La Doña

#LaDoña - Capítulo 40


− Amor, você é uma estraga prazeres mesmo! – ela nada entendeu e o encarou com ele a soltando. – Filha, está na hora...

Maria o olhou com um sorriso enorme e veio de mãos dadas com seu amor.

− Hora de que? – Cristina nada entendia ainda.

Frederico a olhou com um enorme sorriso no rosto e Maria disse:

− Hora do seu casamento!

Cristina arregalou os olhos como assim hora de seu casamento? Não podia ser seu casamento ali se era o de Maria, não iria tirar o dia mais feliz de sua menina fazendo o dela não era possível que Frederico tinha feito aquilo e ela o encarou e ele entendeu aquele olhar e sorriu beijando sua boca com todo seu amor.

− Meu amor, você acha mesmo que àquelas horas no milharal foram para matar a saudade? – sorriu mais a agarrando. – Era tudo parte do plano!

− Menos vocês se atrasarem para o meu casamento! – Maria cobrou e eles riram.

− Isso não mesmo filha! – ele sorriu e olhou novamente o seu amor. – Vá se vestir que não será mais uma mulher solteira! – beijou mais uma vez seus lábios e ela nem sabia o que dizer.

Cristina ainda estava sem fala não conseguia acreditar que ele estava mesmo fazendo aquela surpresa para ela e olhou para Maria que sorriu depois olhou para o pai que também sabia daquela surpresa e ela chorou sendo abraçada por Frederico e Maria.

− Não precisa chorar, amor! – Frederico sorriu estava tão feliz de poder proporcionar aquela felicidade para seu amor que a olhou.

− Eu te amo! – ela disse com um sorriso no rosto.

− Assim não vai ter casamento! – Maria falou rindo e Frederico beijou mais uma vez seu amor e a deixou ir junto à filha.

Frederico avisou a todos da nova cerimônia e foi para dentro de casa vestir sua roupa estava tão ansioso que nem conseguia explicar era o seu momento o momento de firmar o seu compromisso de vez com sua "Doña" a mulher de sua vida e podia ouvir de seu quarto a risada das meninas no outro quarto com Cristina. Cristina só fazia sorrir e em muitos momentos chorou tendo que retocar sua maquiagem, mas em minutos estava pronta e pediu para que ficasse alguns minutinhos sozinha e as meninas a deixaram e ela se olhou no espelho sorrindo seu vestido fazia jus a sua pessoa e por alguns minutos se admirou.

Frederico tinha escolhido o melhor vestido e com ele não tinha aquela coisa de superstição de não poder ver a noiva ou o vestido antes do casamento de fazer aquele jejum de amor, com ele não tinha nada dessas coisas já que tinha providenciado até o mínimo detalhe para que ela fosse feliz e esperava com ânsia seu amor já no altar. Cristina se olhava com tanta devoção nunca pensou em sua vida usar um vestido de noiva e nunca se quer pensou que pudesse ter redenção depois que tive sua vingança concluída, mas ali estava ela pronta para ser feliz com uma família linda.

Era como voltar aquele primeiro momento de sua vida onde sonhou ter tudo que estava tendo ali naquele momento e ela desejou do fundo de seu coração que quem jogasse pedrinhas em sua janela lá trás fosse Frederico, que fosse ele a ter todas suas lembranças, que fosse ele quem a acompanhasse desde sempre, mas por outro lado ela sabia que ninguém passa por uma prova na vida que não seja pra vencer e ela não era diferente de muitas mulheres que encontrou em sua vida.

Tinha sim sido desgarrada, maltratada, mas estava ali pronta para seguir em frente com Frederico que era o homem de seus sonhos o homem que roubava todas suas ilusões o homem que tinha trazido a menina, a mulher novamente a vida e isso ela nunca iria esquecer ele era o homem escolhido e ela sorriu lembrando-se da primeira vez que o viu na cachoeira estava totalmente nua e ele não se intimidou e ali ela entendeu que o destino as vezes nos quebra, mas que cedo ou tarde te mostra novamente o caminho a se seguir, o caminho da felicidade chega para todos e para os Riveros não era diferente.

Cristina caminhou para fora do quarto onde suas filhas a esperavam e elas sorriram trocando novamente mais um abraço e caminharam para o andar de baixo onde Severiano a esperava com os olhos cheios de lágrimas queria tanto que sua esposa estivesse ali naquele momento que ele não poupou suas lágrimas e beijou a testa de sua menina que segurou as lágrimas.

− Um dia eu te disse que te faria feliz... – os olhos eram cristais. – E mesmo você fugindo aqui estamos prontos para ser feliz! – respirou fundo segurando as mãos dela.

− Papai, o senhor é tudo que eu tenho e foi o único que acredito que eu tinha um caminho além da vingança e aqui estamos juntos pra triunfar. – o abraçou tão forte que pode sentir ele tremer soluçando seu choro.

− Vamos ser felizes, minha filha!

− Para sempre papai! – ela o beijo eles caminharam até onde seria sua cerimônia e ela se perguntou como foi escondido aquele cenário? Olhou o pai que sorriu para ela.

− Ele te ama de verdade! – olharam para frente.

Todos os convidados estavam sentados e eles caminharam com calma enquanto ouviam a linda melodia e sorriam a todos que estavam ali prestigiando aquele momento era tão maravilhosa a sensação de dever cumprido que Frederico só faltava gargalhar com as mãos presas a frente de seu corpo o vestido tinha caído tão bem que ao mesmo tempo que lhe dava um tesão lhe dava um ódio pelos seios dela estar tão a mostra e ele gargalhou com seus próprios pensamentos contagiando a todos e Severiano a entregou para ele.

− Nada desses pensamentos com minha filha, Frederico! – Severiano brincou e eles riram.

− Não estou pensando nada, meu sogro! – o abraçou e depois beijou a testa de seu amor. – Pronta pra ser uma Rivero? – a olhava nos olhos.

− Como nunca estive para nada mais em minha vida! – sorriu e ele a acompanhou e eles deram mais uns quantos passos até pararem em frente ao padre.

Descrever o amor é tão difícil pra quem está machucado que o melhor é fugir, somos tão grandes para amar como somos para machucar... Como dizer que ama alguém se você somente a machuca? Amar não é machucar, amar é olhar para a pessoa a seu lado e sorrir por saber que o que falta em você esta ali ao seu lado. Cristina segurava a mão de seu amor e sentia borboletas em seu estomago era uma mulher realizada porque ali não era um relacionamento de dor, abusivo. Era o que chamamos de amor verdadeiro ou conto de fadas...

A realização do amor era disso que o padre falava para todos que ali estavam quando os declarou marido e mulher os abençoando e permitindo que Frederico beijasse o seu amor e ele virou-se de frente para ela e tocou seu rosto macio de uns olhos molhados de lágrimas, era tanta felicidade que ela não conseguia controlar seu choro e ele disse.

− Eu não preciso dizer a você o quanto te amo porque você pode sentir e tocar aqui... – levou a mão a seu coração. – Minha Doña você nunca mais precisará andar armada! – eles sorriram juntos e ela completou a frase dele.

− Eu sinto e toco seu amor todos os dias, mas isso não quer dizer que eu não vá andar armada! – piscou para ele com um sorriso no rosto.

− Cristina... – ele a olhou no momento por completo.

− Um Doña nunca anda desarmada!

Ela o puxou para ela rindo alto e o beijou na boca selando aquele momento que era o mais sagrado de sua vida ali não era o começo de uma nova vida porque ela já tinha começado a muito tempo ali era só mais uma confirmação de que o amor tudo pode o amor tudo cura...

FIM...