Fazenda Las dianas é um verdadeiro paraíso criado por Victoriano Santos, homem forte, trabalhador, apaixonado pelos cavalos. Victoriano foi o homem de minha vida a quem me entreguei verdadeiramente por amor, nos amávamos mais a maldade nos separou.

Agora Victoriano é o patrão dessa fazenda, aqui ele é dono e senhor, aqui ele vive com sua nova e jovem esposa chamada Débora. Às vezes me pergunto se sigo aqui por amor ou por rancor.

Desde que morreu a senhora Diana, Victoriano e eu nos fizemos cargo de educar suas filhas, as três de caráter decidido o que provoca muitos enfrentamentos com o ele, que quer que elas acatem suas ordens prontamente.

...

AGORA...

Victoriano desceu as escadas chamando por ela, ela já o esperava enquanto olhava em seu relógio.

— Inês... Inês... – Olhou para os lados ainda em busca dela.

— Suas filhas estão cavalgando pelo campo e não demoram a chegar!

Ele parou atrás dela um pouco longe assim que a voz dela soou pela sala, ele ficou incrédulo por ela saber o que ele iria perguntar.

— Como demônios sabia o que eu ia te perguntar? – Ela não se virou permaneceu de costas.

Inês sorriu.

— Porque eu sou a pessoa que melhor te conhece. – Se virou. – Precisa de algo mais?

Os cabelos bem penteados e um simples sorriso no rosto foram ofertados a ele que se aproximou mais dela e a olhou balançando a cabeça positivamente. Débora que descia a escada os viu e se aproximou falando.

— Coração já esta quase na hora do jantar onde estão as meninas? – Victoriano desviou os olhos de Inês e olhou sua esposa que grudou em seu braço.

— Vamos lá para fora, elas já estão chegando!

Débora assentiu e Victoriano olhou mais uma vez para Inês e saiu, Inês suspirou e foi para a cozinha fiscalizar se as coisas estavam todas em seus devidos lugares.

...

Victoriano saiu de sua casa no momento em que suas três amazonas chegavam a frente de casa, desceram de seus respectivos cavalos e correram ate o pai o abraçando cheio de amor e falando todas ao mesmo tempo, victoriano amava suas filhas e a cada vez que as viam assim tão agitadas seu sorriso era o maior possível.

— Papai Diana roubou de novo. – Constanza falou.

— Não é verdade papai, eu sempre ganho e elas não aceitam isso! – Diana se defendeu e abraçou mais seu pai.

— Não é verdade isso, ela saiu em nossa frente e por isso ganhou, é uma ladra nas corridas! – Cassandra falou rindo.

— Isso não pode ser verdade, minha amazona nunca faria isso com vocês! – Diana mostrou a língua para elas por ser defendida pelo pai.

— Ai papai... Vamos entrar que você só defende a Diana. – Connie falou ciumenta e se afastou beijando Débora e entrando.

Cassandra fez o mesmo que sua irmã e entrou, Victoriano seguiu suas duas filhas e Diana olhou Débora de cima a baixo e saiu na frente pegando no braço de seu pai e entrando em casa.

— Papai, amanha é a corrida e esta tudo certo! – Sentou ao lado dele no sofá.

— Assim tem que ser, ninguém é páreo para a nossa égua! – Débora se aproximou e soltou seu veneno.

— Espero que Luz de Luna vença mesmo a corrida!

— Débora, você nem de cavalos entende e quer opinar em que? – Levantou. – Eu não preciso dizer o que eu penso de você e desse teu comentário, então limite-se em opinar.

— Coração vai deixar que ela fale assim comigo? – Fez seu drama e Victoriano se levantou.

— As duas parem ou eu vou perder meus cinco minutos de paciência! – Falou serio com as duas.

Diana se virou para sair quando encontrou Inês e correu ate ela a abraçando e beijando seu rosto, Débora revirou os olhos juntando as mãos frente ao corpo em fastígio por ver aquela cena. Os olhos de Victoriano imediatamente foram ate os de Inês que sorria com sua menina em seus braços.

— Nana que linda esta hoje! – Falou sorrindo.

Inês a soltou e a olhou.

— Linda é você minha menina!

Débora se aproximou de Victoriano e grudou em seu braço.

— Inês mande servir o jantar que já esta passando da hora! – Débora falou com seu desdém de sempre.

Inês a olhou.

— Foi justamente o que vim avisar senhora!

— Inês, por favor, chame nossas meninas para descer! – Sorriu a olhando.

Inês assentiu e saiu, subiu chamou suas meninas, que desceram junto a ela rindo de algo bobo e inglês que Connie havia falado, Débora não gostavam daquela proximidade toda e sempre queria sair por cima humilhando Inês, mas sempre se dava mal com Diana.

— Inês eu não te pedi uma comida mais light e não essa coisa gordurosa que me trouxe, você se faz de sonsa ou esta velha de mais para o serviço? – Falou sendo rude.

Inês respirou e se aproximou da mesa.

— Não fale assim com a minha nana Débora, você não tem direito nenhum de ser grossa com ela! – Diana defendeu de imediato.

— Ela é uma "criada" e se não esta atendendo devidamente aos patrões é melhor que se aposente ou vá fazer outra coisa que não seja servir. Já que para servir um simples jantar não presta.

Inês mordeu os lábios em profunda raiva e quis chorar, não podia revidar naquele momento mais um dia o faria. Diana levantou de sua cadeira e com o copo de seu suco na mão ela jogou em Débora.

— Aprenda a respeitar as pessoas Débora! – Gritou Diana.

Inês levou as mãos à boca se afastando um pouco dela, Victoriano levantou de sua cadeira e olhos as duas.

— Já basta! Isso esta passando dos limites e vocês duas tem que aprender a se respeitar na minha casa! – Falou enfurecido com elas.

Débora chorou suas falsas lagrimas e também levantou.

— Olha o que ela fez comigo Victoriano! Foi ela quem começou eu... – Diana a interrompeu.

— Você só estava tentando humilhar a minha nana como todas as noites, eu já estou cansada de você! – Sem mais uma palavra ela saiu da mesa e subiu correndo para seu quarto.

Victoriano olhou Inês e suspirou, saiu dali com Débora a levando para o quarto, ela chorou e fez todo seu drama, ele cansado saiu do quarto e desceu para o escritório. As meninas que na mesa ficaram não acreditaram no que viram e vendo que somente elas iriam jantar nem titubearam e comeram seus pratos.

Inês subiu ate o quarto de Diana com a janta dela, as duas conversaram por um longo tempo e quando desceu ordenou que Jacinta levasse a janta de Victoriano ate o escritório e a de Débora ate o quarto.

Depois que ajudou elas a por um pouco de ordem na cozinha e adiantar algumas coisas da festa do dia seguinte, ela foi para seu quarto e tomou um longo banho e logo deitou o sono logo veio e ela adormeceu, assim como todo o resto da casa.

...

AMANHECEU...

O dia na fazenda Las Dianas começou cedo mais precisamente as cinco da manhã e todos estavam em função da festa que Victoriano daria com a vitoria que teria na corrida, ele e Diana estavam confiantes que nada os podiam vencer e assim era a muitos torneios e nesse não seria diferente.

As oito todos estavam a mesa tomando seu café, todos em silencio depois do acontecido da noite passada, Débora não tinha a cara das melhores por ter acordado cedo, odiava levantar esse horário, mas por ver mais dinheiro entrar nas contas de Victoriano ela fazia um esforço.

Depois do café da manhã Victoriano teve uma reunião com a portas fechadas com Elias o noivo de Diana e logo em seguida Inês entrou trazendo em sua mão uma xícara de café, deixou sobre a mesa e ambos se olharam.

— Obrigada! – Ele tomou e levantou saindo de trás da mesa. – Eu tenho que ir! – Pegou suas coisas e foi em direção a porta.

— Victoriano, espera. – Ele virou e voltou ate ela.

— Algum problema? – Ela sorriu de leve e se aproximou um pouco mais.

— Eu posso te dar a minha benção? - Ele estranhou. – É somente pra te dar sorte.

Victoriano assentiu e ela fez o sinal da cruz nele com calma, sem pressa e aproximou sua pequena não dos lábios dele que beijou, Inês sorriu e como um instinto natural ela acariciou o rosto dele.

— Boa sorte! – Abaixou a mãos.

Victoriano sentiu o ar faltar, ela estava ali tão próximo a ele e ao mesmo tempo tão longe, era como se eles respirassem o mesmo ar e quando ele se aproximou mais os corpos ficaram tão próximos que foi inevitável ela não tocar o peito dele.

Inês o olhou bem dentro dos olhos dele e soube ali qual era o próximo passo dele, mas suas pernas não a obedeceram e quando ela sentiu o leve roçar dos lábios dele, Inês abaixou a cabeça e saiu dali sem falar mais nada, Victoriano de imediato se escorou na mesa sentindo as pernas falharem, olhou para o teto e pediu forças.

Minutos depois ele saiu e ela o olhou escondido de trás de uma das pilastras da casa e desejou toda a sorte do mundo. A casa estava pronta e agora só precisavam esperar eles voltarem com o troféu em mãos.

Algumas horas depois estavam todos olhando o telão, Diana estava ainda mais nervosa, pois certo moço já mexia com todos os seus sentidos e a olhava com um olhar que ela não conseguia desviar, era lindo e de um belo sorriso.

A corrida terminou e todos olharam o telão a sua frente que marcava a vitoria. Victoriano junto a sua família saiu dali muito rápido e foram em direção a sua casa.

Inês os viu chegar e correu ate Victoriano que havia descido de seu carro batendo porta, eles ficaram frente a frente e ela perguntou com um sorriso no rosto.

— E então? – Os olhos dela brilhavam para ele.

Victoriano somente a olhou por um momento que pareceu interminável para ela.