– Casado? Meu amor você já parou pra pensar que a gente nunca se divorciou, e já que eu não estou morta, você ainda é casado legalmente comigo, e seu ‘casamento’ com a Usurpadora não vale de nada?!

Nesse momento Carlos Daniel gelou, ele realmente não tinha pensado nisso, tudo o que conseguiu fazer foi olhar para sua amada Paulina que estava sentada e que imediatamente se levantou e ficou tão em choque quanto ele. Em sua cabeça passavam milhões de pensamentos e lembranças, desde quando chegou a Mansão Bracho, obrigada pela própria Paola, de como foi se apaixonando por Carlos Daniel e se apegando a família, lembrou-se dos beijos, as juras de amor, do tão sonhado casamento, a maravilhosa lua de mel, depois o nascimento dos filhos, também as dificuldades e os momentos de desespero, e agora que tudo estava bem, todos estavam felizes... – Não, definitivamente não, Paola não vai estragar minha felicidade! – Disse para si mesma em meio as suas lembranças.

– E você Paola já parou para pensar que se você reaparecer agora do nada querendo seu ‘lugar’ de volta você pode ir presa, não se esqueça que forjar a própria morte é crime! – Falou Carlos Daniel reagindo e falando no mesmo tom irônico que Paola estava usando.

Paola deu uma risada e em seguida fez uma cara de choro, e começou a falar:

– Marcos me obrigou, ele se apaixonou por mim e queria que eu ficasse com ele de qualquer maneira, então ele inventou todo esse plano, e disse que se eu não colaborasse ele me matava. Eu não tive outra escolha, não queria morrer, assim pude deixar o caminho livre para minha irmã se casar com Carlos Daniel meu marido eles se amavam e eu queria vê-los feliz. Mas eu nunca deixei de amá-lo e de pensar em meu querido marido, e agora que voltei eu só quero recuperar o seu amor! Gostaram? Pois é o que vou dizer ao delegado se me denunciarem, vai ser a palavra de vocês contra a minha, e Marcos está fora do país, e vocês não tem provas contra mim! – Disse Paola fazendo todo seu teatro e depois rindo da cara de espanto que todos fizeram enquanto ela estava falando. – Vocês deviam ver suas cara, hahahaha hilárias!

– Agora já chega! –Falou Paulina não aguentando mais o cinismo da irmã. – Escuta bem Paola, por que eu só vou avisar uma vez, se você pensa que vai atrapalhar a minha felicidade, do meu marido e da MINHA família está muito enganada, eu não sou mais aquela mocinha ingênua que você manipulou com ameaças me obrigando a vir pra cá, mas sabe que essa talvez tenha sido a melhor coisa que você fez na sua vida, graças a você eu tive uma família e pude conhecer o amor de verdade, coisa que eu tenho certeza você não deve fazer ideia do que é. Agora eu sou uma BRACHO e vou lutar com todas as minhas forças pra defender minha família. O que você fez foi imperdoável, não sei como pude ser tão ingênua em me entregar no seu lugar àquela vez e me deixar ser presa por algo eu não tinha cometido, porque acreditava na sua doença, mas agora eu não vou mais sacrificar a minha felicidade por você só porque é minha irmã, eu também sou capaz de muitas coisas pra lutar e defender quem eu amo! – Paulina falou firme olhando nos olhos de Paola.

– Olha a mosquinha morta reagiu, você pode até ter mudado irmãzinha, mas continua sendo a mesma tolinha e com os mesmos pontos fracos, ah e isso não vai ficar assim! – Disse Paola com olhar de ódio para Paulina. Bom queriditos agora eu os deixo para falarem de mim a vontade. Bye bye! – Paola fez sinal de tchau com a mão e saiu da mansão Bracho.

Assim que Paola saiu todos ficaram mais aliviados e comentaram sobre toda farsa dela. E também elogiaram Paulina pela sua atitude com ela.

Depois da visita desagradável da Paola, ninguém mais tocou no assunto, jantaram como sempre em harmonia, e em seguida, Rodrigo, Patricia, Estephanie e Miguel voltaram para suas casas, Vovó piedade logo foi se deitar, e Paulina e Carlos Daniel após colocarem as crianças para dormir, foram para seu quarto. Lá eles tomam banho juntinhos, sempre trocando carícias e beijos apaixonados. Assim que saíram, Paulina foi secar seu cabelo e Carlos Daniel ficou deitando na cama admirando sua amada. Quando ela estava terminando de pentear o cabelo, viu pelo espelho Carlos Daniel a olhando e imediatamente ficou vermelhinha e virou-se para ele.

– Por que me olhas meu amor? – Perguntou ela sem parar de pentear seus lindos e sedosos cabelos.

– Porque você, minha Paulina... - Ele disse e ao mesmo tempo foi se levando e indo até ela. – É a mulher mais perfeita na face da terra, e é só minha. – Carlos Daniel para em frente à amada e acaricia seus cabelos e em seguida seu rosto, ele beija a testa, uma bochecha depois vai para a outra até parar diante dos lábios de Paulina, ali ele vai beijando devagar e depois tomando mais intensidade, suas mãos automaticamente vão até a cintura dela, e as dela se enrolam ao pescoço do amado. Rapidamente ambos ficam sem ar, e separam apenas suas bocas, seus corpos permaneciam colados, eles se olhavam com ternura transmitindo todo o amor que sentiam apenas com uma mirada. – Fiquei muito orgulhoso de você minha vida, a forma como enfrentou a Paola foi impressionante! Quanto mais eu te conheço, mais amo você. - Após ouvir as palavras do amado, uma lágrima desceu o rosto de Paulina, por mais que ela tentasse segurar, foi inevitável não demonstrar o medo que no fundo estava sentindo.

– Paulina amor meu por que choras? – Perguntou ele preocupado com a reação da amada.

Paulina nada respondeu, somente o abraçou forte, e chorou ainda mais, Carlos Daniel por sua vez, a abraçou forte e deixou que ela desabafasse. Ficaram alguns minutos assim, somente sentindo a respiração um do outro, e ele tentando passar o máximo de segurança para sua amada. Assim que sentiu Paulina mais calma, Carlos Daniel a afastou delicadamente, segurou no queixo dela e a olhou nos olhos.

– Minha vida, por que está assim? É pela Paola? – Perguntou ele mais uma vez com toda tranquilidade do mundo.

– Sim meu amor, é por causa da Paola, eu tenho medo do que ela possa fazer contra você, contra nossos filhos e contra todos os Bracho, e principalmente em como ela pode estragar e acabar com a nossa felicidade, eu tenho medo de te perder. – Disse ela soluçando.

– Paulina, amor meu, Paola não significa nada para mim, eu amo só você e mais ninguém. E ela não ousaria fazer nada contra ninguém da nossa família, caso contrário, pagaria caro por isso, e ela sabe muito bem. – Dizia ele segurando o queixo de Paulina com o dedo indicador.

– Eu sei, mas mesmo assim tenho medo de te perder, sem você eu não sou ninguém, isso me dói tanto. -Paulina deixa uma lágrima quente e grossa descer queimando sua face.

– Não tenha medo! – Carlos Daniel seca a lágrima da amada e em seguida roça de leve seus lábios aos dela.

– É inevitável, Paola é capaz de tudo Carlos Daniel. – Dizia ela com a testa colada à do amado.

– Sim, de tudo. Mas ela jamais poderá separar-me de ti. Amor meu, eu te amo, e te juro que não deixarei nada nem ninguém, muito menos a Paola acabar com nosso amor. – Carlos Daniel transmitia toda a segurança que tinha consigo em seu olhar calmo sob a amada.

– Eu te amo tanto Carlos Daniel, tanto! – Paulina o beija, na tentativa de esquecer todos os problemas à sua volta. - O beijo calmo e seguro, transmitia todo o amor que um tinha pelo outro, suas bocas se moviam lentas e apaixonadas, como em um encaixe perfeito.

Carlos Daniel foi aos poucos deitando Paulina na cama com calma e tranquilidade, lentamente ele vai retirando a leve camisola pérola da amada, enquanto ela deixa um leve e abafado suspiro sair por seus lábios entre abertos, Carlos Daniel se levanta e tira sua calça, logo volta para a cama onde Paulina se mantinha de olhos fechados, esperando ele voltar com todo seu amor e carícias. Ele começa beijando as pontas dos pés da amada e vai subindo por todo seu corpo escultural, chegando até sua boca onde deixa um beijo lento e apaixonado.

–Eu te amo, e nada e nem ninguém irá mudar isso. - Diz olhando-a nos olhos.

– Eu também Carlos Daniel, meu Carlos Daniel.

Carlos Daniel depositou seu corpo por entre as pernas de Paulina e percorria com suas mãos toda a extensão daquele ser entregue em seus braços. Paulina apenas queria sentir cada sensação provocada por seu tão amado Carlos Daniel. Ele vai descendo seus beijos para o pescoço de Paulina, onde deixa sua marca com um chupão. Logo ele desce mais e vai para os seios da amada e os acaricia suavemente. Paulina desfrutava de cada toque e carícia que lhe eram entregues. Enquanto Carlos Daniel já não mais conseguia ficar um minuto se quer sem Paulina em seus braços. Ele vai intensificando os beijo e carícias, mas sempre transmitindo o amor que o dominava. Seu membro já pulsava frenético dentro da fina peça que o cobria, ele a retira rapidamente e logo segura a calcinha de Paulina a retirando também, Carlos Daniel volta a ficar entre as pernas de Paulina pressionando seu membro contra a intimidade dela.

–Carlos Daniel... – Disse com a voz falha e ofegante quase como em um sussurro.

Paulina ofegou quando p sentiu invadi-la lento e prazeroso e não pôde controlar um gemido abafado. Carlos Daniel movimentava-se lentamente em vai e vem, enquanto Paulina continuava de olhos fechados. Ele vai aumentando os movimentos e sua amada se agarra a suas costas o arranhando. Com as pernas entrelaçadas na cintura de Carlos Daniel, ela ajudava-o a intensificar ainda mais os movimentos. Paulina fica por cima, ela senta-se sobre Carlos Daniel com as mãos apoiadas na cabeceira da cama e as dele em seu quadril ela começa a mover-se rapidamente.

–Eu te amo tanto Paulina, tanto. – Diz fitando-a com olhos escuros de desejo e acima de tudo amor.

Ela o beija, um beijo provocativo, suas línguas bailavam sensuais em suas bocas. Os gemidos de ambos já estavam incontroláveis, eles construíam pouco a pouco suas liberações. Juntos chegam ao ápice do prazer, explodindo em um orgasmo fabuloso.

–- Amor meu... – Diz aconchegando Paulina em seus braços fortes e suados. – Não deixarei ninguém nós separar, nosso amor é maior que tudo.

E assim dormiram agarradinhos a noite toda um sentindo a respiração do outro, e ambos passando e recebendo todo o mor que sentiam apenas com um toque.

NO DIA SEGUINTE...

Leda estava terminando de se arrumar para sair, quando escuta a campainha tocar e ao abrir a porta ela leva um susto e dá um grito.

– Vo-você? Não pode ser você está morta! – Disse Leda apavorada.

– Hola queridita! Não estava com saudade de mim?! TRAIDORA MALDITA!