Eleonor pegou Paola do colo de Paula,que chorava ao ver sua filha indo embora.A enfermeira pegou Paola e Paulina e as colocou no berçário escondidas,onde depois iriam ser entregues as suas respectivas mães. O médico foi até o lado de fora e colocou o plano em ação.

—Paulina nasceu extremamente saudável,porém Paola...já não teve a mesma sorte,eu sinto muito! –Disse o médico de cabeça baixa.

Filó e Pablo baixaram a cabeça,não suportaram a notícia triste,esperavam fervorosos as suas gêmeas mas somente uma havia vindo ao mundo,ou pelo menos era o que eles acreditavam. Os dois choravam tristonhos,mas o choro deu espaço para um radiante sorriso quando souberam que podiam ver Paulina. Ela era linda e delicada assim como Paola,as duas foram postas no mesmo berçário por precaução,não podiam se separar tão rápido.

Quando Pablo foi ver Paulina,uma enfermeira que ajudava no plano tirou Paola do berçário e a colocou em outro. Os olhos de Pablo miraram certamente em Paulina,Filó estava emocionada.

—Ela é tão linda,e delicada! Parece um anjo! –Exclamava ela.

—Sim,é tão pequenina,não vejo a hora de pegá-la no colo. –Dizia Pablo orgulhoso.

Os dois ficaram ali vidrados em sua pequena Paulina.

—Enquanto isso na sala de cirurgia-

Paula tinha terminado de ser operada,e o médico voltou a sala e disse:

—Bom,minha parte eu já fiz! Disse que Paola não havia sobrevivido,e eles ficaram abalados,mas tudo ficou bem quando foram ver Paulina.

Paula sentiu seu coração apertar,estava dando sua própria filha,mentindo pra sua própria família.Mas era o certo a se fazer,Paola iria ser muito bem criada pelos Montagner. Eleonor entrou na sala com Paola no colo e deu-a pra Paula ficar mais tempo com ela. As duas haviam nascido saudáveis então sairiam do hospital no dia seguinte,cada uma pra sua casa.

—Na sala de espera-

Pablo e Filó estavam orgulhosos de Paulina e ansiosos para poder falar com Paula. Assim que a entrada foi liberada,eles entraram correndo na sala eufóricos.Paula sorriu e Pablo a abraçou fortemente.

—Meu amor nossa Paulina é linda! –Dizia ele emocionado.

Filó a abraçou e a parabenizou pela menina. Eles ficaram uns minutos conversando e Paula acabou pegando no sono de cansaço. Filó e Pablo se despediram de Eleonor e Roberto e foram embora,já estava escurecendo e ficava muito perigoso. Os dois ficaram no ponto de ônibus esperando quando 4 assaltantes apareceram.

—Estão rendidos,passem tudo de valor! –Dizia um deles.

—Mas nós somos pobres,não temos nada! Somente o dinheiro da passagem,acabei de sair do hospital,minha filha nasceu agora! –Dizia Pablo nervoso.

—Que história linda,mas pouco me importa! –Dizia o assaltante tirando a arma do bolso.

—Por favor senhor tenha calma! –Pedia Filó.

Eles riram,e um deles puxou Filó pro meio deles,eles começaram a vasculhar a bolsa dela e nada acharam. Um deles olhava pro vestido dela e fez um sinal. Pablo tentava conversar mas nada dava certo. Eles começaram a puxar o vestido de Filó,tentando abusar dela e Pablo em seu instinto começou a brigar com todos eles para defendê-la. Ele batia em cada um,mas como eram 4 contra 1 nada obtinha efeito. Um deles sacou a arma e disparou. Silêncio total naquela hora,os 4 saíram correndo e só se ouve o grito desesperado de Filó:

—PABLOOOOOOOO!