La Usurpadora - A história nunca contada
Paola será muito forte, e difícil de se derrubar...
Eleonor chegava em casa cheia de sacolas,e pediu que os empregados levassem tudo para o quarto de Paola. Ela a pegou do berço e beijou sua testa e voltou a colocá-la lá.
–Meu amor a mamãe comprou 15 sacolas de roupas e brinquedos pra você! Você vai amar –Dizia Eleonor sorrindo.
–Eleonor está aí? –Dizia Roberto que acabava de chegar da reunião.
–Estou falando com a Paola amor! –Respondeu Eleonor.
–Larga ela aí,e vem comigo! Hoje fomos convidados para jantar no melhor restaurante do México,com a família Hernandéz. –Dizia Roberto orgulhoso.
Paola os observava descendo a escada,e seu olhar ficou marejado por uns instantes...
No dia seguinte de manhã Eleonor e Roberto chegaram do jantar que havia terminado em festa. Paola estava acordada e brincando com os empregados,sorridente. Eleonor ao ver aquela cena tomou Paola dos braços de Susana e disse:
–Não quero minha filha nas mãos de vocês,assim! Paola é a rainha da casa,não tem porque ficar com empregados brincando. –Disse ela olhando esnobe para todos.
–Mas senhora,a senhora não estava em casa e a menina acordou chorando,quando a peguei para brincar ela se acalmou. –Dizia Susana.
–Pouco me importa,ela terá que se acostumar assim,porque logo logo ela vai crescer e mandará em todos vocês, assim como eu. –Dizia Eleonor sendo apoiada por Roberto.
Eleonor pegou Paola de qualquer jeito e a levou pro andar de cima,seguida por Roberto que vinha atrás.Susana negou com a cabeça e disse:
–O que será dessa criança? Eles vão estraga-la completamente.
Eleonor chegou ao quarto de Paola e colocou na cama,e ficou brincando com ela.
–Você não pode se misturar com essa gente pobre,minha Paolinha. Você é rica e poderosa! –Dizia Eleonor e Paola a observava com os olhos.- E esses olhinhos claros? Puxou de seu pai não é mesmo ? Ele era pobre,mas tinha belos olhos... –Dizia Eleonor se recordando de Pablo.
Paola sorriu e soltou uma risadinha que fez Eleonor se admirar e ficar de boca aberta. Ela pegou Paola pela barriguinha e correu com ela pelo corredor do andar de cima a fazendo rir,e Eleonor ria junto.
–Robertooo,escuta! Paola está rindo,olha só! –Dizia Eleonor animada.
Roberto riu,e pegou Paola no colo e a fez cócegas fazendo-a rir mais ainda. Os dois ficaram brincando com Paola juntos pela primeira vez sem ligar para o trabalho. Esse seria um dos poucos momentos que eles passariam juntos assim...
Logo depois de brincar Eleonor encheu a banheira do quarto de Paola,e colocou bastante espuma e brinquedos. Ela entrou na banheira junto com Paola e deu um banho e a deixou brincando com os patinhos. Paola se divertia na água e batia as mãozinhas nela feliz e radiante.
–Logo você estará nadando nessa piscina não é mesmo? –Perguntou Eleonor sorrindo.
Paola virou a cabecinha pro lado o que a fez se desequilibrar e afundar na banheira se afogando. Eleonor levou um susto e puxou do fundo da banheira trêmula. Paola chorava muito e Eleonor a enrolou na toalha às pressas a acalmando. Ela tirou a espuma dos olhinhos de Paola que foi se acalmando aos poucos e soluçava algumas gotinhas d’água. Eleonor colocou Paola na cama e pressionou sua barriguinha até ela cuspir toda a água. Roberto entrou no quarto vindo do andar debaixo e perguntou:
–O que houve com Paola?
–Ela se afogou na banheira,Roberto! –Dizia Eleonor com lágrimas nos olhos.
–Calma,eu sei que não foi sua culpa,é nossa primeira e única filha! –Dizia Roberto tentando acalmar Eleonor.- Não vê que Paola é forte? Nem parece que se afogou já está sorrindo,veja. –Disse Roberto apontando pra Paola que ria sem parar.
–É verdade,essa menina sapeca não vai ter quem a pare,quem entrar em seu caminho sairá arrependido... Paola será muito forte,e difícil de se derrubar! –Dizia Eleonor e Paola a observava enrolada na toalha.
Fale com o autor