La Usurpadora... a história continua

Eu agradeço muito por ter vocês na minha vida


5 Meses depois...

Os meses se passaram, Douglas e Paola estavam cada dia mais apaixonados, a lua de mel deles tinha sido perfeita, eles curtiram e se amaram em cada momento. Ela já estava completando os 9 meses de gestação, e mesmo com a barriga de grávida, continuava linda e não perdeu o estilo e a elegância. Com a ajuda de Paulina, ela terminou o enxoval de Beatriz e já tinha decorado todo o quarto de sua pequena, que tinha ficado um encanto, ele era branco com detalhes em vermelho, o berço o guarda-roupa, a cômoda, tudo foi feito do jeito que Paola queria e estavam impecavelmente arrumados a espera do bebê. Ela e Paulina estavam mais próximas e finalmente tinham uma relação de irmãs e ambas estavam muito felizes com isso. Tudo o que tinha passado de ruim entre elas, foi esquecido, e para a família Bracho era igual, todos tinham perdoado Paola e a tratavam normalmente, como um membro da família.

Os gêmeos de Paulina já estavam com 10 meses, os pequenos já pronunciavam algumas palavras e estavam aprendendo a caminhar, Carlinhos, Lizete, Bernardo e Paulinha também estavam crescendo saudáveis e muito felizes, eles se davam super bem e adoravam brincar com os irmãozinhos menores, cada nova palavra ou nova gracinha que os pequenos faziam, era uma alegria para eles, e também para seus pais, que davam toda sua dedicação e amor para seus filhos.

Felipe, o filho de Rodrigo e Patrícia e Raimundinho o filho de Estephanie, também estavam crescendo e todo o domingo iam almoçar em família na mansão Bracho, eles adoravam brincar na companhia de seus primos.

Nenhuma ameaça voltou a assombrar os Bracho nem os Maldonado, todos estavam vivendo em paz e harmonia.

Os advogados que Paola havia contratado para Laura, conseguiram com que ela respondesse o processo em liberdade e ela estava trabalhando como secretária em uma das empresas de Douglas. Após rever Paola e ter conversado com ela, Laura também tinha mudado e era muito grata a Paola por tudo o que havia feito por ela. As duas voltaram a ser amigas, afinal se conheciam desde a adolescência.

Paola de vez em quando frequentava as empresas de Douglas e acabou fazendo amizade com algumas executivas que trabalhavam lá, ela queria fazer um novo ciclo de amizades, afinal, suas companhias de antigamente eram quase todas masculinas.

Douglas estava cada vez mais orgulhoso de sua amada, ele acompanhou junto com ela toda a preparação do enxoval e arrumação do quarto para a chegada de sua filha, e viu como Paola estava dedicada e preocupada com cada detalhe, para que não faltasse nada para sua princesa.

Ele ficou contente com as novas amizades de Paola e com o fato de ela ter levado a mudança a sério. Ele tinha voltado a sentir plena confiança nela, e Paola fez por merecer, nunca mais se quer olhou com interesse para qualquer outro homem, por mais atraentes que fossem, mesmo sendo flertada por alguns, quando estava sozinha, pois mesmo grávida, ela continuava enlouquecendo os homens por onde passava, ela sempre manteve a postura e não dava bola.

Era sábado de manhã, Paola estava na casa dos Bracho, tinha ido visitar Paulina após sua caminhada matinal.

Após conversarem um pouco, quando Paola foi se despedir, percebeu que tinha um líquido ao redor de si, e ao levantar-se ficou olhando confusa.

Paulina foi olhar mais de perto e logo disse: — Paola sua bolsa estourou!

Paola se desesperou, ela não sabia o que fazer, pois sua cesariana estava marcada para dali duas semanas. Paulina a tranquilizou e fez com que a irmã sentasse enquanto ela foi avisar o Carlos Daniel que estava no jardim brincando com as crianças e ligar para o Douglas. Enquanto isso Lalinha ficou fazendo companhia para Paola.

Rapidamente Carlos Daniel tirou o carro e foi dirigindo até o hospital, Paulina foi no banco de trás tranquilizando Paola, que estava uma pilha e tinha muito medo de precisar fazer parto normal. Assim que recebeu a ligação de Paulina, Douglas também saiu apressadamente rumo ao hospital, chegaram lá praticamente juntos.

Enquanto as enfermeiras preparavam a sala de cirurgia, Douglas correu até o quarto onde Paola estava sendo encaminhada.

— Meu amor. — Disse ele se aproximando dela e a abraçando.

— Eu estou com muito medo. — Respondeu Paola com os olhos marejados.

— Fica tranquila meu amor, eu avisei ao médico que você não quer parto normal e ele vai partir direto para a cesariana, e eu estarei ao seu lado o tempo todo, mesmo que você esteja sedada. — Falou Douglas tranquilizando-a.

— Obrigada meu amor, promete que não vai sair de perto de mim? — Perguntou Paola.

— Eu jamais sairei do seu lado minha vida. — Respondeu ele dando um beijo terno em sua amada.

Em seguida, Paola foi levada para preparar-se para a cesárea e Douglas foi encaminhado à outra sala onde trocou de roupa para poder acompanhar tudo. Paulina e Carlos Daniel ficaram aguardando na sala de espera, estavam ansiosos para conhecerem sua mais nova sobrinha.

Minutos depois, deram início a cirurgia, Paola foi anestesiada, e Douglas ficou ao lado dela, segurando sua mão a todo o momento. Feito o procedimento, não demorou a ouvir-se o chorinho de Beatriz pela sala. Douglas estava muito emocionado, e Paola estava um pouco adormecida devido à anestesia, mas mesmo assim, logo que escutou o primeiro som de sua filha, lágrimas de felicidade e emoção escorreram em sua face. Ela olhou para seu amado, que estava ao seu lado e os dois abriram um lindo sorriso e se conversaram apenas com o olhar.

As enfermeiras levaram Beatriz para limpá-la e cortar um cordão umbilical, enquanto isso, o médico foi finalizando a costura do corte em Paola e em alguns minutos, lhe entregaram sua princesinha.

Assim que segurou sua filha, Paola a olhou acariciou o rosto da pequena e não conteve a emoção, definitivamente, aquele era o momento mais lindo de sua vida. Beatriz era muito parecida com Paola, tinha o cabelo castanho claro, quase loiro e os olhos verdes, assim como os dela, Douglas as admirava e também acariciava sua filha junto com sua amada.

— Ela é a sua cara. — Disse orgulhoso.

— Nossa filha é uma verdadeira princesinha. — Respondeu Paola entregando a pequena para que Douglas a segurasse também.

Os dois curtiram Beatriz por alguns momentos, e em seguida as enfermeiras a levaram novamente para realizar os exames padrão, colocarem a roupa que Paola havia escolhido e depois a levarem para a incubadora, onde ficaria algumas horas em observação, afinal tinha nascido prematura.

Enquanto isso, Paola foi levada a um quarto onde ficou repousando e Douglas foi até a sala de espera, avisar a Paulina e Carlos Daniel que sua filha já tinha nascido e que estava tudo bem com ela e com Paola.

— Que alegria Douglas. — Disse Carlos Daniel.

— E como ela é? — Perguntou Paulina emocionada.

— É igualzinha a mãe. — Respondeu Douglas sorrindo.

— Não aguento mais de ansiedade para conhecê-la. — Falou Paulina.

— As enfermeiras a levaram para fazer os exames e daqui a pouco já podemos ir até o berçário para vocês conhecerem.

— E a Paola? — Questionou Carlos Daniel.

— Está repousando, porque ainda está sob o efeito da anestesia, mas logo poderemos vê-la também.

Enquanto esperavam, Douglas foi mostrando as fotos que tirou do nascimento de Beatriz, Paulina e Carlos Daniel olhavam encantados a beleza de sua sobrinha.

Meia hora depois, seguiram até o berçário, onde puderam ver Beatriz, a pequena estava bem alerta e olhava atenta para seu pai e seus tios, que imediatamente se apaixonaram por ela.

— Incrível como ela se parece com a Paola. — Comentou Paulina.

— E como ela é esperta. — Completou Carlos Daniel.

— Minha filha é uma boneca.— Disse Douglas todo bobo olhando para ela.

— Mas ela também tem alguns traços seus Douglas. — Falou Paulina e ele sorriu e ficou admirando ainda mais sua pequena.

— Com esse conjuntinho vermelho, impossível negar que é filha da Paola. — Disse Carlos Daniel e os três caíram na risada.

Em seguida, os pais de Douglas vieram ao hospital conhecer sua netinha, eles ficaram apaixonados por ela, e não queriam desgrudar dela nenhum minuto. Só a entregaram para a enfermeira na hora em que a pequena foi mamar, nesse momento, Paola já estava bem acordada e muito ansiosa para ter sua filha novamente me seus braços.

Assim que a enfermeira a entregou, orientou de como ela devia fazer para amamentar, todos os cuidados que precisava ter e etc, Paola ouviu tudo atentamente e então posicionou Beatriz em seus braços, para que ela pudesse mamar. A bebê também estava acordada e com uma mãozinha abraçava sua mãe por trás e a outra estava apoiada entre os seios de Paola, que estava muito emocionada com o momento, sentir sua filhinha assim, tão perto, era de longe a melhor sensação que já sentiu. Minutos depois, Douglas entrou no quarto, e deparou-se com aquela linda cena, sua filha mamando pela primeira vez e Paola acariciando o rostinho dela com a mão que estava livre. Foi impossível para ele não se emocionar, pois conhecendo sua amada, nunca a imaginou tão cuidadosa com sua filha, na verdade, ninguém sequer imaginava que ela teria um filho, e vendo por tudo o que passaram, ele só conseguia sentir orgulho dela, por ter superado tudo de ruim, ter seguido em frente e dado a volta por cima, podendo agora ter uma família de verdade ao lado dele.

Logo que Paola notou a presença de Douglas ali, pediu para que ele entrasse e sentasse perto delas.

— Nossa filha é tão perfeita. — Falou emocionada.

— É sim minha vida, ela é o fruto do nosso amor e não podia ser diferente. — Respondeu Douglas.

— Quem diria que uma coisinha pequena dessas pudesse despertar tanto amor em mim.— Paola riu.

— Isso é a maternidade fazendo efeito. — Brincou ele.

Os dois ficaram mais algumas horas paparicando sua pequena, Paulina e Carlos Daniel ficaram um tempinho com eles e depois foram para casa, afinal também tinha seus filhos para cuidar, logo depois Rodrigo, Patrícia, Estephanie, Miguel, Adelina e até a vovó Piedade, foram visitar Paola no hospital e conhecer Beatriz. Todos ficaram encantados com ela e muito felizes por Paola finalmente estar seguindo no bom caminho.

Duas semanas depois...

Paola já havia se recuperado bem e estava em seu quarto conversando com Douglas, tinha acabado de colocar Beatriz para dormir, a pequena era muito calma, só chorava quando tinha fome e sono, para a sorte de seus pais, dormia a noite toda, e quando acordava era para mamar e logo já dormia novamente.

— Como eu queria ter conhecido meus pais biológicos e poder ter eles aqui comigo nesse momento tão especial. — Comentou Paola.

— Não fica triste meu amor, você tem a mim, aos meus pais e a toda família Bracho juntos de você. Eu sei que você queria tê-los conhecido, mas infelizmente eles se foram, assim como seus pais biológicos, mas você sabe que apesar disso, nunca esteve sozinha. — Respondeu Douglas.

— Tem razão meu amor, eu agradeço muito por ter vocês na minha vida. — Falou Paola. — Mas mudando de assunto, nós vamos precisar de uma babá para ajudar com a Beatriz, por mais que ela seja um anjinho, eu não tenho a menor experiência com bebês.

— É verdade, nós podemos ver com a Paulina, certamente ela deve ter alguém para indicar. — Falou Douglas.

— Sim, mais tarde vou ligar para ela.

Em seguida, Bráulio bateu na porta do quarto e avisou que tinha visita para a Paola, ela lhe pediu para que deixasse entrar e se surpreendeu ao ver Lalinha.

— Lalinha? Que surpresa.

— Oi Dona Paola, seu Douglas, eu vim visitá-los e conhecer sua filhinha. — Disse Lalinha um pouco sem jeito.

— Você é bem vinda Lalinha, eu vou deixar vocês conversando a vontade. — Falou Douglas e em seguida se retirou do quarto.

— A Beatriz acabou de dormir, mas se puder esperar ela acordar, ficarei muito feliz em te mostrá-la. — Disse Paola.

— Então eu vou esperar já que é meu dia de folga, a dona Paulina e o seu Carlos Daniel falaram que é muito linda, até a Adelina foi vê-la, eu não pude ir no dia, porque fiquei cuidando das crianças. — Respondeu Lalinha.

— Sua visita me deixou bem feliz Lalinha, nós sempre fomos tão unidas, claro que tivemos nossos momentos ruins. — Paola rui ao lembra-se do que fez Lalinha passar.— Mas aqui estamos e para minha sorte, você não guardou rancor de mim.

— Que isso, eu nem poderia, a senhora sempre foi muito boa para mim, sempre me dava uma graninha e presentes. — As duas riram.— O que me alegra é ver a senhora bem, agora casada com o seu verdadeiro amor e quem diria que até mãe seria. E o melhor de tudo é que não perdeu o seu jeito divertido de ser.

— Isso eu não vou perder nunca queridinha, eu mudei sim, agora sou uma pessoa melhor, mais amável, carinhosa e tudo mais, porém a minha personalidade não muda nunca.

— Eu sinto tanta falta de servir a senhora. A dona Paulina sempre foi muito boa comigo, eu sou muito agradecida a ela, porque mesmo depois de tudo, ela manteve o meu emprego, e olha que o seu Carlos Daniel queria me demitir, mas ela o convenceu a me perdoar. Mas apesar disso, era com a senhora que eu queria estar trabalhando.— Contou Lalinha sinceramente. — Eu sinto falta de quando a senhora me contava seus segredos e até das suas ameaças.

— Nossa Lalinha você me pegou de surpresa, não sabia que gostava tanto assim de mim. Mas se quer saber, eu também sinto falta de ter você comigo, agora eu não preciso mais de uma aliada para ajudar a esconder minhas fugas e meus amantes, mas sua companhia sempre foi muito boa. — Falou Paola.

— Que bom ouvir isso dona Paola, porque além de vir conhecer sua filha, eu também vim lhe pedir uma coisa.

— O que foi Lalinha, está precisando de algo? — Perguntou Paola intrigada.

— Eu quero pedir para voltar a trabalhar com a senhora.