— PAOLA! -Gritaram os 3 juntos correndo para levantá-la do chão.

—Susana vá chamar o João rápido! Precisamos levá-la ao hospital! -Disse Roberto.

Susana desceu as escadas correndo para chamar João que manobrou o carro com pressa e já estava a postos. Roberto desceu as escadas com Paola desacordada no colo e entrou na limousine juntamente com Eleonor. João deu a partida e foi o mais rápido possível para o hospital.

Eleonor chorava desolada olhando para Paola desacordada no colo de Roberto.

—Nossa filhinha Roberto, nós fizemos tudo errado com ela. -Dizia ela chorando.

—Todo mundo erra Eleonor, acalme-se e assim que ela acordar iremos acertar tudo! -Disse Roberto tentando a acalmar.

Eles chegaram rapidamente ao hospital e Roberto coreu com Paola pelos corredores até achar um médico. Como eram uma família rica,eles foram prontamente atendidos e Paola encaminhada para um quarto sozinha. Roberto e Eleonor ficaram do lado de fora esperando notícias enquanto ela era atendida.

15 minutos depois o Médico saiu da sala e chamou os dois para entrarem.

—Bom, a filha de vocês está aparentemente bem,certo? -Dizia ele. -Porém esse desmaio foi causado por fortes emoções, e um alto nível de stress. Paola não pode de maneira alguma ser contrariada de tal forma que causa esse resultado. -Explicava o médico.- Isso se continuar acontecendo, pode ocorrer um sério problema numa parte do cérebro dela e causar desmaios frequentes. -Terminou de falar o médico.

—Nós compreendemos doutor. E agora ela está bem? -Perguntou Eleonor.

—Mais ou menos, já demos alguns remédios para dor de cabeça forte, que causam sonolência. Ela só terá alta amanhã, vai ficar em observação. -Disse o Doutor.

Paola estava deitada na cama de olhos fechados e bem pálida. Eleonor se aproximou dela e beijou sua testa.

—Me perdoa meu bem... -Disse ela fazendo carinho nos cabelos dela.

Paola que fingia estar dormindo pensava.

"Desculpar eu posso até pensar, mas... daqui pra frente muita coisa vai mudar mamãe!".

Roberto a abraçou-a e pegou em sua mão dizendo:

—A partir de agora o papai nunca mais vai te contrariar,vou tentar estar mais perto de você o máximo!

Paola deu um diabólico porém disfarçado sorriso, e o médico pediu para que eles se retirassem e a deixassem descansar.

Assim que seus pais saíram Paola se levantou da cama e abraçou o médico fortemente.

—Obrigada por me ajudar... -Disse ela sorrindo e entregando dinheiro para ele.

—Sabe, além de esperta e manipuladora você é bem lindinha. -Disse ele sorrindo e afagando os cabelos dela.

—E você também não fica pra trás... -Disse ela com malícia.

—Pena que eu sou 17 anos mais velho que você.. -Disse ele rindo.

—Idade não é impedimento pra nada, mas se quer assim .-Disse Paola rindo e se sentando na cama.

—Isso eu posso pensar outra hora, mas agora tenho trabalho a fazer. -Disse ele revirando os olhos e saindo do quarto.

Paola riu da situação, e ligou a TV tentando achar algo para passar o tempo.

Eleonor e Roberto foram para casa desolados, sua pequena estava mal e aquilo era culpa somente deles.

—Roberto acha que erramos muito com Paola?

—Em partes Eleonor, nós trabalhamos duro para dar uma vida de rainha pra ela, mas como ela quer atenção, nos empenharemos nisso. -Respondeu ele.

—Estou preocupada com nosso anjinho. -disse Eleonor e mal sabia que Paola já estava bem.

—Vamos dormir meu amor, amanhã ela deve ter alta e buscamos ela. -Disse Roberto se ajeitando.

—Nas semanas seguintes-

Paola voltou mudada do hospital, não cobrava mais nada de seus pais e passava muito mais tempo longe deles. Roberto e Eleonor observavam sua atitude sem comentar nada.

—Pai, pode me dar dinheiro? -Perguntou ela séria entrando no escritório.

—Claro filha, mas para que? -Perguntou Roberto tentando um diálogo.

—Ainda não sei, mas preciso dele. -Respondeu Paola séria.

Roberto entregou o dinheiro a ela, e pediu um abraço.

—Porque você não abraça suas notas do cofre? -Disse Paola secamente.

—Porque elas não são minhas filhas. -Respondeu Roberto.

Paola querendo ganhar "pontos" com o pai, deu meia volta e o abraçou por 3 segundos no máximo. Depois ela saiu do escritório e foi para seu quarto.

Durante 5 anos Paola nunca mais havia sido a mesma com seus pais. Estava fria e calculista, não media esforços para fazer tudo ao contrário do que eles queriam. Roberto e Eleonor tentavam controlar a situação dando dinheiro a ela, e tentando dar a atenção que ela tanto pedia, mas agora já era tarde.

Paola abriu seu cofre e colocou sua mesada lá.

—Bom... durante 5 anos eu juntei todo esse dinheiro para eu nunca ficar pobre... -Disse ela sorrindo. -Acaso sua empresa falir papai, eu sumo daqui e vocês ficam na miséria. -Disse ela rancorosa.

—Falando sozinha Paola? -Perguntou Susana entrando com a roupa dela.

—Você ainda não aprendeu a bater na porta Susana? -Disse Paola com raiva.

—Calma, só vim trazer sua roupa. -Disse Susana dando de ombros.

Paola foi até ela e a abraçou fortemente. Susana nada entendeu, parecia que a garota nunca havia gostado dela. Ela retribuiu o abraço fortemente e Paola disse sorrindo:

—Sabe Susana, sempre te tratei mal por ser a criada, mas você sabe que no fundo eu gosto de você. A única que sempre se importou comigo. -Disse Paola com lágrimas nos olhos.

—Eu sempre soube minha menina. -Respondeu Susana sorrindo.

—Conte isso para alguém, e você estará no olho da rua. -Disse Paola brava e depois rindo.

Susana a observava com carinho, como havia crescido rápido. Agora já estava com 15 anos, uma mulher linda. A menina mimada nunca fora embora dela na verdade, permanecia ali forçada por Eleonor e Roberto. Susana sabia que Paola tinha sérios problemas por conta da falta de carinho em sua infância e isso resultaria numa Paola nada boa no futuro.

—Pode se retirar Susana! -Dissa Paola.

Susana sorriu e saiu do quarto dando licença a ela. Paola pegou o telefone de seu quarto e ligou para seus amigos sem parar

—Oi, hoje vou dar uma festa aqui em casa. Não tem nada para fazer. -Dizia ela sorrindo. -Vai ser à fantasia! As 21h!

Depois de falar com todos seus amigos, ela desceu. Eleonor e Roberto estavam sentados tomando o café da manhã, Paola vinha descendo as escadas e os dois a observaram. Como tinha crescido, era uma mulher e tanto. Estava alta, com um exuberante corpo que tirava a atenção de qualquer um.

—Bom dia família. -Disse ela sorrindo ironicamente.

—Bom dia meu amor. -Responderam os dois.

—Bom,como eu comuniquei a vocês ontem, eu vou dar uma festa a fantasia aqui hoje! Então pai, eu preciso de dinheiro pra comprar uma! -Disse ela sorrindo.

—Tudo bem meu amor! -Disse ele entregando 150 reais pra ela. Mas você não nos havia avisado sobre essa festa.. -Disse Roberto.

—Ah não? Me desculpem. Mas sim haverá uma festa! -Disse ela rindo e se levantando da mesa.

Eleonor negou com a cabeça e disse:

—Essa menina está cada vez mais maluca Roberto.

—Deixe-a Eleonor, é só mais uma fase...

-Na hora da festa-

Todos os convidados estavam no andar debaixo curtindo a música, bebendo e comendo tudo que havia servido na mesa. Paola desceu as escadas toda produzida. Os olhares da festa só se direcionavam a ela, como estava linda. Aquelas pernas brilhantes faziam qualquer menino pirar.

—Demorei demais queridinhos? -Ela perguntou rindo.

—Se fosse pra descer assim toda maravilhosa, eu esperaria uns 20 anos até. -Respondeu um de seus convidados.

Ela sorriu sexy e terminou de descer os degraus. A música estava alta e ela encaminhou todos para o jardim da mansão onde havia tudo o que uma festa precisava.

No decorrer da festa, um dos amigos de Paola, Luiz a chamou para um quanto qualquer da festa.

—Pode falar querido. -Disse ela mordendo os lábios, ele era realmente bonito.

—Nada.. é que vendo você assim só me dá vontade de fazer isso. -Disse ele a imprensando na parede e a beijando com vontade.

Paola correspondia o beijo com ferocidade, ela mordia a boca dele o deixando arrepiado e arranhava as costas com suas enormes unhas. Ela abriu um dos olhos para ver se alguém estava vindo, e um outro gatinho da festa a observava. Ela somente sorriu discretamente enquanto beijava, e pelas costas de Luiz fez um sinal de "Depois a gente se fala."

O garoto sorriu safado, e foi entrando no meio da galera para despistar. Paola soltou-se do beijo e sorriu.

—Tenho que voltar para a festa, meus convidados me esperam. -Disse ela sorrindo com o batom borrado e se retocando.

—Você é quente. -Disse ele sorrindo e passando a mão nos lábios.

—Você ainda não viu nada. -Disse ela sorrindo.

Ele deu um tapa na bunda dela que riu, e disse em seu ouvido:

—Você gostaria de ir ao inferno?

—Com uma diabinha dessa, eu iria pra qualquer lugar. -Respondeu ele.

—Não tem medo de se queimar? -Perguntou ela sorrindo sexy.

—Mas é óbvio que não. -Disse ele.

—Então depois nós iremos provocar um incêndio.. -Disse ela apertando as partes dele e indo embora.

Luiz ficou com um sorriso bobo no rosto olhando para o nada.

Como Paola havia mudado, estava totalmente solta e desinibida.

Ela foi atrás de seu outro pretendente e o puxou para a cozinha de casa.

—Olá Manuel. -Disse ela sorrindo.

—Olá Paola. -Disse ele apertando suas coxas.

Paola puxou ele pelo pescoço e começou a beijá-lo ferozmente no canto da cozinha. Ele a colocou sentada no balcão e com as pernas enlaçadas na cintura dele, ela não cessava o beijo por nada.

Susana entrou na cozinha com uma bandeja e ao ver aquela cena a deixou cair de susto.

—O que faz aqui Susana?! -Disse Paola.