Kiseki Wa (the Night)
Akumas
Eu corei nervosamente, desde quando eu penso nisso? ARGH QUE NOJO DE MIM MESMA!
EU NÃO AMO ELE, E NUNCA MAIS VOU AMAR! PORCARIA!
– Julienne, tudo bem?
Olhei para cima, ele me encarou assustado...
– Por que a cara de urubu morto?
– Você estava chorando?
Olhei para o espelho. AAAAAAAH! EU ESTAVA CHORANDO! AI QUE INFERNO!
– Eu não vou te responder mais.
– Mas, por que você está chorando? Vou por causa do que eu disse né?
Corei novamente, nessa altura eu deveria estar parecendo um pimentão.
– Vamos mudar de assunto, ok? – Eu disse, tentando disfarçar o vermelhado do meu rosto.
– Ok Julie-chan.
– Desde quando você me chama de Julie-chan?
– Eu gosto desse apelido.
– Hum, obrigada.
Fiz uma expressão super estranha, que pelo menos para mim não era normal.
– JULIE-CHAAAAAAN, VOCÊ É TÃÃÃÃÃÃÃÃO FOFA!
Ele me agarrou e começou a apertar as minhas bochechas
– AAAAAAAAAAAAAAH!
– VOCÊ É TÃO KAWAII!
– Não sou!
– É SIIIIIIIIM~~
_ “Não entendo essa tara que todo mundo tem com as minhas bochechas! Parece que sou o Kiko, droga!” – Pensei rindo um pouco.
– Pare de apertar minhas bochechas! Que coisa!
– Gomen Julie-chan!
Ele se levantou e me ajudou a levantar-se também.
– Obrigada.
Ele apenas sorriu.
Eu já disse como ele sorri bem? Não né? Portanto, ELE SORRI MUITO BEM, OMG!
– Quer comer algo, Julie-chan?
– A-ah, t-talvez, n-não, s-s-sim...
AI EU ME ODEIO! OLHA A DORGA QUE EU FIZ!
– Sim, talvez ou não?
– S-sim...
– Hum, sente-se, por favor.
Eu me sentei numa poltrona, ele foi até a porta e gritou:
– SEBASTIAAAAAAAAAAAN!
Escutei uns passos apressados, e fortes
– Sim botchan!
– Traga um chá de melissa, e as mais finas especiarias que tiver na cozinha!
– M-mas...
– Anda! Vai logo!
Eu sabia que o Ciel se comportaria assim. Ele sempre foi meio autoritário, independente, e extremamente esperto!
Ele sentou-se na poltrona que estava a minha frente, e sorriu com delicadeza
– Me desculpe a inelegância!
– Imagina, não se preocupe!
– Hum... Fale um pouco sobre você... Tem namorado?
Olhei com uma cara assassina, tipo, como ele pergunta uma coisa dessas? Ai que garoto chato!
Porém, ele é o chato que eu amo...
– Não, eu não namoro ninguém Ciel.
– E, mora com quem?
– Com Meiko, desde ontem.
– Por quê?
– É que bem, eu a reencontrei, então, eu estou morando na sua casa. – Eu disse uma pequena mentirinha.
– Hum, quantos anos que nós não se vemos, ahm?
– Pergunta difícil essa hein?
– Eu me lembro.
– Pois é, eu também lembrava antes de por um enorme descuido, acabar caindo na escada.
– E você ficou com amnésia?!
– Nãão! Mas eu me esqueci de umas coisas...
– Nossa que ruim!
– No começo foi pior!
A porta se abre, e Sebastian deixa duas bandejas encima de uma mesa.
Uma bandeja havia salgados, e a outra a sobremesa.
– Obrigado Sebastian... – Disse Ciel, arrumando seu tapa-olho.
Pera, desde quando o Ciel usa tapa-olho?!
O mordomo saiu da sala e eu perguntei:
– Ciel, por que você usa tapa-olho?
– É que bem, é um grande segredo...
– Que segredo?
– Sabe o Sebastian? – Ele disse baixo.
– Sei, oque tem?
– Eu fiz um contrato com ele...
– E...?
– E ele é um demônio.
Levantei as sobrancelhas, nem um pouco assustada.
– Grande coisa, agora eu tenho um demo da guarda!
– Credo! Quem fez isso?
– Imagina!
– Hum... – Ele pensou – Não sei...
– O inútil do meu pai!
Continua...
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