– Ora, ora Julienne... – Ele se aproximava de mim.

– E-eu vou gritar!

– Grite, grite muito! – Ele continuou a se aproximar-se de mim.

Peguei minha katana no chão, e apontei-a em sua direção.

–S-se você aproximar de mim, um sequer centímetro, eu prometo que corto a tua cabeça!

– Corte Julienne! Quero ver do que você é capaz! – Ele me prensou contra a parede, e eu tive uma reação tão automática que...

Acabei pressionando a katana contra o corpo dele...

Ele caiu no chão, e colocou suas mãos na frente de sua boca.

Ele olhou para cima, com um ar psicótico.

Levantou-se e redirecionou um cutelo na minha direção.

– SUA MALDITA!

Fechei os olhos, no mesmo segundo que vi o cutelo em frente aos meus olhos.

Escutei passos, uma risada, e vozes...

Uns 10 segundos se passaram, e eu abri os olhos.

Mikuo estava no chão, caído e desacordado, e Yosetsuke estava atrás dele com um olhar meio maligno.

Comecei a tremer de nervoso e joguei minha katana no chão, lágrimas se acumularam nos meus olhos, e eu comecei a chorar desesperadamente.

Abracei Yosetsuke o mais forte que pude, ainda chorando nos seus braços.

– Julienne... V-você está bem?

– N-não! – Solucei e continuei a chorar.

– Oque ele te fez? Por acaso te feriu?

– Não... – Funguei e continuei a falar – Se não fosse por você, eu teria me ferido! – Abracei-o mais forte ainda.

– Tudo bem, eu vou jogá-lo em outra dimensão, enquanto isso, você pode se acalmar, deite-se um pouco, que logo trarei um chá de camomila para você...

Assenti com a cabeça, deite-me de costas para os dois, e fechei bem os olhos, ainda não se sentindo calma.

Escutei umas distorções esquisitas, uma voz realmente diabólica, e por fim, um silêncio glorioso.

Suspirei, com a certeza de que nunca mais veria Mikuo.

Senti a mão gelada de Yosetsuke sobre o meu ombro. Virei-me para encará-lo, ele estava com a face levemente corada, e com um pequeno sorriso no rosto.

Sentei-me na cama, e acariciei os cabelos de Yosetsuke, com um leve sorriso.

Para o meu espanto, ele me abraçou, apoiando sua cabeça sobre meu ombro, porém, parecia ser um abraço tão desesperador, de quando a gente se sente tão só...

Eu contribui o abraço, e beijei a sua testa.

– Não precisa ficar assim, eu estou aqui, ok? – Eu falei ainda o abraçando.

Ele voltou a olhar para mim, uma pouco assustado, com a minha reação.

– Não preciso ficar, assim...?

– É, se sentindo sozinho. Lembre-se de que você pode ser oque for meu, mas acima de tudo, será meu amigo. – Sorri, olhando fixamente em seus olhos.

Ele sorriu, e me abraçou novamente.

– Eu adoro te abraçar Julienne-chan!

Eu corei, e soltei uma pequena gargalhada.

– Bom, agora vou te deixar descansar, minha melhor amiga! – Yosetsuke falou se levantando, enquanto eu deitava-se.

Ele me cobriu com o cobertor e deu um beijo na minha bochecha, de FATO eu devo ter ficado igual a um pimentão!