Eles riram,e um deles puxou Filó pro meio deles,eles começaram a vasculhar a bolsa dela e nada acharam. Um deles olhava pro vestido dela e fez um sinal. Pablo tentava conversar mas nada dava certo. Eles começaram a puxar o vestido de Filó,tentando abusar dela e Pablo em seu instinto começou a brigar com todos eles para defendê-la. Ele batia em cada um,mas como eram 4 contra 1 nada obtinha efeito. Um deles sacou a arma e disparou. Silêncio total naquela hora,os 4 saíram correndo e só se ouve o grito desesperado de Filó:

–PABLOOOOOOOO!

Os paramédicos ao ouvirem o grito,correram pra perto de Filó e viram Pablo atirado ao chão. Eles mediram o pulso dele e nada mais pôde ser feito.

–Infelizmente seu amigo partiu dessa pra melhor... –Dizia o paramédico.

–Não há nada a fazer? NADA? –Perguntava Filó desesperada.

–Não minha senhora,pelo que parece ele morreu na hora... –Respondeu o paramédico.

Filó abraçou a cabeça de Pablo que parecia estar a olhando. Seu olhar pedia “ Cuide sempre da minha Paulina,Filó.” Filó chorava desesperadamente sobre o corpo de Pablo,que foi levado prontamente para o necrotério do hospital. Ela o seguiu e foi ao quarto de Paula chorando muito.

–O que foi Filó?! –Perguntava Paula assustada,

–O Pablo... –Respondia Filó nervosa. –O Pablo,acaba de morrer Paula! –Disse Filó chorando mais ainda.

–O QUE? –Dizia Paula sem acreditar,chorando.

–Ele..ele foi assaltado e levou um tiro... –Dizia Filó se aproximando de Paula e a abraçando fortemente.

–Meu Pablo se foi... –Dizia Paula sem acreditar.

–Eu irei te ajudar em tudo daqui pra frente,vou te ajudar com a nossa Paulina! –Dizia Filó com a mão no peito.

–Obrigada Filó,vou mesmo precisar de ajuda daqui pra frente,pobre,viúva e com um bebê! –Dizia Paula cabisbaixa.

Filó a abraçou e amparou seu choro doído por ter acabado de perder seu marido.

****

Os dias se passaram e Paula teve alta. Filó foi visitá-la e a ajudou a levar Paulina para casa estavam todos muitos felizes. Paula olhava lá longe no berçário,vendo Paola. Que saudade sentiria de tê-la junto a si,porém era o certo a se fazer. Após Paula ir embora, Eleonor apareceu no berçário e pegou Paola,o médico que fazia parte do plano a auxiliou até a saída do hospital onde ela seguiu com Paola nos braços até a Mansão Montagner.

–Ao chegar na Mansão-

Eleonor desceu do carro com Paola nos Braços e Roberto correu ao seu encontro. Os dois se abraçaram emocionados ao ver a pequena tão linda ali. Os empregados felicitaram Eleonor que estava toda boba diante da situação.

–Roberto eu quero ter um momento mãe filha agora,se não se importa. –Pedia Eleonor.

–Claro meu amor,o quarto dela está impecável! E agora eu tenho uma reunião para ir! Tempo é dinheiro –Dizia Roberto saindo da sala.

Os empregados se aproximaram para ver Paola,que era linda como um anjinho,mas mal sabiam o quanto ela iria ser mimada por Eleonor e Roberto. Aquela pequenina coisinha um dia seria a patroa da casa. Eleonor foi super simpática com os empregados e logo depois subiu pro quarto de Paola,todo decorado de vermelho e branco.

–Filha minha não vai usar rosa não! Vermelho será a sua cor predileta,minha Paola. Cor do pecado,cor da paixão. Eu sinto isso. –Dizia Eleonor olhando pra Paola.-E nada de berço, vai dormir em sua caminha novinha em folha,porque berço são pra bebês fracas e você é uma rainha!

Eleonor a colocou na cama e brincava com ela,feliz curtindo o momento das duas. Paola parecia ter gostado da casa,e se acostumado com Eleonor e os demais.

–Pelo visto você é totalmente diferente da Paulina,não é minha rainha? Você tem um olhar mais esnobe,mais poderoso e o dela é singelo e calmo. Você foi feita pra ser uma Montagner! –Dizia Eleonor.

Paola sorria a toa,brincando com Eleonor. Logo após 1h juntas Eleonor chamou os empregados.

–Tomem conta dela,agora eu vou sair pro shopping. Já cansei de brincar,ela parece satisfeita,daqui a algumas horas eu volto. –Dizia Eleonor pegando sua bolsa e saindo do quarto.

Susana a empregada,a olhava com reprovação.

–Onde já se viu deixar uma recém nascida sozinha,para ir ao shopping... –Dizia ela olhando pra Paola. –Sabe eu tenho uma certa pena de você...sem dúvidas você terá tudo que o dinheiro pode comprar,menos um elemento fundamental,a atenção de seus pais... –Completou Susana.

Ela ficou fazendo Paola dormir enquanto a balançava de um lado pro outro no quarto.

3h depois-

Eleonor chegava em casa cheia de sacolas,e pediu que os empregados levassem tudo para o quarto de Paola. Ela a pegou do berço e beijou sua testa e voltou a colocá-la lá.

–Meu amor a mamãe comprou 15 sacolas de roupas e brinquedos pra você! Você vai amar –Dizia Eleonor sorrindo.

–Eleonor está aí? –Dizia Roberto que acabava de chegar da reunião.

–Estou falando com a Paola amor! –Respondeu Roberto.

–Larga ela aí,e vem comigo! Hoje fomos convidados para jantar no melhor restaurante do México,com a família Hernandéz. –Dizia Roberto orgulhoso.

Paola os observava descendo a escada,e seu olhar ficou marejado por uns instantes...