o som do coraçãozinho pra bater e ele não se conteve em emoção e não sabia se ria ou se chorava e fez os dois beijando ela em todo o rosto, queria sair com ela dali logo pra comemorar ou a tomaria na frente daquela médica mesmo.

— Eu amo você! - ela tinha os olhos brilhando.

— Eu também te amo muito! - ele voltou a sentar.

A médica voltou ao procedimento e anotou muitas coisas e no final do exame imprimiu uma foto e deu a ela que olhou todo orgulhoso.

— Eu vou anotar uma receita pra você e algumas recomendações em sua dieta. - ela levantou saindo da sala e deixou Inês se limpando.

Victoriano pegou o papel da mão dela e começou a limpar com todo cuidado enquanto ela o admirava, quando ele terminou beijou a barriga dela muitas vezes fazendo cócegas com seu bigode e ela o puxou rindo e ele ficou parcialmente em cima dela. Inês o olhou e falou com os lábios quase colados nos dele e olhando em seus olhos.

— Hoje eu quero banquete completo do meu amor! - o beijou nos lábios com tanto gosto que ele sentiu sua calça apertar e a soltou de imediato.

— Não me atenta mulher! - suspirou e a ajudou a levantar e eles voltaram à sala da médica que fez muitas recomendações e os liberou.

Victoriano foi o caminho todo rindo e falando sobre o bebê o que deixava Inês cada vez mais encantada e a fazia rir dele, ele parou em uma sorveteria e comprou três potes de sorvete e voltou ao carro e eles foram para a casa dela.

Quando chegaram, Victoriano agarrou Inês na escada mesmo e a beijou com gosto a grudando na parede a deixando na ponta dos pés e rindo com a urgência dele que a suspendeu do chão e começou a subir o resto das escadas que faltava com ela laçada em sua cintura apenas a segurando com uma mão e na outra levava as sacolas enquanto era beijado por ela.

— Daqui a uns meses não vai mais conseguir me carregar assim amor! – ele riu e abriu a porta.

— Eu aguento sim! – foi convencido e entrou com ela no apartamento sem se dar conta que os filhos estavam ali no sofá namorando.

— Me deixa tirar sua blusa Connie... – beijava o pescoço dela e Inês olhou de imediato.

— Eu ainda estou chateada com você, Emiliano, nem deveria deixar que me beijasse... – ela fechou os olhos sentindo a mão dele dentro de sua blusa apertando o seio dela.

Victoriano também olhou e seu primeiro instinto foi deixar Inês no chão e larga as sacolas e ir de imediato ate eles e puxar Emiliano que se assustou com o puxão que levou.

— Victoriano... – Inês falou assustado indo ate eles.

— O que esta fazendo com a minha menina? – falou sendo pai e o segurando pela camisa sentado no sofá.

— Amor para com isso! – Inês segurou o braço dele tento o tirar de cima de seu filho.

Connie estava assustada no outro sofá sem conseguir se mover vendo o pai uma fera.

— Eu amo ela... – gritou Emiliano deixando Victoriano mais furioso ainda e o sacudindo.

— E você sabe o que é amar? – esbravejou. – Ela é só uma menina! – Inês tentava o puxar a todo custo mais ele se mantinha sem nem se quer se mexer. – Eu vou te dar um tiro!

Inês o puxou mais sentiu uma tontura...

— Aiii... – levou à mão a cabeça e sentou fazendo Victoriano raciocinar e soltar Emiliano indo ate ela.

— Amor que foi? – tocou o rosto dela.

Emiliano levantou indo pegar um pouco de água e voltou dando a ela que bebeu.

— Vocês têm que parar de brigar! – suspirou sentindo vontade de vomitar. – Eu não vou ficar passando nervoso com vocês dois não! – Victoriano suspirou e olhou Emiliano.

— Você o ouviu queria tirar a roupa da minha filinha! – falou como se aquilo fosse o maior dos pecados.

Connie que ate então estava quieta levantou e foi ate o pai.

— Pai, eu não sou mais uma menina! – ele levantou e a encarou.

— É sim uma menina e eu não vou permitir que esse moleque toque em você! – apontou.

— Victoriano... – Inês o repreendeu e ele a olhou.

— É a minha filha Inês!

— E ele também é o meu filho! – levantou. – Eu não quero isso na minha casa ou os dois vão se ver comigo! – falou brava e andou ate a sacola do sorvete e a pegou. – Ou vocês dois se entendem ou não quero mais papo com vocês! Vem Connie vamos comer sorvete no quarto enquanto eles conversam! – saiu andando na frente e pegou duas colheres na cozinha.

— Inês... – ela nem deu bola a ele e Connie a seguiu pulando e entraram no quarto batendo a porta.

Victoriano ficou desacreditado no eu viu e ouviu e encarou Emiliano que o encarou de volta ficando de pé...