La Usurpadora - A história nunca contada

Vocês amam somente o dinheiro, mais ninguém!


Paola sorriu e respondeu:

—Ah sim, e quer um autógrafo é isso? -Perguntou Paola sorrindo.

—Não... sei que parece estranho, mas eu poderia pedir um abraço seu? -Perguntou Paula com lágrimas nos olhos.

Paola pensava "Eu, abraçando uma faxineira do shopping?" Após olhar no fundo dos olhos dela, Paola sentiu algo inexplicável e cedeu ao pedido. Meio acuada ela foi chegando perto de Paula devagar e a abraçou. Paula emocionada a abraçou fortemente, Paola sentiu algo diferente naquele abraço e as lágrimas logos desceram em seu rostinho. Paola soltou-se do abraço, e olhou para Paula chorando, Paula limpou suas lágrimas e disse:

—Eu sei que você não me conhece, mas é muito especial pra mim! -Disse Paula. -E se permita ser mais carinhosa com as pessoas, meu anjo! -Disse Paula dando outro abraço nela.

Paola limpou as lágrimas sem entender o motivo do choro, e se despediu de Paula que pegou o esfregão e voltou a limpar o chão. Paola voltou para perto de suas amigas que perguntavam o motivo do choro.

—Não é nada meninas! Apenas bati o pé na porta do banheiro! -Mentia Paola.

Paula a observava de longe e pensava "Em que Eleonor transformou minha pequena?".

*****

Paola e as amigas estavam em uma loja para garotas. Paola escolhia algumas blusas, enquanto as meninas viam os copos de coração, livros etc.

—Vendedora, eu quero essas 4 blusas! -Dizia Paola entregando as blusas para ela.

—Ok senhorita! -Dizia a vendedora realizando a compra.

Depois de comprar Paola e as amigas foram tomar um sorvete, já estavam todas cansadas. Logo depois das compras Paola ligou para João vir buscá-la. Dez minutos depois, João chegou e Paola entrou enteada na limousine, e de longe avistou Paula terminando de limpar a entrada do shopping. As lágrimas voltaram aos seus olhos mas o sentimento colocado em seu coração voltou a reinar e Paola repetiu baixinho:

—Eu não posso chorar por uma pobretona, que nem conheço!

*****

Quando Paola chegou Eleonor e Roberto estavam fazendo uma sessão de fotos para uma revista de casais importantes do México.

Paola os observava sorrindo, ela tinha pais muito bonitos. Logo ela já ia subindo as escadas para o seu quarto quando a fotógrafa a chamou:

—Paola porque não tira foto com os seus pais?!

—Se eles deixarem, eu tiro! -Disse ela com um sorriso enorme.

Eleonor e Roberto sorriram e Paola entrou no meio deles sorrindo bastante. Paola ria e disse:

—Papai sua barba já está crescendo de novo!

—Pois é, vida difícil de um homem! -Dizia ele rindo.

Esse era um dos poucos momentos em que eles se divertiam devidamente, mas somente em frente as câmeras. Quando a fotógrafa terminou o seu trabalho e foi embora, Eleonor e Roberto voltaram a rotina de trabalho e mais trabalho, Paola entrou no escritório e começou a contar sobre seu dia no shopping:

—E aí nós fomos naquela loja só para garotas.. -Dizia Paola sendo interrompida.

—Paola, depois nós falamos disso ok? -Dizia Eleonor sem tirar os olhos do jornal.

Paola jogou a cadeira onde estava sentada no chão, e as lágrimas vieram instantaneamente. Eleonor fechou o jornal, e Roberto a olhou sem entender.

—O que foi isso Paola? -Dizia Eleonor sem entender.

—Eu já estou cansada! -Gritou Paola.

—Cansada do que minha filha? -Perguntou Roberto.

—Do trabalho de vocês! Vocês nunca me dão atenção! -Disse Paola chorando.

—Mas Paola esse trabalho é que deixa viver nessas condições de rainha! -Disse Eleonor.

—Se a gente trabalha é pro seu bem, nós te amamos! -Disse Roberto.

—Vocês tem razão... -Disse Paola sorrindo.

—Você nos entende filha? -Perguntou Roberto.

—Entendo! Vocês amam somente o dinheiro, mais ninguém!—Disse Paola voltando a chorar.-Eu odeio essa droga de vida sem atenção!-Disse Paola.

—Minha filha.. -Disse Eleonor sendo interrompida.

—Até uma faxineira me ama mais do que vocês! -Disse Paola se lembrando do calor do abraço de Paula.

Paola chorava compulsivamente e começou a jogar tudo da mesa, no chão. Eleonor tentava a segurar, e ela chorava mais ainda.

—Vocês não me amam! NÃO ME AMAM! -Gritou Paola nervosa.

Susana entrou na sala correndo com os gritos e assustada viu o exato momento:

—VOCÊS NÃO ME AMAM! -Gritou Paola fortemente e logo em seguida desmaiou.