La Usurpadora... a história continua

Eu senti muito sua falta nesses dois dias


Dois dias depois...

Lalinha já estava trabalhando com Paola na mansão Maldonado, e já estava bem apegada com Beatriz e Paola estava adorando tê-la por perto novamente.

Após amamentar Beatriz, Paola foi até o portão de saída, pois o motorista havia deixado o carro dela que estava na lavação em frente à casa, ela iria até o médico mostrar alguns resultados de exames que havia feito após a gravidez para confirmar que estava tudo certo com sua saúde. Assim que fechou o portão, sentiu um homem tapando sua boca e a puxando por trás, logo que ele a virou de frente e destapou sua boca ela o olhou assustada.

— Do Donato?

— Agora você não me escapa Paola. — Respondeu ele a encarando.

— O que você ainda quer de mim? — Perguntou Paola apreensiva.

— Quero que me ajude a separar a Paulina e o Carlos Daniel.

— HAHAHA — Paola deu sua típica risada.— Você está louco.

— NÃO DEBOCHA DE MIM. — Ele a segurou forte pelo braço.— Se você não me ajudar, pode dar adeus a sua filhinha, ela é tão linda, parece muito com você, seria uma pena se alguém fizesse algum mal a ela não é mesmo?

— VOCÊ NÃO OUSE ENCOSTAR EM UM FIO DE CABELO DA MINHA FILHA. — Gritou Paola nervosa. — O que pretende com isso? Desde quando se interessa em separar minha irmã do Carlos Daniel?

— Desde que eu conheci a Paulina eu me apaixonei por ela, mas como ela sempre foi apaixonada pelo Carlos Daniel nunca dei importância para isso e quando você voltou eu te buscava para ter certeza que era de você que eu gostosa, mas meu amor pela Paulina só aumentou. – Explicou Donato.

— Você realmente acha que se a Paulina se separasse do Carlos Daniel se interessaria por você? Assim só pra saber. — Disse Paola debochando.

— Depois que o meu plano der certo, ela vai ficar bem vulnerável e é ai que eu entro para consolá-la. — Respondeu ele.

— Ah é? E posso saber o que você espera que eu faça para colaborar nesse seu plano mirabolante?

— É simples querida, você vai levar o Carlos Daniel para a cama e sua querida irmãzinha vai descobrir.

— Você só pode estar louco em achar que eu faria isso.— Respondeu Paola encarando Donato.

— Vai querer pagar pra ver? — Provocou ele.

Paola o encarou séria, não podia ceder à chantagem dele, porém não podia arriscar a vida de sua filha, ela teve que pensar rapidamente e decidiu que daria um jeito de se livrar de Donato sem fazer o que queria.

— Está bem Donato, eu topo. — Mentiu ela.

— É assim que eu gosto preciosa. — Ele acariciou o rosto de Paola que se afastou dele tentando disfarçar a cara de nojo.

— Eu vou pensar em uma forma para executar o plano e assim que tiver a oportunidade o colocarei em prática e te aviso. — Disse Paola.

— Está bem, mas não demore ou se não já sabe. — Ele respondeu fazendo um sinal de que cortava o pescoço.

— Pode deixar. Você sabe que eu nunca falho. — Afirmou Paola e em seguida Donato foi embora.

Paola se apoiou no portão da mansão e respirou fundo tentando tranquilizar-se, ela conseguiu disfarçar bem e não aparentar, mas por dentro estava em pânico, não conseguiria imaginar algo de ruim acontecendo com sua filha.

— Eu preciso dar um jeito nisso, não posso deixar esse imbecil fazer nada contra a Paulina e o Carlos Daniel e muito menos contra a minha princesa. — Ela dizia para si mesma tentando não chorar.— Ai Paola, quando você ficou tão emotiva? Acho que a maternidade me deixou sensível, mas não posso deixar isso me dominar, preciso ser forte e resolver isso ao modo Paola Montagner Maldonado.

Quando já estava mais calma, Paola entrou em seu carro e seguiu para o consultório.

Na Mansão Bracho...

Paulina e Vovó Piedade estavam sentadas no jardim com os gêmeos, cada um no colo de uma deles, enquanto Paulinha e Bernardo brincavam ao seu redor.

— O que foi minha filha? — Perguntou Vovó Piedade notando Paulina séria e pensativa.

— Eu não sei vovó, estou com uma sensação estranha, como se fosse um mau pressentimento, como se algo ruim estivesse a caminho para tentar acabar com a nossa felicidade. — Respondeu Paulina.

— Talvez seja só uma impressão Paulina, agora tudo finalmente está em paz, você e Paola se reconciliaram, ela está vivendo em paz e feliz ao lado do marido e da filha, a tal Laura, eu também acho que não voltar a dar problemas, então não sei o que te preocupa filha. — Disse Vovó Piedade.

— Eu sei vovó, mas sinto que não se trata de nenhum deles, e sim de alguém de fora, que a gente pensou estar em paz, mas que pode voltar a nos atormentar. — Afirmou Paulina preocupada.

— Não fique pensando nisso filha, se algo chegar a passar, nós iremos vencer, assim como fizemos com todos os outros problemas, com a vantagem de que agora, nossa família está mais unidade do que nunca, então, por favor, Paulina não deixe que esses pensamentos tirem sua tranquilidade.

— Tem razão vovó, eu vou esquecer isso e aproveitar a felicidade ao lado da minha família, sem ficar me preocupando com coisas desse tipo. — Garantiu Paulina.

— É assim que se fala minha filha.

— Obrigada vovó, suas palavras sempre me fazem bem, não sei o que seria de mim sem a senhora. — Paulina segurou a mão de vovó, que está com a pequena Gaby nos braços e lhe deu um sorriso.

Assim que saiu do médico, Paola resolveu ir até a Fábrica Bracho falar com Carlos Daniel.

— Paola, que surpresa você aqui. — Disse Carlos Daniel assim que a viu entrar na sala, depois de sua secretária tê-la anunciado e em seguida levantou-se para cumprimentá-la.

— Se você estiver ocupado eu posso vir outra hora, mas é que eu preciso muito falar com você. — Respondeu ela.

— Podemos falar sim, aconteceu algo grave? Você parece preocupada. — Perguntou Carlos Daniel, enquanto se acomodavam no sofá de seu escritório.

— Mais ou menos, quer dizer eu não sei até que ponto pode chegar a ser grave, mas eu senti que devia te contar.

— Agora me deixou preocupado.

— É o Donato. – Paola suspirou.

— O que esse desgraçado fez agora?— Questionou ele visivelmente irritado.

— Hoje pela manhã, quando eu estava saindo da minha casa, esse idiota me abordou e me ameaçou pedindo ajuda em um plano para separar você e a Paulina. — Contou Paola.

— O QUÊ? ESSE CARA ESTÁ LOUCO SÓ PODE! O QUE ELE GANHA ME SEPARANDO DA PAULINA?— Carlos Daniel levantou do sofá alterado.

— Pelo que eu entendi ele está obcecado por ela, o plano dele é que eu te levasse para a cama e a minha irmã descobrisse. — Ela revirou os olhos.— Ele é tão clichê.

Carlos Daniel reprimiu uma risada, Paola podia mudar suas atitudes, mas sua personalidade sempre seria a mesma, dizia para si mesmo.

— Precisamos pensar em um jeito de fazer ele acreditar que isso aconteceu e depois quando ele fosse atrás da Paulina, iríamos com a polícia atrás dele. — Continuou Paola.

— É uma ideia boa, porém ariscado. — Ele ficou pensativo.

— Mais arriscado que isso é deixar ele fazer mal a minha filha. — Disse Paola visivelmente preocupada.

Ele a olhou surpresa, ainda era estranho vê-la preocupada por alguém que não fosse ela mesma.

— Ele ameaçou sua filha?! — Perguntou já imaginando a resposta.

— Sim e eu não me perdoaria se alguma coisa acontecesse com ela por minha culpa.

— Fica tranquila Paola, daremos um jeito nisso, esse infeliz não vai mais atrapalhar nossas vidas.

— Assim espero.

À noite, quando voltou para casa, Carlos Daniel contou para Paulina sobre sua conversa com Paola e ela ficou assustada, pois estava pressentindo algo de ruim.

— Mas fica tranquila meu amor, nós vamos dar um jeito de enganar o Donato e fazer com que finalmente ele seja preso e pare de nos perturbar.

— Eu estou com medo Carlos Daniel, agora que finalmente estávamos em paz, vem e acontece isso. — Paulina respondeu com os olhos marejados.

— Eu sei meu amor, mas o importante é que a Paola veio nos contar sobre o plano dele e o melhor é que ela está conseguindo enrolá-lo para que ele acredite que ela está do seu lado.

— Depois disso, você não tem mais nenhuma dúvida sobre a mudança da Paola, não é?

— Não meu amor, inclusive peço desculpas pela minha atitude no outro dia, eu não deveria ter agido daquela forma, como eu expliquei, estava com um problema enorme na fábrica, que por sorte já foi resolvido, e eu não tinha o direito de descontar em você. — Falou Carlos Daniel acariciando o rosto dela.

— Está tudo bem meu amor, só promete que não vai mais deixar os assuntos da fábrica te dominarem quando estiver com sua família.

— Eu prometo minha vida. E por sinal, eu senti muito sua falta nesses dois dias. — Ele sussurrou no ouvido dela o que a fez estremecer.

— Eu também senti muito a sua falta. — Respondeu Paulina iniciando um beijo que começou calmo e depois foi ficando cada vez mais intenso e desesperado.

Em um ato de impulso, Carlos Daniel a pegou no colo e a colocou sobre a cama. Paulina passou as mãos pelas costas dele acariciando e massageando com delicadeza, recorria sua pele com as pontas dos dedos como de desenhasse linhas, Carlos Daniel por sua vez, estava disfrutando e ficando cada vez mais excitado. Ela acabou recostando-se no ombro de seu amado, enquanto ele baixou seus beijos até o pescoço de sua amada e foi afastando pouco a pouco o cabelo dela, para poder ter livre acesso, ela notou que ambos já estavam ofegantes o que era sinal de que o nível de excitação só aumentava. Ele movia seus lábios com maestria sobre a pele dela e ia deixando rastros úmidos por onde passava. Demorou um pouco ali entre o pescoço e os ombros, os quais foram ficando descobertos à medida que ele avançava.

Lentamente ele tirou a camisola de Paulina deixando a mostra a lingerie branca que ela usava, ele simplesmente se dedicou a percorrê-la com a mirada, lhe encantava saber que esse maravilhoso corpo era só para ele. Paulina sorriu assim que seus olhos se encontraram.

Carlos Daniel voltou a tomá-la pela cintura e a beijou apaixonadamente, enquanto abaixava as tiras do sutiã de Paulina, em seguida o abriu e foi tirando lentamente passando pelos braços dela, assim que a peça caiu, ele voltou a abraçá-la para sentir o corpo desnudo de sua esposa contra o seu. Sem evitar, agarrou-se ainda mais a ela, e a acariciava com necessidade como se fosse a primeira ou a última vez que o fazia, porque não importava quantas vezes fizessem amor, o prazer cada vez era maior. Paulina começou a beijá-lo no pescoço e foi traçando um caminho até seu queixo e em seguida subiu ao ouvido, assim que mordeu o lóbulo da orelha, ele soltou um gemido.

Não aguentando, ele deu um beijo no pescoço dela e foi descendo os beijos até o abdômen, em seguida abriu o cinto e tirou suas calças, logo voltou a segurá-la pela cintura e trouxe para junto de si, a deixando também de joelhos. Ela acariciava os cabelos dele, enquanto se deliciava com as carícias que seu amado fazia em seu corpo.

Carlos Daniel finalizou o beijo e continuou percorrendo a pele de sua amada até chegar em seus seios, para estarem mais cômodos, a pegou pela cintura e ajudou com que se deitasse, e acabou tendo uma vista muito bom da onde ele estava, com satisfação, ele deitou-se sobre elaentre beijos, lambidas e pequenas mordidas, Paulina se contorcia de prazer embaixo de seu corpo apertando os lábios, para reprimir os gemidos. Ele alternava suas ações, beijando um seio e massageando o outro e vice-versa, o que a deixava louca, o abdômen começava a formigar e eles nem tinham terminado de tirar suas roupas.

Sem estar disposta a chegar ainda ao orgasmo, ela tomou o rosto de seu esposo e o beijou, dando a volta e ficando por cima dele, com uma mordida maliciosa no lábio inferior, ela colocou a mão dentro da cueca dele e começou a acariciá-lo, fazendo com que ele soltasse fortes gemidos. Carlos Daniel tentou concentrar-se nos beijos de sua amada, porém conforme passava o tempo e as carícias dela aumentavam de velocidade, mais difícil estava ficando, ele arqueava as costas constantemente, e a segurava pela cintura, para que ela não perdesse o equilíbrio. Quando sentiu que já não podia mais aguentar, voltou a girar e ficou novamente sobre ela, se segurou com uma mão e com a outra, tirou sua cueca e a calcinha dela, finalmente ele pegou os braços dela e junto aos seus os levou a cima de cabeça dela e com um beijo a penetrou lentamente.

Ela reprimiu um grito entre seus lábios e começou a sentir as constantes correntes de energia que viajavam por todo seu corpo no ritmo dos movimentos de seu marido. Carlos Daniel se refugiou no pescoço de sua amada e tencionava mais a mandíbula cada vez que avançada, ele não ficava em silêncio enquanto realizava seus movimentos, o que a fazia estremecer. Sua velocidade seguiu variando e tirando-os o ar devagar e deixando suas respirações cada vez mais agitadas, entre o calor de seus corpos e a companhia de seus beijos. Paulina se firmava no pescoço de seu esposo e seus gemidos iam aumentando, fazendo com ela sussurra-se sobre a pele dele, o que dava a Carlos Daniel uma descarga de energia que o motivava a continuar e a seguir dando prazer para sua amada.

Carlos Daniel começou a fazer movimentos mais intensos arrancando de Paulina pequenos gritos que ela não podia mais calar, por fim, ela sentiu seu corpo adormecer e cravou a unha nas costa de seu esposo chegando ao orgasmos. Ele sentiu e continuou uns segundos mais e logo também chegou ao ápice e se retirou dela deitando ao seu lado, e fazendo com que ela se recostara em seu peito.

Dias depois...

Paola tinha entrado em contato com Donato para avisar que colocaria o plano deles em prática, quando ela contou para Douglas o que tinha acontecido, ele ficou preocupado também e disse que daria todo apoio e ajudaria no que fosse necessário para ajudar a prender a Donato.

As gêmeas estavam com o cabelo mais ou menos no mesmo comprimento, o que facilitaria o plano deles. Paulina se maquiou como Paola, colocou uma lingerie provocativa e deitou na cama abraçada com Carlos Daniel, enquanto Paola tirava fotos.

Mais tarde, Paola enviou as fotos para Donato, que não via a hora de mandá-las para Paulina, ele as imprimiu e deixou na caixa de correio da Mansão Bracho, em um envelope destinado à ela.

No dia seguinte, Paulina sabia que Donato estaria rondado a casa para ver se ela iria sair, e avisou Paola, Douglas, Carlos Daniel para que chamassem a polícia e ficassem de prontidão.

Ela saiu da mansão fazendo cara de triste e encostou-se no muro fingindo que estava chorando, Donato, quando a viu, começou a se aproximar dela, fazendo com que parecesse que estava ali casualmente.

— Paulina, você está bem? Por que está chorando? — Perguntou ele fingindo preocupação.

— Oi Donato, que bom te ver. — Ela se aguentou para não dar uma bofetada mais que merecida nele.— Não estou nada bem, acabei de ver umas fotos que comprovam que Carlos Daniel me engana com minha própria irmã. — Aparentou indignação.

— Eu não posso acreditar que eles fizeram isso com vocês. — Respondeu ele a puxando para um abraço, que ela teve que controlar o asco que estava sentindo e corresponder.

— Se você deixar, eu posso te fazer muito mais feliz do que esse imbecil do seu marido. — Falou Donato

Paulina não respondeu nada e quando viu que a polícia já estava de prontidão, deixou que ele se aproximasse e quando ele foi tentar beijá-la, ela começou a gritar pedindo a socorro e a polícia interviu na hora.

— O que está acontecendo? Eu não estava fazendo na de mais. — Falou Donato enquanto estava sendo algemado.

— Isso era uma armadilha queridinho e você caiu. — Respondeu Paola se aproximando e dando uma risada.

— Não pode ser verdade. — Dizia Donato para si mesmo.

— pois acredite, ou você achou mesmo que eu seria sua cúmplice depois de tudo? Esse seu planinho ridículo só serviu para ajudarmos a polícia a pegar você me flagrante, já que estavam investigando você por outros crimes.

— Vagabunda infeliz, isso não vai ficar assim. — Ameaçou Donato.

— Não vai mesmo. — Respondeu Douglas dando um soco em Donato.— Não ouse se aproximar da minha mulher outra vez desgraçado, se bem que agora podemos estar seguros, já que você vai passar o fim de seus dias apodrecendo na cadeia.

Espero que tenha aprendido que com os Bracho não se brinca. — Falou Carlos Daniel.

Em seguida a polícia levou Donato para a delegacia, onde iriam interroga-lo sobre outros crimes que estavam investigando, e logo iriam transferi-lo para o presídio, de onde não sairá por muitos anos.

— Conseguimos. — Disse Paola abraçando seu marido.

— Sim meu amor, esse imbecil não vai voltar a nos ameaçar nunca mais. — Respondeu Douglas. — Que tal comemorarmos com um jantar lá em casa hoje à noite?

— Parece perfeito. — Respondeu Paulina. — Não acha meu amor?

— Claro, conte conosco, depois de tudo o que passamos por causa desse infeliz, merecemos comemorar. — Disse Carlos Daniel.

— Então combinado, nos vemos a noite. — Falou Paulina despedindo-se de Carlos Daniel e de sua irmã, Douglas fez o mesmo e os dois dirigiram-se a sua casa.

Horas depois...

Paulina e Carlos Daniel estavam reunidos na casa de Douglas e Paola, enquanto o jantar não era servido, estavam conversando e lembrando-se de alguns acontecimentos do passado.

— Eu até hoje não consigo entender como nem o Carlos Daniel nem ninguém na casa dos Bracho, além da Vovó Piedade, conseguiram descobrir a Paulina na época da usurpação.

— Nem eu. — Respondeu Carlos Daniel rindo de si mesmo. — Vocês duas eram idênticas na aparência, mas a personalidade completamente diferente e mesmo a Paulina se passando por você tendo chego dizendo que queria mudar, era visível que não podia ser a mesma pessoa, por mais que mudasse, jamais chegaria a ser dessa forma drástica.

— Pois é, a única que descobriu logo de cara, foi a vovó e ela não falava nada nem pra mim, por medo de que eu desistisse de tudo e fosse embora.

— O engraçado é que por mais ‘eu’ estivesse mudando, a Paulina fez coisas que eu jamais faria na época, mesmo em uma mudança mais radical, e mesmo assim por mais que achassem estranho, ninguém nunca desconfiou.

— Já eu, quando vi a Paulina pela primeira vez, me recordei na hora da Noélia, por quem eu tinha sido apaixonado há alguns anos, e que fugiu sem deixar nenhuma pista. – Ele olhou para Paola fingindo cara de bravo. – Ela me lembrava muito meu antigo amor, mas, por outro lado, sua atitude era complemente diferente, o que me fez pensar que realmente não podia ser a mesma. Já quando a Paulina tinha fugido e a Paola voltou a ocupar o seu lugar, e veio me ver, ali eu tive a certeza na hora de que se tratava da Noélia, e que aquela sem nenhuma dúvida, não era a mesma senhora Bracho para quem eu havia emprestado os 2 milhões de dólares.

— Sim, eu quando vi a Paola, depois que ela tinha voltado, fiquei indignado comigo mesmo por não ter percebido antes que não era a mesma Paola.

Nisso, Lalinha chegou na sala com Beatriz nos braços.

— Olhem quem acordou. — Disse ela.

— Oi queridinha, você deve estar morrendo de fome né? — Falou Paola assim que pegou sua filha no colo.— Ela é tão dorminhoca que dorme por horas e acorda cheia de fome pobrezinha.

— Ela está cada dia mais parecida com você Paola. — Comentou Paulina se aproximando delas.

— Essa vai dar trabalho quando crescer. — Paola olhou para Douglas rindo.

— Imagina eu que tenho 3 meninas, não quero nem pensar. — Brincou Carlos Daniel.

Em seguida, o celular de Carlos Daniel tocou, e atendeu na hora quando viu que era o número de sua casa.

— Alô?

— Oi seu Carlos Daniel, que bom que atendeu.

— O que aconteceu Adelina? — Perguntou aflito.

— Quando eu fui levar a janta no quarto para a vovó Piedade eu a encontrei desmaiada, já chamamos a ambulância, mas é melhor vocês virem para cá o quanto antes, não sei o que pode ter acontecido. — Respondeu Adelina chorando.