De repente o telefone toca... Carlos Daniel sem pensar 2 vezes corre atender.

– Alô! – Disse Carlos Daniel, mas ninguém respondia.– Alô, quem está falando? – Insiste ele e ouve uma voz familiar o respondendo.

– Olá cunhadinho, quanto tempo não é!? Fala Willy dando uma risada.

– Willy seu desgraçado o que você fez com a minha filha? – Pergunta Carlos Daniel com raiva.

– Calma, stress não vai nos levar a nada. E sua filhinha está muito bem, e só depende de você, ou melhor da Paulina ela continuar assim. – Fala Willy debochando.

– Deixa minha mulher fora disso, me diz logo quanto você quer para devolver a Lizete e nos deixar em paz?– Pergunta Carlos Daniel super irritado.

– Bom, vejamos... eu quero 5 milhões de dólares, mas antes quero fazer uma troca, eu quero trocar a Lizete pela Paulina! - Responde Willy.

– VOCÊ ESTÁ LOUCO, EU TE DOU O DINHEIRO MAS EM TROCA DA LIZETE, JÁ DISSE DEIXA A PAULINA FORA DISSO. – Diz Carlos Daniel alterado.

– Você quem sabe, é pegar ou largar! E se escolher a segunda opção pode dizer adeus a sua filha. – Fala Willy e em seguida, desliga o telefone.

– ALÔ... – Carlos Daniel fica paralisado, como se estivesse em estado de choque.

Paulina se aproxima o abraça, levanta delicadamente a cabeça dele para poder olhar em seus olhos.

– Era mesmo o Willy? O que ele disse?

Carlos Daniel voltando a si, responde. – Era minha vida, e ele pediu 5 milhões de dólares para libertar a Lizete. Mas antes disso...– lágrimas voltam a cair do seu rosto, ele olha a sua amada, acaricia o seu rosto.

– Antes disso o que, meu amor? – Pergunta Paulina angustiada.

– Ele quer trocar a Lizete por... você. – Responde Carlos Daniel inconformado.

– Eu vou Carlos Daniel, afinal é de mim que ele quer se vingar, Lizete não tem nada a ver com isso. – Fala Paulina com firmeza.

Todos na sala ficam chocados e em cochichos falam entre si, que isso era loucura, se ela fosse Willy não hesitaria em matá-la.

– Minha vida eu jamais vou deixar você fazer essa loucura, a gente vai avisar a polícia, tentar rastrear o número, daremos o dinheiro e tudo ficará bem. – Diz Carlos Daniel.

Paulina não se conforma, mas deixa o assunto quieto, não quer preocupar o marido nem o restante da família. Mas ela tinha um plano, lembrou-se que Lizete e Carlinhos andavam com pequenos celulares no bolso para o caso de emergência. No momento de desespero ninguém mais se lembrou desse detalhe. Assim ela vai até o seu quarto, e liga para o celular da filha na esperança de Willy não o ter desligado e atender.

Numa casa abandonada longe dali, Willy escuta o toque de celular vindo do bolso da menina, e corre para pegá-lo, logo vê que quem está ligando é Paulina, e resolve atender.

Paulina quando percebe que atendem.

– Alô, Willy?

– Olá Usurpadora! Já estava com saudades... – Willy responde com ironia.

– Eu quero falar com a Lizete. – Pede Paulina irritada.

– Seu adorado Carlos Daniel lhe falou da troca que eu pretendo fazer?

– Sim, e é por isso mesmo que eu liguei, eu vou trocar de lugar com a Lizete, mas antes preciso saber se ela está bem, passe pra ela. – Insiste Paulina.

– Ok, já que está cooperando vou lhe dar essa chance. – Em seguida ele vai até Lizete, e diz que quem está no telefone é sua mãe, a menina se alegra.

– Mamãe é você?

Paulina chora ao ouvir a filha, e ao mesmo tempo sente um alívio profundo em saber que ela está bem, ela engole o choro.

– Sim meu amor, como você está? A mamãe logo vai te buscar está bem?

– Eu estou bem mamãe, mas não demora aqui na tem nada pra fazer, o tio Willy disse que ia me levar pra um lugar legal, mas aqui é feio e chato. – Responde a menina na maior inocência.

– Está vendo Usurpadora, a menina está bem. – Fala Willy tirando o celular de Lizete.

– Me diga um lugar para fazermos a troca, eu vou tentar sair sem que ninguém perceba. – Diz Paulina decidida a resgatar a filha.

– Quando conseguir sair me ligue de volta e eu falo. Mas preste atenção, se não vier sozinha e estiver aprontando alguma gracinha, quem vai sofrer as consequências é a Lizete! – Ele então ele desliga o telefone.

Paulina pensava em um jeito de sair sem ser notada, até que Carlos Daniel entra no quarto. Ele diz que estão servindo um café, Paulina diz que não está com fome, e fala ao marido que é melhor ele tomar um banho e descansar um pouco, que ela iria dar uma volta no jardim e depois faria o mesmo. Carlos Daniel concorda, quando ele entra no chuveiro, Paulina pega sua bolsa e vai até a escada, percebe que todos estão na cozinha, e aproveita para sair. Ela vai até o seu carro e sai sem fazer barulho.

Ao sair do banho Carlos Daniel vai até a cozinha e pergunta por Paulina, mas Vovó Piedade diz que ela não está lá, ele então vai até o jardim e não a encontra, ao voltar para casa nota a porta da garagem aberta.

– Meu Deus, não pode ser! – Ele corre até lá e não encontra o carro de Paulina. O desespero volta a tomar conta de si ele começa a chorar e se ajoelha no chão.

– Eu não acredito minha vida, que você foi atrás do Willy, isso não pode estar acontecendo!