Carlos Daniel amava Paulina calmamente, eles foram curtindo o momento que há meses não tinham. Paulina estava rendida nos braços do amado, e ele foi recuperando a confiança em si mesmo e foi intensificando os movimentos causando assim mais prazer para ambos, eles trocavam beijos ardentes, carícias e juras de amor, Paulina se virou e ficou por cima de Carlos Daniel tomando controle da situação, ela fazia movimentos que o deixaram louco, e logo chegaram ao ápice do prazer. E assim dormiram agarradinhos, eles transmitiam todo seu amor assim com um simples toque, palavras não eram necessárias, aquele ato ajudou a fortalecer ainda mais o amor do casal.

No outro dia, após acordarem, tomarem café, Paulina levou as crianças para a escola e foi com Carlos Daniel para a fábrica, pois ele insistiu muito e já não aguentava mais ficar em casa. Chegando lá, Rodrigo o colocou a par de tudo e logo ele já pegou o ritmo do trabalho novamente. Paulina ficou o ajudando no período da manhã, e quando foram em casa para almoçar ela ficou para atender seus filhos, e Carlos Daniel voltou para a fábrica, pois tinha muitos assuntos atrasados para resolver.

Durante o trabalho, Carlos Daniel recebe uma ligação de seu advogado lhe informando que o julgamento de Laura pela participação no sequestro de Lizete seria dali a 2 dias. Ele ficou feliz com a notícia, e torcia para que ela fosse condenada, pois se não fosse com a ajuda dela Willy não teria conseguido sequestrar Lizete e isso ele jamais iria reconsiderar.

Paulina passou a tarde paparicando seus filhos Gaby e Fer que já estavam com 3 meses e cresciam lindos e saudáveis, Gaby era a cópia de Paulina tinha cabelos claros e os olhos verdes, já Fer era como o pai, tinha os olhos castanhos e o cabelo um pouco mais claro. Assim que Carlinhos, Lizete, Paulinha e Bernardo chegaram da escola, Paulina junto com Adelina os ajudou no banho e depois com as tarefas, em seguida foram para a sala brincar, e esperar por Carlos Daniel. Assim que ele chegou, os pequenos foram recebê-lo. Após dar um beijinho em cada um, foi até o sofá onde Paulina brincava com os gêmeos.

– Olá minha vida, como está? – Disse Carlos Daniel dando um beijo terno em sua amada e um beijinho em Gaby e Fer.

– Oi meu amor, estou bem, e você como passou?

– Foi tudo bem meu amor. Vamos até a biblioteca eu tenho que te contar uma coisa.

Paulina deixou os bebês com Vovó Piedade e Adelina que vieram ali na sala, e seguiu para a biblioteca com Carlos Daniel.

– O que você que me contar Carlos Daniel, está me deixando preocupada. – Falou Paulina ajudando seu amado a se levantar da cadeira de rodas e sentar com ela no sofá.

– Calma minha vida, não é nada grave, é sobre a Laura, o advogado me ligou para avisar que o julgamento dela será depois de amanhã e nós iremos depor.

– Ah finalmente, eu espero que a justiça seja feita e ela pague pelo crime que cometeu. – Disse Paulina olhando para baixo e derramando uma lágrima ao lembrar do que passou nas mãos de Willy por causa de Laura.

Carlos Daniel gentilmente acariciou a face da amada, levantou sua cabeça e quando seus olhares se cruzaram ele falou: – Minha Paulina, não fique assim, vamos ter fé de que ela vai ser presa por muito tempo e esse pesadelo vai acabar.– Em seguida aproximou-se e iniciou um beijo passando para ela toda a segurança, o beijo começou a tornar proporções maiores até que Vovó Piedade bate na porta.

– Meus filhos está tudo bem? O jantar já vai ser servido!

– Está tudo bem sim Vovó, já estamos indo. - Respondeu Paulina levantando-se e ajeitando sua roupa e seu cabelo que haviam bagunçado.

Carlos Daniel a olha e começa a rir.

– Posso saber do que o senhor Bracho está rindo? – Perguntou ela tentando parecer irritada, mas quase caindo na gargalhada junto com ele.

– Estou rindo de você, senhora Bracho, sabia que você fica ainda mais linda quando está envergonhada? – Disse ele se apoiando no sofá e ficando em pé.

– Hay, por favor, Carlos Daniel! – Falou Paulina ficando mais vermelhinha.

Ela estava de costas para o sofá, Carlo Daniel ao se levantar sentiu firmeza e conseguiu andar até ela, e abraçou por trás, Paulina se surpreendeu e soltou um gritinho. Ele então a virou de frente, e assim que seus olhos se encontraram, ele a beijou com paixão, um beijo que rapidamente acabou com o fôlego dos dois.

– Meu amor você conseguiu andar! - Disse Paulina emocionada abraçando o amado.

– Sim minha vida, e só consegui graças a você, que é minha razão de viver, e minha força para lutar e me recuperar cada dia mais. - Fala Carlos Daniel dando início a outro beijo, até que dessa vez Carlinhos bate na porta e entra.

– Mamãe, papai, vocês não vem jantar?

– Já estamos indo meu amor! – Responde Paulina.

– Nossa papai você já está de pé, está conseguindo andar! – Diz Carlinhos empolgado ao ver o pai e correndo para lhe dar um abraço.

E assim seguem para a sala de jantar, Carlos Daniel com a ajuda de Paulina vai até lá andando e surpreende a todos que ficaram muito felizes com a rápida recuperação dele.

Passam-se 2 dias, e chega o dia do julgamento de Laura. Carlos Daniel já estava andando cada vez melhor, já havia abandonado a cadeira de rodas e andava com a ajuda de uma bengala. Toda a família Bracho estava presente no julgamento, inclusive Leda que tentou passar despercebida por eles, mas Vovó Piedade a reconheceu e a olhou com reprovação. O juiz iniciou a sessão e em seguida Laura foi trazida, ao ver que todos estavam lá uma raiva ainda maior cresceu dentro dela, e ao enxergar Paulina lançou lhe um olhar de ódio.

Os fatos começaram a ser apresentados, as testemunhas que moravam no bairro onde estava a cabana abandonada que serviu de cativeiro para o sequestro foram as primeiras a falar, em seguida Carlos Daniel foi ouvido e contou tudo, como Laura chegou à fábrica e que foi ela quem deu o telefonema que fez com que ele se distraísse e assim Willy pudesse levar Lizete sem ele se dar conta. Logo depois foi a vez de Paulina que relatou todo o pesadelo que viveu nas mãos de Willy, e depois como descobriu o envolvimento de Laura em tudo isso e também que por culpa dela quase perdeu seus bebês. Mesmo Carlos Daniel pedindo o juiz insistiu em ouvir Lizete, afinal ela que teve contato com a Laura assim que foi levada para a cabana. Paulina ficou ao lado da filha e disse pra ela falar a verdade, tudo como tinha acontecido, e assim foi Lizete contou que quando chegou lá uma mulher loira e de óculos ficou conversando com ela, e depois foi embora e que mesmo ela estando meio disfarçada, parecia muito com a moça que estava ali, disse ela apontando para Laura.

Após as testemunhas, foi à vez do promotor e depois do advogado de defesa falarem. Após 20 minutos de recesso, todos voltaram ao tribunal e o juiz proferiu sua sentença.

– Diante dos fatos, declaro a ré Laura Hernandez culpada por participação nos crimes de sequestro e tentativa de homicídio, sendo assim passará 10 anos presa em regime fechado.

Laura ao ouvir aquilo só conseguiu chorar e implorar para o advogado tentar algum recurso.

A família Bracho comemorou, Paulina queria ir falar com Laura, mas Carlos Daniel não deixou, pois seria pior e só aumentaria o ódio que Laura sente por ela. Ao saírem do tribunal, Paulina tinha ido à frente e viu uma pessoa que jamais esperaria ter visto tão cedo. Ela ficou paralisada, assim que Carlos Daniel se aproximou, viu que sua amada estava estranha e perguntou:

– Paulina meu amor, o que aconteceu? Você está pálida.

– Carlos Daniel eu sei que vai parecer loucura, mas eu juro ter visto entrar em um carro... A Paola!